Capítulo 4- Ajuda

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Música do capítulo: Keep Holding' On-Avril Lavigne.

Acordei em um quarto branco, com vários aparelhos ligados em mim, alguém havia me levado para o hospital. Não tinha ninguém no quarto, nem sequer uma enfermeira. Apertei o botão e logo apareceu uma enfermeira acompanhada por um médico.
Enfermeira: Que bom que acordou querida.
Médico: Como se sente?
Carol: Como você acha que eu me sinto? -disse
Médico: Vou fazer mais alguns exames e amanhã terá alta
Carol: Porque só amanhã?
Médico: Bem, você perdeu muito sangue e ficou por quase 48 horas desacordada, então terá que ficar em observação.
Carol: Tá, se não tenho outra opção. Dá pra tirar essas coisas de mim?
Médico: Sim
Enfermeira: Tem gente querendo te ver-disse retirando o soro e todas aquelas coisas.
Carol: Deixa entrar
Enfermeira: Qualquer coisa é só chamar.
A enfermeira saiu junto com o médico e minutos depois meu pai entrou junto com o meu irmão.
Diego (Irmão da Carol) : Carolina você tá louca? Tá tentando se matar? Tem noção de como eu fiquei? Eu chego do trabalho e vejo a mãe chorando, dizendo que você estava quebrando tudo lá em cima. Eu subo, e nada de você abrir a porta. Quando eu arrombo a porta do seu quarto vejo você toda rodeada de sangue quase morta! Eu quase morri junto! - disse ele gritando
Carol: 1· para de gritar; 2· eu não estou tentando me matar; 3· não pedi pra ninguém me socorrer-joguei na cara dele

Meu pai não falava nada, mas sei que ele estava magoado comigo e isso me incomoda.
Diego: Como você pode falar isso com tanta frieza?! Essa não é a minha irmã. Quando aquela Carol voltar, você me procura.
Carol: Você acha que é fácil pra mim? Não, não é! Eu tenho os meus motivos pra fazer isso Ok! Motivos que você NUNCA vai entender, você tem a vida que você sempre quis, é o queridinho de todos.
Diego: EU QUERO A MINHA IRMÃ DE VOLTA!
Carol: Acho melhor você não esperar, aquela Carol tola e indefesa não vai voltar

Meu irmão saiu batendo a porta. Eu sei que ele tá bravo comigo, mas ele podia pelo menos tentar entender.

José (pai da Carol): Porque você faz isso? Você imagina como eu fico? Como a sua mãe fica? Sua mãe está chorando inconsolável em casa
Carol: Chorando?! Ahá essa é nova! Chorando lágrimas de crocodilo, só se for.
José: Porque você é assim com a sua mãe? Eu sinceramente não consigo entender. Ela sempre fez de tudo pra você.
Carol: Tem razão. Ela sempre fez de tudo pra mim, tudo de ruim. Ela te contou a discussão que a gente teve hoje? Creio que não! Se eu sou assim é por causa dela. Entenda de uma vez pai, eu e a mamãe no mesmo lugar não dá certo, vai ter briga e alguém sempre vai sair machucado. Eu até pensei que ela tinha mudado, mas ela continua a mesma.
José: Eu desisto de tentar aproximar vocês duas.
Carol: Todos desistem, se acabou pode ir embora.
José: Tchau
Carol: Só pra avisar, quando eu sair daqui vou morar no meu apartamento.
José: Tá.

Pov Lucas
Eu tinha acabado de sair do banho quando o Diego me liga.
Ligação on
Lucas : fala viado
Diego: vem pro hospital agora, a Cah voltou a fazer aquilo
Lucas: me explica isso direito
Diego: não dá, vem logo
Lucas: em 15 minutos eu to aí.
Ligação off
Me vesti o mais depressa o possível, não consigo acreditar que a Cah voltou a se cortar, ela tinha me prometido que ia parar. Concerteza ela brigou com a mãe dela, e provavelmente por causa de mim, a Maya nunca aceitou a nossa amizade. Cheguei no hospital e a Carol já tinha dado entrada. O Diego me contou que ela perdeu muito sangue e que não tinha sangue o suficiente no banco de sangue. Como sou compatível com a Cah,me ofereci para doar. Fazia mais de 48 horas que ela estava desacordada e isso me preocupava.
Médico: Familiares de Carolina Tomlinson
***: somos nós
Médico: a paciente acordou e já pode receber visitas. Podem ir de dois em dois.
Lucas: podem ir.
Diego: Valeu
Não sei o que seria da minha vida sem a minha pequena. Concerteza seria um lixo, desde que conheci a Carol, quando ela tinha 6 anos, viramos amigos. Eu sempre via ela, já que sou amigo do Diego, o irmão dela. Nós nos consideramos irmãos, mas sempre senti algo a mais por ela. Mas não podíamos ser mais que "irmãos". Ela era a minha luz no fim do túnel, minha salvação. Eu tinha 10 anos quando a conheci e estava começando no mun das drogas, ela me fez parar,e agora é a minha vez de ajudar.
José: Pode ir lá
Lucas: Obrigada
Fui caminhando até chegar ao quarto dela.
Lucas: Oi
Carol: Se for dar sermão pode sair-disse fria.
A Carol já sofreu muito, e cada vez se torna mais fria. Esse jeito frio dela é apenas uma armadura, uma forma de dizer me abraça, um refúgio para a menina frágil, insegura e indefesa, que tem medo do destino. Cheguei perto dela e a abracei bem forte, como modo de dizer que está tudo bem. Ela começou a chorar, a chorar como uma criança, eu sei o quão frágil ela está.
Carol: Promete que não vai desistir de mim, que não vai me deixar como os outros- disse ela entre soluços
Lucas: Nunca vou desistir de você, eu vou te ajudar, você vai ver, vamos sair dessa juntos.

Ela Nos UniuOnde histórias criam vida. Descubra agora