Capítulo 1

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Comecei a escorregar pela estrada andando em meio a névoa que vinha em minha direção, era difícil andar naquelas situações e muito mais enxergar.. Meu pulso acelerado, parecia que eu estava em meio a uma adrelina mas não sentia nada no meu corpo e não sentia dor alguma, apenas frio. Então percebi que só estava de sutiã e com um short de dormir.. Me perguntei para onde havia saído naquelas situações, ou se alguém havia me deixado ali e me deixado inconsciente.. Mas não conseguia pensar, só queria chegar em minha casa e esclarecer meus pensamentos. Andei por dentro da mata fechada onde me encontrava e consegui ver um feixe de luz, andei rápido na direção dela e consegui ver uma pequena estrada a distância, andei até lá e vi vários carros passando, com os braços cobri o sutiã a amostra e me empadeci como se estivesse com frio, o que era verdade. Mas estava mesmo envergonhada, as pessoas nos carros me olhavam com olhos arregalados mas nenhuma parou para tentar me ajudar. Me abracei mais e continuei andando, achei um pequeno posto e andei em direção a tal. Coloquei as mãos nos bolsos e senti as chaves de casa e peguei algum papel, quando olhei o que era tinham na verdade 150 dólares o que me fazia pensar que seja lá como eu havia chegado lá estava preparada ou havia alguém cuidando de mim.
Comprei dois sanduíches e um milkshake e comi como se a fome estivesse se alastrando por todo meu corpo. Logo em seguida comprei um casaco, a fome me apressou mais do que estar verdadeiramente vestida. Perguntei ao senhor do posto onde eu estava e não reconheci a rua.
-Senhor, sabe me dizer onde fica a vila rochelld?
-Não sei onde fica, tem certeza de que é aqui? Não me lembro de alguma rua aqui ser chamada assim, mas não sei o nome de todas as ruas aqui... afinal, é impossível.- me perguntei como seria possível alguém não saber a rua da cidade onde eu morava, era a principal e bem pequena em comparação as cidades próximas.
-Em que cidade estamos?
-Nova Iorque, você está bem?- congelei imediatamente, mas meu sangue começou a ferver. Definitivamente, não era a minha cidade.. Eu estava a 2000 km dela.
-Sim, obrigado. Sabe onde posso encontrar um motel próximo?- ele me olhou como se soubesse o que eu estava passando.
-A dois quarteirões daqui, vá direto e vire a esquerda em seguida, lá estará.
-Muito obrigada.- Comecei a andar rapidamente, minha cabeça latejando como se fosse explodir a qualquer momento e meu sangue fervendo, eu precisava chegar logo naquele lugar. Olhei aos redores e não havia ninguém naquelas ruas. Escuro e estranho. Essas palavras soavam em meus pensamentos, como se eu devesse sair imediatamente dali, mas continuei andando, estava confusa sobre tudo e não queria me preocupar com um assalto ou algo parecido, não no momento.
Chegando na última quadra passei a rua, não me preocupando com carros pois sabia que não havia nenhum, e virei a esquerda. Vi uma pequena placa quase imperceptível com o nome do motel castle tour, entrando e vendo paredes brancas e um teto baixo revestido de porcelana, parecia mais um hospício do que um motel. Vi um homem na recepção que sorriu educadamente para mim do balcão, mas não gostei nem um pouco do seu olhar.
-Boa noite, senhora?- parou esperando que eu me identificasse, foi então que percebi, não me lembrava do meu nome. Rapidamente disse um nome que me veio a mente.
-Sten. Boa noite.- o cumprimentei com um sorriso educado.
-Gostaria de um quarto a longo ou curto prazo? Teremos prazer de oferecer nossos serviços.- falou com um sarcasmo quase imperceptível, coberto com uma passagem de educação que não me deixou enganar. Eu sabia que tinha que sair daquele lugar, logo.
-Só estou querendo uma informação.- eu disse tentando parecer firme e sincera. Seja lá como eu tenha feito, me senti satisfeita com minha postura.
-Que informação srta. Sten?
-Gostaria de saber onde fica o supermercado mais próximo. Eu sou nova aqui e não conheço muito bem o lugar, aqui foi o único lugar que eu achei acessível para perguntar já que não ha ninguém na rua.- falei pensando rápido, tentando convence-lo de que estava mesmo falando a verdade.
-Deveria saber porque as ruas estão assim srta. Sten. Não tem relógio?
-Não trago relógios comigo normalmente, saí e simplesmente perdi a noção do tempo.- a essas circunstâncias eu não sabia porque estávamos mais conversando e muito menos sobre aquilo.
-São 3:20 da manhã, a maioria das pessoas está dormindo. E os supermercados estão fechados, não gostaria mesmo de um quarto?- vi suas pupilas dilatarem e senti um arrepio por todo o meu corpo. Medo pairava sobre mim. Sem respostas eu disse:
-Desculpe, preciso ir.
-Sra. Sten não veio tão tarde para não ganhar nenhum favor, não é mesmo?- falou se aproximando de mim, e eu recuei imediatamente como se soubesse suas intenções.
-Na verdade eu vim em busca de informações que você já me forneceu. Obrigada. Agora vou me apressar, afinal está tarde.- minha voz tremia e ele sabia que eu estava nervosa.
-Você não irá a lugar algum Srta. Sten.- ele falou me pegando pelo braço e apertando com força para que eu entendesse que não devia reagir. Respirei fundo e seus olhos azuis brilhavam de excitação. Eu sabia exatamente as suas intenções, eu precisava fazer algo a respeito, não deixaria aquele homem enconstar em mim, e uma vontade súbita de vomitar com o nojo do que ele poderia fazer houve sobre mim.
-Você é bem bonita srta. Sten. Com certeza vai gostar do prazer que oferecemos aqui.
-Me solte seu imbecil- eu rosnei com a ferocidade que meu coração osciliva, mais rápido do que qualquer outra vez. Me segurando ele pegou um pano sobre o balcão e amarrou minhas mãos, não conseguia move-las. E como um impulso comecei a gritar desesperadamente, ele me olhou e disse:
-Ninguém vai escutar meu bem, agora se comporte.- Disse pegando outro pano, cor de vinho e colocando ao redor da minha boca para eu cessar os gritos. Pânico estava rodeando aquele lugar. Num movimento rápido chutei suas bolas e sai correndo em direção a porta, ele rosnou e me segurou pelas pernas se levantando e me fazendo cair de joelhos, olhou dentro dos meus olhos e deu um tapa no rosto que deixou meus nervos mais agitados e senti minha pele queimar com a situação.
-Vadia. Tente fugir novamente e não vai levar só um tapa.

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