Capítulo Cinco - ATO 1

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Não foi nada divertido!!!!

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Não foi nada divertido!!!!

Já faz duas horas que o treino acabou e a voz daquele brutamontes mascarado ainda está reverberando na minha cabeça, cuspindo regras e mais regras de luta e depois dizendo: amanhã tem mais!

Isso é desumado!

Como alguém aguenta fazer isso a vida toda? Eu mal consigo sentir meus braços, meu joelho parece que foi com Deus e minhas costas, nem se fala. Acho que a única coisa que aliviaria minhas dores seria morfina, e olhe lá.

Sinto meu sangue borbulhar só de lembrar de Rain falando que amanhã vamos treinar até eu conseguir ficar de pé depois de um golpe de Tristan. Golpe este cujo o soco parece um missel e eles chamam de simples. AI QUE ÓDIO!

Cai no chão todas as vezes que o bruto sorridente veio para cima de mim, mas não sinto minha bunda doer, e talvez ela só esteja dormente demais para isso.

Olha, juro que essa coisa de luta é pior que academia! Não que eu me lembre de já ter feito, mas eu imagino que seja pior.

— Você parece bem cansada, senhorita. — Luna disse do nada, mas meu corpo está doendo tanto que nem se importou com o susto que ela me deu. A única coisa que fui capaz de fazer foi fechar os olhos e suspirar quando sua voz chegou em mim do nada. Acho que nunca vou me acostumar com isso.

— Luna, você pode me chamar de Turquoise também. Saindo de você, sei que não é preconceito. — Resmunguei, ainda de olhos fechados. — Estou morta! E sabe o que o safado do Rain disse?

— O que? — Perguntou risonha.

— Disse que nunca conheceu alguém tão acéfalo em relação a luta. Ainda me humilhou dizendo que os golpes do Tristan eram simples e fracos! — Sacudi um pouco meu corpo, mas me arrependi na mesma hora e voltei a ficar imóvel. — Nessas horas, eu gostaria de bater muito nos dois.

— Pode fazer isso quando estiver treinando. — Senti um peso ao meu lado esquerdo na cama. — Quando tiver uma noção melhor de luta, pense nesses momentos ruins e também nas pessoas que você tem raiva e manda ver! É sempre tão bom descontar a raiva na luta.

— Mas e se eles fizerem isso comigo também? — Abri os olhos e levantei devagar o rosto, enxergando a face pouco iluminada de Luna que olhava para a porta da sacada aberta do quarto. Ela deu de ombros e sorriu.

— Você estará preparada e baterá mil vezes mais forte. — Olhou para mim.

Gosto de Luna. Mesmo que tenhamos nos conhecido ontem, sinto como se fossemos amigas há séculos! E isso é uma sensação muito boa e, estranhamente, nova. Talvez seja porque não me lembro da minha vida anterior.

Sinto que posso contar tudo para ela sem julgamentos e que em todos os momentos, ela vai tentar me entender e sei que vou fazer isso por ela também.
Mesmo sem me conhecer, ela secou minhas lágrimas e me apresentou o melhor doce do mundo e está sempre aqui quando preciso. Talvez essa última parte seja porque é o trabalho dela, ou talvez ela também goste dos nossos momentos.

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