Capítulo Um - ATO 1

33 13 31
                                    

Senti o meu corpo tremendo, como se meus ossos estivessem se contorcendo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Senti o meu corpo tremendo, como se meus ossos estivessem se contorcendo.

Meu coração batia devagar e, estranhamente, parecia que eu conseguia sentir o sangue voltando a circular por algumas veias do meu corpo. Era uma sensação gostosa de formigamento que fazia parecer como se estivesse flutuando.
Minha mente, lentamente voltava a trabalhar, trazendo com ela meus sentidos falhos. Os dedos estavam dormentes, as articulações, doloridas e a cabeça fervilhava a ponto de quase explodir.

Ouvi de forma abafada alguma coisa, bem baixinho, bem distante, quase inaudível. E também ouvi meu coração funcionar mais rápido e senti a necessidade de respirar, mas quando puxei o ar, fui inundada por uma ardência quase que imediata em minhas narizas, fazendo com que meu corpo, mesmo dolorido, se projetasse para frente, a fim de não se afogar.

Mas... Eu estou na água? Pensei.

Puxei o ar mais uma vez e a sensação se repetiu, porém mais fraca, e a única coisa que consegui fazer, foi levantar um pouco mais, até sentir uma superfície gélida e sólida sobre minhas nádegas, com o qual pude me manter sentada. Meu pulmão ardia tanto quanto minhas narinas, e minha garganta seca, tossia a fim de espantar a água que entrou por ali quando eu abri a boca logo após a primeira inalada d'água.

O som que antes estava distante, agora tornou-se perto demais, fazendo com que minha cabeça doesse a cada uma daquelas palavras estranhas que entravam em meus ouvidos. Não sei se é minha mente cansada, ou se eu realmente não consigo entender o que dizem.

Meu corpo está mais dormente e trêmulo que antes, assim como a dor que assola cada um dos meus membros.

Nossa, parece que eu fui atropelada por um caminhão.

Abrindo os olhos com um pouco de dificuldade, avistei minhas pernas nuas estendidas sobre algo gelado e cristalino.

Água? Será que eu dormi na banheira?

Levei uma das mãos até o lugar onde era para estar a borda da banheira, mas ela passou direto e encontrou de novo o fundo gélido daquele local, espirrando água pelas minhas costas.

Que estranho...

Olhei para o lado e a única coisa que vi, foi a borda dourada e arredondada do lugar que eu estava, um pouco longe do meu alcance e, logo atrás, um pilar branco com uma escultura de um homem grande e vestido com uma armadura medieval empunhando uma espada.

Mas que diabos...?

Olhei para frente e arregalei os olhos com aquela visão. Havia uma escadaria pouco extensa, coberta com um tapete de um branco tão puro quanto as nuvens. No final dos degraus, tinha um trono imenso feito de alguma pedra igualmente branca e brilhosa, com diversos detalhes dourados imitando rachaduras. Atrás deste trono, havia uma parede de um branco um pouco azulado, quase gelo, que era furada por uma vidraçaria que ia do chão ao teto, emoldurado com partes douradas que imitavam um lindo mosaico em forma de Lobo.
Aos lados do trono, haviam duas estátuas iguais, feitas de algo dourado e muito brilhoso. Seria... ouro?
As estátuas vestiam algo similar a uma capa que cobria todo o corpo, incluindo a cabeça e empunhavam uma foice do tamanho de ambas, nas mãos direitas. Ao lado delas, haviam duas estátuas menores, de pessoas ajoelhadas e com as mãos juntas, como se estivessem rezando.

Generais de CombateOnde histórias criam vida. Descubra agora