CAPÍTULO 37

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KLAUS ROMANNO

Olho para a carinha linda, emburrada de Camila, um sorriso bobo se forma em meu rosto, aquela pequena garota,  estava me defendendo mesmo depois de eu ter sido um bosta com ela, nem mesmo Enrico, apesar de ficar até pálido de raiva, retruca meus p...

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Olho para a carinha linda, emburrada de Camila, um sorriso bobo se forma em meu rosto, aquela pequena garota,  estava me defendendo mesmo depois de eu ter sido um bosta com ela, nem mesmo Enrico, apesar de ficar até pálido de raiva, retruca meus pais, boa parte em respeito a idade deles, e ao fato que se ele começar uma discussão, só termina matando ou sendo preso, sei bem disso, já vi ele alterado e não é nada fácil contê-lo.

Mas essa pequena garota, está prestes a pular no pescoço do meu pai.

     — Pois é amor, nem eu sabia. — falo ainda olhando para ela.

     — Pode até ter alguma coisinha aí, mas não vamos exagerar, enorme, aí é mentira demais. — Silas fala rindo, tentando amenizar o clima tenso.

     — Está falando de você mesmo. — retruco Silas.

    — Bom saber que meu filho, está com uma mulher, quem sabe agora, não casa, tem um filho que não seja adotado, e de orgulho a uma família com um nome tão influente como o nosso — meu pai fala rindo — ainda bem que é você, uma jovem linda e impetuosa, se fosse a negrinha, deserdava de vez. Vou até mandar contar os talheres de prata.

O silêncio, pelo choque das palavras horrendas de meu pai, na mesa foi surreal, vejo Camila prender até o ar.

     — Seu racista de merda! — Camila se levanta — Eu mesma vou contar seus talheres de prata, enfiando cada um no seu… — ela morde o lábio inferior em fúria.

    — No seu rabo mesmo! Velho nojento, sou negra sim, tenho muito orgulho da minha cor, da minha raça — Sara também se levanta — caráter não é definido pela cor, pois mais merda que vocês eu nunca vi, babaca.

    — Devia ter vergonha na cara, pai, nessa idade falando essas besteiras — Silas fala — Sara se quiser abrir um b.o contra meu pai, tem todo meu apoio.

    — Que isso, Silas? Indo contra seu pai? — minha mãe fala — É você quem está saindo com a negrinha, não acredito que se divorciou da Stella, uma mulher de nome, linda e da nossa cor, pra ficar com uma… uma… negrinha imunda…

    — Chega! Eu vou matar essa velha! — Camila quase voa na minha mãe, Enrico segura ela.

    — Amor, cuidado com o bebê, não pode fazer esforço. — Enrico fala.

    — Bebê?? — meus pais falam juntos.

    — Ah, graças a Deus, eu sabia que um dia, nosso filho, nós daria um mínimo de orgulho. — meu pai fala.

    — Vamos sair daqui, Sara.

Camila se soltar de Enrico, segura a mão de Sara, as duas mostram o dedo do meio para meus pais, e caminham até a porta, as duas dão de encontro com Vinicius, corro antes que Camila caia no chão, mas não consigo impedir a queda da amiga dela.

    — Amor? — Vinicius diz, abraçando Camila, puxo ele de cima dela, que corre ficando atrás de mim.

    — Não dificulta as coisas, meu filho, deixa ela em paz. — falo calmo.

    — Não me chama de filho, você me traiu, tirou de mim a pessoa que mais amo no mundo — Vinicius olha pra Camila — eu te amo, Camila, eu nunca vou te deixar.

    — Quero sair daqui. — Camila pede, com o rosto escondido nas minhas costas.

    — Vem, vamos embora, princesa.

Enrico passa o braço pelos ombros dela, e caminham rumo a saída, Vinicius segura Camila pelo braço de forma brusca.

    — Você não vai fazer isso comigo…

Antes que ele terminasse de falar, Enrico já estava com sua mão grudada em seu pescoço o empurrando para longe de Camila.

     — Não encosta nela, seu moleque, é uma surra que você está querendo, eu vou te dar com todo prazer — Enrico fala entre os dentes — não pensa que as coisas que fez vão ficar impunes, Vinicius, se foi homem pra escolher ser um merda, vai ser homem pra aguentar as consequências.

     — Enrico, vamos embora — vou até ele, tirando-o de cima de Vinicius — por favor, Enrico, vamos embora.

     — Solta, meu neto, Enrico! — minha mãe aparece pra deixar a situação ainda “melhor”.

  Enrico solta Vinicius, que corre para os braços da minha mãe.

    — Está ferido, querido? — ela fala analisando Vinicius.

    — Não se aproxime mais de Camila! — Enrico grunhi.

    — Ela é minha noiva, minha! — Vinicius grita.

    — Sua noiva? — minha mãe fica sem entender nada, vou até Camila, abraço ela.

    — Vem, amor, vamos.

Saio dali com ela o mais rápido que posso, quero poupa-la dos questionamentos da minha mãe, e da obsessão de Vinicius, por mais que me doa vê-lo assim, sei que ele pode ser muito prejudicial a ela, e não vou permitir isso, mesmo o amando.

Levo ela até nosso carro, ela entra no banco de trás, entro e fico ao seu lado, Enrico entra feito um furacão raivoso no carro, liga o carro e sai apressado.

     — Enrico?…

     — Não fala comigo agora não, Klaus, por favor. — Enrico pede com sua voz entoando fúria pura.

     — Você pode me deixar aqui mesmo, vou pra casa da Sara, não quero ser a responsável por uma briga entre vocês. — Camila diz.

     — Não estamos brigando, Camila — Enrico diz com a voz mais suave — só preciso de silêncio agora!

Conheço Enrico o suficiente pra saber, que em sua mente um assassinato está sendo formado, e ele precisa se acalmar, ainda mais tendo em vista que a vítima seria nosso filho mimado.

Agora consigo ver o quanto, errei em mimar, e principalmente deixar meus pais, praticamente tomarem as rédeas de Vinicius.

Nós sempre trabalhamos muito e Vinicius praticamente morava com meus pais, agora vejo como isso foi errado, apesar de pra mim o caráter já ser estabelecido por cada um, pois apesar de meus pais ter criado a mim, Silas e nossa irmã mais velha, já falecida, não somos nada parecidos com eles, em seu caráter podre, já Vinicius parece ter o pegado o caráter todo deles pra ele.

Camila olhou pra mim, puxei ela pra perto, abracei ela, aqui a única vítima de tudo isso é ela, entrou numa família toda desestruturada, eu que achava que minha família era perfeita, agora vejo que erramos com nosso filho, e não sei como reverter isso, só sei que preciso manter Camila segura, e Enrico longe de Vinicius.

Levo minha mão até a barriga de Camila, era imprescindível cuidar desses dois, preciso me focar nela e no bebê.

Meu celular toca, olho o visor não reconheço o número.

     — Não conheço esse número, quem será? — falo olhando para a tela.

      — Não atende! — Enrico fala ainda mais sério.

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Espero que estejam curtindo a história!

Ajudem a autora deem uma estrelinha e comentem!

BOA LEITURA!!

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