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Carolleite26 ✨ ♥️Victoria: Está bem, vamos almoçar, depois não vai fugir, eu não deixarei Heriberto - o puxei com força pela camisa e voltei a unir os nossos lábios - vai fazer amor comigo, da forma que eu quiser e quantas vezes eu quiser?
Heriberto: Trouxe o almoço do seu restaurante favorito, tudo que gosta até a sobremesa, nunca fugiria de você meu amor - sorri - Vou fazer amor com todas as suas regras com a condição de nunca mais pensar que te trato como um objeto, eu te amo muito.
Victoria: Trouxe? - sorri - isso só saberá depois, primeiro vamos almoçar. Vai falar muito para conseguir o que pretende, te garanto que não vou facilitar em absolutamente nada - pisquei para ele e fui para a mesa.
Heriberto: Pensei em um almoço tranquilo, conversas, nos conectar - a ajudei a sentar, servi seu vinho favorito - Estou aqui para provar que mudei, Victoria sendo sincero vi sua carreira decolar, estar nas revistas, televisão ganhando o mundo todo - bebi um pouco do vinho - Eu parei, sem pesquisas ou fazer uma publicação, estagnei e me incomodou por isso me joguei de cabeça no hospital em nenhum momento pensei que sacrificaria o nosso casamento, queria estar no mesmo nível que você, sentisse orgulho de mim - mais um pouco de vinho - Pode dificultar o quando quiser superarei as expectativas.
Victoria: E isso foi minha culpa - peguei a taça e bebi todo o vinho de uma única vez - eu te apoiei em tudo, em cada decisão a tomar, até às minhas eu sempre te consultei. Por mais que eu amasse tudo aquilo, a minha família sempre viria antes de tudo. De que adiantava ganhar o mundo e perder a família? De nada - servi mais vinho e bebi de uma vez, falar sobre o passado doía e nada melhor que o álcool para anestesiar - não pensou, mas sacrificou. No mesmo nível? De que isso adiantou Heriberto? Nosso casamento acabou, nossos filhos sofreram e sofrem até hoje e eu me tornei uma mulher qualquer, saindo com o meu ex, traindo um namorado, que eu nem amo - ri sem vontade - dificultar? Pra você eu sou um jogo, melhor dizendo, sou algo a ser superado. Eu ser quem sou é um empecilho para você, o pior. Onde ficou o amor? Acho que nem ele sabe.
Heriberto: Não disse isso, queria volta a orgulhar a minha família, por ser que meu ego necessitasse de ser admirado, também desejo ser reconhecido, ter as minhas pesquisas publicadas, dar palestras, sempre apoiei os seus projetos, vocês são a minha prioridade e sinto muito se me perdi, nunca quis que nos separássemos, sim no mesmo nível de reconhecimento, podemos mudar ainda nos amamos ou não estaríamos aqui, não devia estar namorando uma pessoa sem amor, por que nunca entende o que digo? Sobre o dificultar que pode levantar muros para impedir que chegue até você eu irei escalar cada um deles somente pararei quando me esqueça, que mande embora de vez, que o fogo nos seus olhos se apague por mim, o amor continua nesses meses separados te amei, continuo te amando.
Victoria: Você fala como se eu tivesse culpa e eu não tenho, trocaria tudo isso pela família que eu tinha, pelo homem que eu amava, o mesmo que se esforçou dia e noite por mim e pelos nossos filhos - bati as mãos na mesa com raiva e me levantei da mesa - você deixou a sua ambição ser maior que o seu amor por mim, o que sempre te importou foi o reconhecimento, não a nossa família, não o meu amor. Eu não estou distorcendo, só estou falando a verdade. O seu ego ferido por ver a sua esposa sendo reconhecida te cegou, te fez enlouquecer e não destruiu apenas um casamento, mas uma família. Eu não sei Heriberto, não sei se podemos mudar, se é tempo ou se já é tarde demais - peguei a minha bolsa que estava no sofá - perdi o apetite. Eu entendo absolutamente tudo Heriberto e tento relevar muita coisa, mas a sua vaidade sempre vai falar mais alto. Se não for você a estar no topo da pirâmide familiar vai se perder novamente e novamente até me destruir completamente, pior, destruir os seus filhos.
Heriberto: Não tem culpa, eu me senti menos merecedor uma pequena sombra ao seu lado, foquei no trabalho, passei mais tempo no hospital meu amor por vocês nada mudou, pode pensar que não me importei, mas estive em seu desfile, na apresentação dos nossos filhos - bebi - Ambição? Quer voltar a ser importante para sua família? A pessoa que os filhos se orgulham? Queria saber se estivesse em meu lugar - forcei um sorriso - São os meus sentimentos que você banaliza, julga ser o meu ego, é tarde de mais - era um fato, me levantei pegando minhas roupas e me vestindo - Sim tenho sempre que estar no topo, tem razão como sempre porque sua palavra é lei - Tenha uma boa tarde, Victória - estava na porta - Adeus, seja bem feliz com o seu namorado, não se preocupe que cansei de escalar os seus muros, meu ego não permite mais - sai.
Victoria: Está vendo como eu tenho razão? Você abre a boca e fala que não importa quantos muros eu erga, é capaz de escalar cada um deles, mas desiste na primeira barreira, em meio a uma conversa - comecei a me vestir, peguei a bolsa e saí sem nem olhar para trás, deixaria ele ali, iria embora de qualquer forma. Ele não entendia, o queria no topo, realizado em todos os aspectos de sua vida, pessoal, profissional e do que mais desejasse, mas não por obrigação, queria por sua felicidade, por vê-lo realizado. O amava tanto que não precisava de absolutamente nada, poderia não ter nada material a me oferecer, mas que tivesse amor, um coração. Acabou e foi de vez. Entrei em meu carro e fui direto ao apartamento do Osvaldo, toquei a campainha e esperei ele abrir a porta - precisamos conversar - falei assim que o vi e virei o meu rosto, não queria seus beijos, não queria nada.
Osvaldo: Meu amor que surpresa, pensei que estava brava por nossa conversa, sem beijos? Continua brava?
Victoria: Osvaldo, depois de tudo que conversamos eu acho melhor acabarmos. Não vejo outro caminho. Não me sinto bem, quero ficar sozinha, foi muito rápido o nosso relacionamento. Sinto muito, me desculpe por tudo.
Osvaldo: Acabar? Não, eu te amo meu amor, sei que o seu divorcio foi conturbado, seu ex não desaparece, mas terminar é demais, eu exagerei no meu ciúmes, fico inseguro.
Victoria: Sim, acabar. Osvaldo, eu sinto muito acabar dessa forma. Você merece alguém que esteja cem por cento nessa relação, não uma pessoa indecisa, conturbada. Minha vida é assim e nunca vai melhorar. Desculpa - suspirei triste e saí dali.
Osvaldo: É por causa dele - ela nem esperou que eu falasse simplesmente saiu da minha casa.
Entrei em meu carro e dirigi ouvindo a trilha sonora da minha vida tocando no som do carro. Eu não sabia o que fazer, mas iria descobrir em algum momento, só precisava de um tempo e chorar também para aliviar todo o pavor que sentia. Estava bem até ele voltar e mais uma vez bagunçar tudo, mexer com os sentimentos guardados. Agora precisava erguer a cabeça e ficar bem psicologicamente para a viagem da minha filha.
Sai da casa nossa antiga casa, não tinha para onde ir e nem vontade de ir para o apartamento, dirigi para um lugar que era muito importante para mim, ficava um pouco longe não importava, parei em um lugar e segui viagem, parei o carro peguei as coisas me sentei no banco pensando em tudo, abri a cerveja tomando o primeiro gole, lembrando de como a pedi em casamento.
Por mais que desejasse apagar aquela conversa, eu não conseguia, me sentia horrível por isso, por tudo. Precisava consertar o meu erro, pelo menos a minha parte. Passei em um supermercado, comprei tudo que precisava e fui ao apartamento dele, desejando que não estivesse ali e não estava. Corri preparando um delicioso jantar, uma sobremesa e organizei tudo. Me deitei no sofá para lhe esperar e acabei adormecendo.
Fiquei horas ali curtindo a minha dor, era hora de voltar guardei tudo no carro dei uma última olhada como se me despedisse, o caminho de volta pareceu mais rápido talvez que estivesse mais conformado de perder tudo, ao menos ali pude me culpar, remoer, chorar tudo que guardava, parei o carro e sem qualquer animo entrei no apartamento.
Me movi no sofá ouvindo um barulho ao longe, mas não acordei, estava tão cansada que o sono me venceu.
Acendi a luz me assustando com uma mulher dormindo em meu sofá, olhei para a mesa do jantar que estava arrumada para dois, marquei jantar sem saber? Aproximei-me do sofá reconhecendo.
Heriberto: Victória acorda - acariciei seus cabelos - Vamos jantar, desculpa demorar.
Continua...
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Divertidamente... - Victoria y Heriberto (Concluído)
RomantizmTe odeio, mais também de desejo. Meu corpo, te necessita, do mesmo modo, que minha mente te manda embora.