Predestinados

3.

Se tiver qualquer erro podem me falar ♡

A delegada usava um jeans justo que acentuam suas curvas, sua blusa trasparente revela sutilmente o sutiã preto, enquanto seus pés são adornados com saltos elegantes. Seu cabelo ondulados que estavam em um coque, cai como cascata em seus ombros com um movimento que ela faz com a cabeça.

Ela atendeu a ligação de Vicente assim que desceu do carro, trancando a porta. Com uma postura impecável e passos confiantes nos saltos, ela se aproximou da escola, observando as crianças saindo ao lado de seus responsáveis.

H: Oi. Aconteceu alguma coisa, Vicente? – perguntou imediatamente ao atender a ligação.

V: Amor, onde você está? Procurei por toda a delegacia.

H: Vim buscar as meninas na escola, esqueceu? – escutou um "hum" vindo do investigador.

V: Eu pensei que Dialinda iria buscá-las, meu amor. Eu te liguei para perguntar se você quer almoçar almoçar comigo. – Helô parou o passo ao chegar na entrada da escola, olhando para dentro procurando as filhas.

H: Vou almoçar em casa com as meninas, não quer ir lá?

M: Ok, meu amor, vou para sua casa, mas de noite podemos jantar juntinhos. Eu e você sozinhos, depois podemos ir lá para minha casa, posso te fazer gozar bem gostoso... – parou de falar ao escutar uma risada baixa da namorada. – Topa?

H: Topo. – respondeu sorrindo.

M: Vou ligar para o restaurante reservando uma mesa.

Em busca das gêmeas, Helô analisou o local, não encontrando-as no pátio onde costumavam a brincar suas amigas em sua espera. Ao reconhecer a delegada, o segurança lhe concedeu o acesso e ela agradeceu antes de voltar a prestar atenção em que Vicente falava. Enquanto absorvia as sugestões dele para a noite, seu foco permaneceu em localizar as duas meninas.

Quando a preocupação começou a invadir seus pensamentos, ela avistou as crianças virando o corredor. Instantaneamente, um sorriso apareceu em seus lábios, apenas para desaparecer quando ela notou uma figura familiar vindo logo atrás, segurando as mochilas.

H: Stênio? – ela sussurrou, apertando os olhos para confirmar se estava enxergando corretamente.

M: O que disse, amor?

Heloísa sentiu seu corpo enrijecer, suas pernas fraquejarem por alguns segundos mas ela se manteve firme em cima dos saltos. Ela já não prestava atenção em que seu namorado dizia no telefone, tudo parecia acontecer em câmera lenta quando Stênio parou de andar ao vê-la bem ali parada em choque.

Quando seus olhares se encontraram, um arrepio percorreu pelo corpo dos dois. Stênio despertou quando Maya puxou sua mão chamando seu nome repetidamente, enquanto Clara o puxava pela blusa.

Ao observar o ex-marido, Helô não pôde deixar de notar seu traje composto por camisa polo escura, jeans e tênis branco em seus pés.

Lindo!

Os cabelos maiores e agora grisalhos deixava ele mais atraente e gostoso. Stênio havia abandonado o hábito de fazer a barba e parecia mais musculoso. Estava claro que ele havia entrado na academia, seu braço estava visivelmente maior. As tatuagens do advogado também chamou a atenção de Helô.

Ele estava um gostoso, mais gostoso que o normal, quase de maneira criminosa. O desejo irresistível de morder o lábio inferior a dominou, resultando em um leve gosto de sangue.

De repente, uma pequena figura colidiu com suas pernas, trazendo-a de volta para a realidade. A criança deu um sorriso sem jeito e pediu desculpa timidamente antes de sair correndo. A delegada, percebendo que seu telefone não estava mais encostado na orelha, pigarreou e levantou-o com cautela para verificar se Vicente ainda estava na linha. E ele estava.