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Heloísa estava sozinha na sala, ela balançava a taça de vinho com a mão e os olhos fechados. Com a cabeça reclinada para trás, apoiada no encosto do sofá, ela sentia a leveza do vinho se espalhando pelo corpo. A casa estava em silêncio absoluto, sinal que Stênio tinha conseguido fazer as crianças finalmente se entregarem ao sono.

Ela sorriu baixinho ao ouvir os passos cuidadosos de Stênio no corredor. Sempre achava engraçado os cuidados e malabarismo que ele fazia para não acordar os pequenos. Ela não precisava abrir os olhos para saber que ele estava ali, parado, ainda um pouco distante dela, se decidindo se a chamava ou ia embora para não incomodá-la.

H: Dormiram? — A voz dela soou pela sala, assustando o advogado. Ela se forçou a abrir os olhos, fitando o teto como se procurasse uma resposta no silêncio da sala. 

Stênio se aproximou, ainda hesitante, com os olhos confuso.

S: Como sabia que eu estava aqui? — ele perguntou. 

Heloísa deu de ombros, levando a taça aos lábios.

H: Intuição. — Ela se ajeitou no sofá, empurrando os pés para o lado e dando espaço para ele se sentar. — Onde você encontra esses vinhos, hein?

Ela ergueu a taça diante dele, esperando que ele se aproximasse. Stênio riu, negando com a cabeça enquanto se sentava ao lado dela.

S: Segredo. Esse é o que tomamos na nossa... 

H: Viagem para o Rio Nilo. — Heloísa completou sorrindo ao lembrar da viagem. Tomou um gole generoso e estendeu a taça para ele. 

S: Vou dirigir. — recusou a bebida.

H: Ah, Stênio, bebe vai. — Ela fez um pequeno gesto com a mão, aproximando-se um pouco mais dele no sofá, uma provocação disfarçada de pedido.

Ele hesitou por um instante, mas logo cedeu, pegando a taça de sua mão. Nunca conseguia negar nada para ela, e ambos sabiam disso.

A sala mergulhou em um silêncio confortável. Stênio girava o vinho na taça, os olhos fixos nos dela, como se tentasse controlar algo dentro de si. Ele tomou um gole, e Heloísa se inclinou para frente, encurtando a distância entre eles.

S: Está me provocando? — Stênio sussurrou, o tom da voz baixo, mas a acusação estava clara. A tensão entre eles era quase palpável. 

Heloísa negou com a cabeça, mas o que sorriso que brincava em seus lábios denunciava algo completamente diferente. 

S: Por que está tão perto, Heloísa?

Ela se inclinou ainda mais, os olhos brilhando com uma intensidade que ele conhecia bem. A proximidade era quase insuportável, e o calor de seu corpo parecia atraí-lo como um ímã. Ela era um enigma que ele nunca conseguia decifrar.

H: Medo de mim, Xtênio? — brincou ela, carregando o sotaque carioca que ele tanto amava. — Não mordo.

Stênio sentiu o estômago apertar com a provocação. Ele olhou para a garrafa vazia ao lado deles e uma risada baixa escapou de seus lábios.

S: Você é perigosa com vinho. — Ele pegou a garrafa e a analisou. — Bebeu tudo isso enquanto eu estava lá no quarto?

Heloísa deu de ombros, pegou a garrafa e derramou o restante do vinho na taça, antes de devolvê-la ao chão.

S: Heloísa, chega. — A ordem dele veio como um sussurro, um pedido quase perdido no ar.

H: Você fala demais. — Ela tomou a taça novamente e levou à boca, bebendo o liquído.

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