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Não se esqueçam de votar e comentar. Bjo, acho que volto amanhã heiin!

obs: esse na foto q é o Vicente.

***

H: Oi amor! - a voz soou carinhosa.

Amor.

Stênio engoliu em seco. Ela não o chamava de amor e, quando chamava, era quando estavam sozinhos. Escutar essa palavra sair dos lábios dela em um tom carinhoso terminou de ferir uma parte de seu coração, que ele jurou que estava inteiro. Era como tirar a casquinha de uma ferida que estava quase cicatrizada.

V: Senti saudades, mas parece que eu não cheguei numa boa hora. - ele disse olhando sério para Helô.

Uma batalha foi travada entre os dois homens através de um olhar. O quarto que antes era aconchegante, agora tinha um clima pesado, totalmente desconfortável. Os dois se avaliavam dos pés a cabeça. Heloísa deitou delicadamente a filha na cama e, após aconchegá-la, dirigiu-se ao namorado.

H: Não sabia viria hoje. - ficou na ponta do pé para unir os lábios deles em um selinho.

V: Mandei mensagem avisando mas você não viu. — respondeu ainda encarando o advogado. As mãos possessivas tomaram a cintura da namorada. Stênio quase fechou os olhos ao ver os dois trocando selinho pela segunda vez.

Engolindo em seco, Helô olhou por cima dos ombros e se deparou com o olhar intenso, quase assasino, do homem de cabelo grisalho. Vicente deu um beijo na bochecha da delegada, mantendo os olhos fixos no advogado enquanto fazia gesto. Rapidamente, a mulher se afastou do moreno sem jeito.

H: Stênio, esse é o Vicente, meu namorado. — apresentou.

V: E futuro marido. — Stênio andou para mais perto do casal sem esboçar um sorriso

S: Prazer, Vicente. — o investigador segurou a mão que ele estendeu. — Sou o Stênio, duas vezes ex marido e pai das três filhas dela. — apertou a mão com força, mostrando um sorriso para disfarçar a raiva que sentia por ter presenciado a troca de selinhos.

Ao coçar a garganta, Heloísa chamou a atenção deles, fazendo com que os dois homens soltassem as mãos que se apertavam com força.

S: Já vou indo. — seu olhar desceu quando o investigador abraçou a cintura da ex-mulher.

Sua vontade era tirar aquelas mãos de Heloísa, desferir um soco no rosto do homem que estava à sua frente, sem se importar se ele acabasse mais machucado do que o outro no final. Infelizmente não podia fazer nada, é apenas o ex-marido dela.

Ex. Apenas o ex-marido, porque ela o declarou assim, ela preferia tê-lo como ex. Ela pediu o divórcio pela segunda vez. E em pensar isso, os olhos arderam como o inferno, mas ele não iria chorar. Pelo menos não ali.

H: Te levo até a porta. — o advogado assentiu.

S: Tchau, Vicente.

O investigador apenas deu um sorriso forçado e acenou com a cabeça, observando o ex-marido de sua namorada caminhar para fora do quarto sendo seguido por ela. Os dois não ousaram dizer uma palavra. Quando Helô abriu a porta, o advogado não enrolou para dar as costas sair daquela casa, que tempo atrás era deles.

H: Stênio! — o chamou baixo, fazendo o mesmo parar perto do elevador. — Obrigada pela tarde, as meninas gostaram muito.

Ele não se virou. Ele não respondeu. Ele apenas chamou o elevador e saiu o mais rápido possível.

Ao fechar a porta, a delegada encostou a cabeça na mesma e respirou fundo. Estava tão fodida. Ela estava tão ferrada e tinha consciência disso. Por um momento, ela sentiu raiva de si mesma. Não deveria ter gostado tanto da tarde deles. Não deveria ter deixado tocá-la daquela maneira de manhã, porque aquele toque despertou o interesse em saber se o beijo dele ainda era tão bom como se lembrava. Agora ela ansiava pelo toque, pelo beijo, pelo corpo.

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