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Nas primeiras horas da manhã de sábado, Heloísa e Stênio já estavam acordados antes que o alarme tocasse, mais animados do que deveriam. Helô se sentia uma adolescente por não ter conseguido dormir direito ansiosa para ir à praia. Já fazia dias que ela não tinha contato com o ex, aumentando ainda mais a ansiedade.

As gêmeas foram acordadas pela delegada, Creusa preparo uma mochila repleta de guloseimas. O caminho até a praia foi um pouco caótica, as ruas estavam tranquilas pela manhã, mas Maya e Clara discutiram o caminho todo. Elas conseguiam ser irritantes quando queriam.

Antes mesmo de chegar à praia, Helô já estava enloquecendo, e pegou pensando como cuidar de seis crianças sozinha, já que Drica e Pepeu quando se juntava com os pequenos, é como se eles voltassem a ser mais duas crianças. E, como sempre, o Stênio permitia que cada um fizesse o que queria.

Após estacionar o carro, ela recolheu as bolsas e ajudou as filhas a sair do veículo, garantindo que ele estava bem trancado. Drika já havia ligado para avisar que já tinham chegado alguns minutos. As gêmeas seguraram as mãos uma da outra enquanto caminhavam ao lado da mãe, pulando alegremente. Os olhos das duas brilharam de excitação ao avistar o pai, levando-as a correr em direção a ele.

Ele vestia apenas uma sunga preta.

Ravi e Luca correram em direção à avó, que se agachou para abraçá-los calorosamente. Quando Drika e Pepeu se aproximaram, a delegada se levantou e os envolveu simultaneamente em um abraço. Pepeu pegou as bolsas e voltou até onde o sogro conversava com as filhas.

O olhar de Heloisa se deslocou involuntariamente para o físico de Stênio, fazendo com que ela instintivamente mordesse a pontinha língua ao pousar o olhar no abdômen do homem. Drika interrompeu abruptamente seu transe estalando os dedos bem na frente do rosto, fazendo Heloísa soltar o ar que ela nem sabia que estava prendendo. Ele notou Ravi puxando sua camisa tentando chamar sua atenção, enquanto Luca falava feliz sobre a prancha se surf que recebeu de seu avô.

D: Não vai babar também.

H: Olha como fala, eu sou sua mãe, Adriana. — a encarou feio, vendo a filha levantar a mão em forma de rendição. A delegada puxou o neto mais novo para seus braços e segurou na mão do Luca, caminhando para onde o restante da família estava.

Era impressionante como sua família havia crescido. Antigamente, sua casa era composta apenas por Creusa e Stênio, quando ele decidia invadir sua casa e agora, eles tinham netos e mais duas filhas. Era impossível não ficar de cabelo em pé, mas era gostoso. A solidão que a atormentava no passado havia se dissipado e, o pequeno vazio que ainda sentia foi preenchido agora que Stênio estava ao seu lado.

Quem ela está tentando enganar? Stênio fazia falta, Stênio é sua família há trinta anos e foi com quem passou metade da vida. Com ele que ela formou uma família. E ele é a pessoa que ela mais amou e ama.

Os olhos de Stênio brilharam quando a viu e, em resposta, ela esboçou um sorriso fraco e acompanhou cada ação dele. Sem se importar com a atenção de todos neles, ele caminhou até a delegada com seu sorriso se estendendo de orelha a orelha.

H: Oi.

S: Oi, Helô. — ele estava pronto para dar um abraço quando ela deu um passo para trás. Ele arqueou a sobrancelha e viu a delegada negando com a cabeça, mas ele não ligou. Stênio a puxou pela cintura, fazendo-a suspirar quando os corpos se chocaram.

O braço esquerdo envolveu a cintura da mulher, que aproveitou a oportunidade de cheirar brevemente o pescoço de Stênio, sentindo o cheiro do novo perfume dele. Aproveitando a proximidade, Ravi juntou-se a eles, passando os braços pequenos em volta do pescoço do avô para participar do abraço. As gêmeas, sentindo uma pontada de ciúme, agarraram aos pais, envolvendo-lhes pela cintura e perna.

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