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Sábado – 8:35am

Helô estava prestes a fechar os olhos para dormir novamente quando ouviu a campainha tocar. Ela se assustou, levantou a cabeça com a testa franzida demonstrando confusão. Quem estaria tocando a campainha da sua casa numa manhã de sábado?

Vicente havia trabalhado até tarde na noite anterior e provavelmente ainda estava dormindo. Pensou em Drica, mas a jovem preferia dormir até tarde aos sábados. Helô não conseguiu conter a curiosidade e se levantou da cama, abraçou seu corpo e caminhou lentamente até a porta do quarto.

Ela congelou ao ver o ex-marido sorridente abraçando Creusa. Arqueou uma sobrancelha sem entender o motivo dele está tão cedo em sua casa, mas ainda assim se permitiu admirar a cena dele e Creusa se abraçando, sempre gostou do relacionamento deles. Stenio sempre foi protegido da senhora, isso nunca vai mudar, ele é o filho que ela não teve.

S: Helô! – soltou Creusa quando notou a presença da delegada.

H: É isso mesmo que eu estou vendo? – cruzou os braços. – Essa hora, Stênio?

S: Vim buscar as meninas. – deu de ombros.

C: Dotô Stênio trouxe aquele pãozinho que a senhora ama, donelô. – Stênio levantou a sacola que segurava para mostrar. – Vou pegar o cafezinho de vocês. Fique a vontade, dotô Stênio. – Creusa se retirou deixando os dois sozinhos.

H: Fique a vontade? Pãozinho? Eu voltei para dez anos atrás? – se aproximou do advogado que soltou uma risada. – As meninas estão dormindo, você não avisou nada.

S: Decidi de última hora. – mordeu os lábios ao notar sua ex-mulher o olhar de cima abaixo.

Ele vestia um short de praia branco, chinelos  uma camisa de linho com alguns botões aberto e o cabelo estava levemente bagunçado. Ela sentiu seu sexo se fechar contra o nada.

Ela poderia prendê-lo por ele ter aperecido na casa dela vestido dessa forma, mostrando que realmente tinha conseguido ficar mais gato com o passar dos anos. Lembrou de como pegada do advogado era gostosa, ele sempre foi bom na cama, ele era uma delícia e o beijo nem se fala. Heloísa mordiscou os lábios desconcertada, mas rapidamente saiu dos pensamentos quando percebeu o advogado com um sorrisinho de canto.

S: Aceita ir na praia comigo?

H: Eu não vou.

S: Por quê? Nossas filhas precisam ter momentos com a gente juntos.

H: Stênio, não confunde as coisas, não é porque eu ainda não te expulsei e vou te deixar tomar café aqui que vamos  conviver.  Você é muito intrometido, abusado... – foi interrompida.

S: Heloísa, será que podemos manter uma amizade pelas crianças? As meninas ficaram tão felizes em ver nós dois juntos, elas não lembram de nada de quando a gente ainda era casados, se separamos quando elas eram novinhas. 

Ele falava gasticulando com a mão, enquanto dava passos pequenos para frente, fazendo-a recuar para trás a medida que ele ia se aproximando.

H: Nossa amizade nunca funcionou, Stênio.

S: Podemos tentar mais uma vez ou pelo menos fingir que somos amigos. O que custa você ir na praia? – perguntou descendo os olhos para os lábios da delegada.

Helô soltou um gemido ao sentir suas costas colidirem com a parede do corredor, prendendo momentaneamente a respiração em ansiedade devido à distância mínima que os separava.  

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