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Tudo ao meu redor desmoronava sem parar.
A Torre estava se libertando. Sentia choques por todo o meu corpo, minha cabeça latejava enquanto gritos desesperados eram emitidos no meu cérebro. Por trás daquelas paredes de concreto abaladas, havia pedaços de carne gordurosos rastejando, tentando achar os pequenos insetos que causavam desordem em seu lar.
Minhas pernas doíam a cada passo, e a adrenalina corria pelas minhas veias de maneira incessante, fazendo com que minhas pernas não parassem.
A única coisa que eu podia ver à minha frente era o ponto amarelo que se distanciava cada vez mais. As paredes de concreto, abaladas pela movimentação intensa em seu interior, rachavam, prontas para caírem e serem substituídas pela gordura avermelhada e cheia de olhos que rugia e gritava de maneira insistente.
Minha mente se distraiu dos pensamentos quando vi o chão à minha frente se abrir e rapidamente ser tomado por uma enorme quantidade de carne avermelhada.
Meu corpo rapidamente tentou frear por conta do susto e do receio, mas se eu parasse agora, os restos nojentos daquela coisa que avançava atrás de mim como uma avalanche me pegariam e amassariam o meu corpo junto ao chão.
Usei toda a força que havia em minhas pernas para impulsionar meu corpo para a frente e conseguir atravessar.
O pulo parecia muito longo, mas não pude me abalar e me preparei para o pouso rapidamente. Caí de maneira brusca no chão, mas não deixei meu corpo ceder e rapidamente me impulsionei para sempre.
Havia uma pequena mancha amarela-quase-neon correndo à minha frente, nem se importando se eu estava bem. Por incrível que pareça, não me arrependo de me meter aqui por ela.
Mal conseguia respirar, o ar fugia de meus pulmões a cada vez que eu tentava puxá-lo. À minha frente, uma luz surgiu. Através de uma porta quebrada, pude ver a luz de algo, era uma TV que brilhava ainda intacta.
Rapidamente pulei e atravessei a porta, caindo no chão com força. Senti atrás de mim o impacto da parede sendo atingida brutalmente, mas não cedendo imediatamente.
Olhei para frente e vi o pequeno ponto amarelo pulando rapidamente para o outro lado e se virando. Percebi que não devia ter parado e me levantei apressadamente. Comecei a correr, mas assim que pisei na ponte, senti o quão frágil era a estrutura.
Me apressei e comecei a correr de maneira desesperada. Nesse momento, vi à minha frente a ponte rachar, e parte dela caiu para o fundo daquele poço mortal. A garota do outro lado estava pronta para agarrar minha mão e me puxar.
Acelerei ainda mais o ritmo da corrida, sabendo que a qualquer momento eu e aquela ponte poderíamos cair juntos. Com o último passo demarcado, peguei o máximo de impulso possível e saltei em direção ao outro lado.
No momento em que pulei, a ponte atrás de mim rachou completamente e toda a sua estrutura começou a se desfazer. Rapidamente estendi a mão para ela, me preparando para ser pego rapidamente, afinal, não é a primeira vez que fazemos isso.
Senti minha mão ser puxada de maneira brusca e meu coração deu um salto de alívio. Havia acabado, sairíamos daqui juntos.
Alguns minutos se passaram e eu não a senti me puxar para cima. Foi naquele momento que senti uma leve sensação de pânico se alarmar em meu corpo.
— Six? — Chamei por ela, mas não houve resposta. Virei minha cabeça para cima rapidamente para tentar entender o que havia acontecido, mas o que eu vi não era nada do que eu já vi antes. Os olhos brilhantes e coloridos não estavam lá, mas havia algo lá, era vermelho carmesim com pupilas pretas que pareciam encarar o nada.
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Caminhando no Passado
RomanceTudo ao meu redor desmoronava sem parar. A Torre estava se libertando. Sentia choques por todo o meu corpo, minha cabeça latejava enquanto gritos desesperados eram emitidos no meu cérebro. Por trás daquelas paredes de concreto abaladas, havia pedaço...