Capítulo 1 - Presa Elusiva

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Oi, pessoal. Queria dizer que essa fic tem o planejamento para ter mais ou menos 3 temporadas e ser muito longa para poder contar a história de Little Nightmares inteira.

Eu tenho muito caminho pela frente, mas eu amo de verdade e tenho certeza de que essa história vai ser a melhor que eu já fiz na vida.

Lembrando, essa história é totalmente inspirada nas artes conceituais do jogo que não foram trazidas ao game, então, se algum de vocês já viu elas, tente achar as referências.

Mas, se vocês não viram e querem ver, vou liberar todas as que aparecerem ao decorrer do capítulo no final. Todas são oficiais do jogo e estão disponíveis gratuitamente para serem baixadas no vídeo game.

Vai ser tipo um jogo: quem souber como são as artes vai falar nos comentários quando achar uma.

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Pov Mono

Minha visão estava distorcida. A fraca luz azul abria caminho para mostrar um enorme corredor, lapidado com pedra maciça em suas paredes. O azul era quase como um roxo claro que pintava as paredes daquele corredor. Era possível ver as pequenas partículas de poeira flutuando à minha frente.

A pedra dura estava rachada e mal cuidada. O chão possuía um piso desgastado, algumas partes estando soltas ou até quebradas. Aquele corredor era tão familiar e, ao mesmo tempo, parecia estranho e trazia desconforto ao meu corpo.

Eu me sentia leve como uma pena, como se não estivesse lá, mas ao mesmo tempo sentia meu corpo formigar, leve como uma pena.

Conforme minha visão voltava ao normal, aos poucos o tom de azul enjoativo e morto ia se firmando em meu cérebro. Lentamente o corredor parecia aos poucos se firmar à minha frente e, o que antes parecia super longo, agora parecia estar se aproximando para revelar uma porta de madeira com um enorme olho talhado em si.

Me mexi levemente, o olhar daquela pupila feita de madeira encarando o fundo da minha alma, como se pudesse olhar para cada canto da minha alma e enxergasse cada um dos meus pecados.

A madeira, pintada no tom morto daquele azul estranho e desconfortante, parecia velha, já apodrecida pelos anos sem reforma; sua maçaneta era a única coisa que mantinha sua própria cor, um brilho prateado suave que se contrastava com o tom enjoativo que banhava o local.

Quanto mais a porta se aproximava, mais o corredor parecia incoerente e começava a se distorcer aos poucos enquanto um som que se parecia com uma TV sintonizando tomava o ar.

Logo, tudo desapareceu de maneira brusca e minha visão escureceu... Senti meu corpo aos poucos sendo arrastado de maneira suave.

Foi então que senti meu corpo ser ejetado daquele local. Meus olhos tentavam focar no azul esverdeado que se espalhava pelo ar.

Um cheiro suave de grama molhada se espalhou por minhas narinas suavemente. O barulho do papel raspando devagar sobre o chão era o único som além do vento gelado que provocava arrepios em minha espinha.

Me sentei rapidamente e olhei em volta. Os enormes carvalhos em volta do planalto não me deixavam ver muito bem ao redor.

Olhei para trás, planejando voltar pela TV de onde vim anteriormente, mas quando me virei, foi uma surpresa ver a pequena tela estilhaçada. Só pude sussurrar um xingamento baixo para mim mesmo e olhar em volta.

Firmei a sacola de papel marrom em minha cabeça e me levantei do chão. O cheiro daquele lugar era uma mistura desagradável de terra úmida e o cheiro semelhante ao de carne podre ou enxofre, que, por mais horrível que fosse, era o mais comum de se ver por esse mundo.

Caminhando no PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora