Capítulo 14

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Tom de despedida

O sol derramava seus tons dourados sobre a pequena cidade costeira de Clearwater, pintando o cenário de tons quentes que ecoavam a intensidade do momento. Mia e Ethan, não conscientes da sombra que pairava sobre suas vidas, decidiram passar um dia juntos, um dia quase que de despedida na fase atual de suas jornadas.

Após o café, decidiram explorar os encantos da cidade. Caminharam pelas ruas sinuosas, mãos dadas, absorvendo cada detalhe que suas mentes poderiam gravar. Visitaram a livraria local, onde Mia encontrou um livro que se tornaria um símbolo de seu tempo juntos. Ethan, por sua vez, presenteou Mia com uma pequena pulseira, um gesto simbólico de sua conexão única.

O almoço foi uma experiência culinária em um restaurante acolhedor, onde o murmúrio das ondas servia de trilha sonora para seu último encontro. Conversaram sobre o futuro, sobre os sonhos que alimentavam suas noites e as promessas que sussurravam ao vento.

A tarde os encontrou à beira-mar, onde decidiram desfrutar de um último pôr do sol juntos. Sentados na areia macia, observaram o sol mergulhar no horizonte, pintando o céu com cores vibrantes. As palavras pareciam escassas, mas cada olhar e toque contava uma história de amor que transcenderia as mudanças que a vida inevitavelmente traria.

Assim, envolvidos pela magia da noite e pelo amor que transcende o tempo, Mia e Ethan viveram seu dos seus últimos encontros com a intensidade de quem entende que alguns amores são eternos, mesmo que as circunstâncias os conduzam a diferentes destinos.

Parte 2

A noite envolvia a casa de Victor em um manto de escuridão. Frank, decidido a apagar qualquer vestígio de seu envolvimento na trama obscura que se desenrolava, aproximou-se furtivamente da residência. Vestindo luvas negras e uma toca que ocultava seu rosto, ele carregava consigo a energia sombria da decisão.

Com passos silenciosos, Frank contornou o perímetro da casa, certificando-se de que nenhum observador curioso testemunharia seus atos. Ele encontrou uma entrada discreta, uma janela lateral pouco visível, e com uma habilidade treinada, á abriu sem fazer qualquer ruído. Ao adentrar a morada de Victor, Frank começou sua tarefa sombria. Passou por cômodos escuros, sua presença revelando-se apenas pelo suave murmúrio de seus passos calculados. Na sala de estar, ele vasculhou documentos comprometedores, arquivos que pudessem conectar os pontos que preferia manter dispersos.

À medida que subia os degraus, sua respiração ficava mais audível. Chegando aos quartos superiores, Frank despejou líquido inflamável nos cantos estratégicos, delineando seu caminho com odores pungentes. Ele acendeu um isqueiro, as chamas dançando ao sabor do vento silencioso. As línguas de fogo subiam em espirais famintas, consumindo tudo em seu alcance. A madeira crepitava, e o brilho alaranjado lançava sombras inquietantes nos corredores. A casa de Victor, outrora repleta de segredos, agora era envolvida pelo calor vingativo das chamas.

Frank, silencioso como a escuridão que o cercava, desapareceu na noite, deixando para trás a casa incendiada e um rastro de destruição que obscurecia as evidências de sua presença. O fogo rugia, um testemunho ardente da decisão sombria que moldava os destinos entrelaçados nesta trama de suspense.

Frank pega o celular e faz uma chamada:

- Alô, Victor, tudo feito, já fiz o que você me pediu!

- Parabéns Frank, o prejuízo será grande, mas precisamos de alguma prova de que você está me ameaçando, agora deixa comigo, que daqui irei chamar o corpo de bombeiros, e já estou na casa da minha sobrinha, amanhã mesmo ela já estará longe daqui.

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