Amor Eterno

Capítulo 25

Lembranças ainda vivas

A luz suave do quarto iluminava as lembranças recentes que dançavam em minha mente, como uma trilha sonora que embalava os últimos três dias intensos e cheios de vivacidade. Sentei-me na beira da cama, mergulhando nas lembranças que se desdobravam diante de mim.

Lily, com seu sorriso cativante, parecia ainda mais presente quando fechei os olhos. Os momentos que compartilhamos durante o festival eram como cenas de um filme que eu não me cansava de assistir. A energia contagiante das risadas, os detalhes das conversas e a dança animada ao som da música envolviam-me em um turbilhão de sentimentos.

Jake e Sara, nossos companheiros de jornada nesses dias, também contribuíram para a atmosfera especial que permeou cada instante. As risadas compartilhadas nas barracas de comida, as histórias contadas durante as caminhadas e a cumplicidade no meio da multidão criaram uma teia de experiências inesquecíveis. As músicas que ecoavam no quarto eram como um elo entre o passado recente e o presente, transportando-me para os momentos vividos nos últimos dias. Cada acorde parecia ressoar com as emoções daquelas lembranças, proporcionando um respiro suave na melodia da vida.

Ao relembrar os encontros, as conversas e os momentos compartilhados, eu sentia uma mistura de gratidão e nostalgia. Era como se aqueles dias intensos tivessem deixado uma marca indelével em minha jornada, colorindo o caminho à frente com as nuances das experiências vividas. Enquanto as músicas continuavam a soar no ambiente, permiti-me perder-me nas memórias, reconhecendo a preciosidade daquele tempo compartilhado. O festival, com seus sabores, risos e conexões, havia deixado um rastro de alegria e calor que permaneceria comigo, transformando a simples audição de uma canção em um portal para o passado recente.

Encostei-me na cabeceira da cama, absorvendo cada acorde e deixando-me envolver pelas recordações. Os últimos três dias foram como uma paleta de cores vivas que pintaram minha vida com tons de alegria e amizade, um breve capítulo que se integrava ao livro em constante construção da minha história.

No meio do turbilhão de lembranças que dançavam na trilha sonora da minha mente, as imagens de Mia começaram a ganhar destaque. Seus olhos expressivos, o sorriso que iluminava até os dias mais nublados e a maneira como nossos destinos se entrelaçaram tornavam-se cada vez mais vívidos. A trilha, onde aventuras se misturaram a sentimentos, permanecia como um capítulo inesquecível em minha história. O som dos passos na mata, a serenidade da cachoeira e o murmúrio do vento eram como notas que compunham uma melodia única, marcando o compasso de uma conexão que parecia transcender o tempo.

Recordações do convite para a trilha ecoavam em minha mente, misturadas à sensação da mão de Mia na minha enquanto caminhávamos por caminhos desconhecidos. Cada risada compartilhada, cada olhar trocado, tudo parecia ter sido esculpido pelo destino para criar um laço que desafiava as probabilidades.

Ao me aprofundar nas memórias, revivi o momento em que, no ponto mais alto da trilha, o mirante presenteou-nos com a visão deslumbrante do oceano cintilante e da cidade acordando lentamente. Era como se aquele instante tivesse sido moldado pela mão de um pintor habilidoso, criando uma cena que permaneceria gravada em minha mente.

As emoções se intensificaram quando me lembrei do convite para a trilha no dia seguinte, uma sugestão que brotou naturalmente durante uma conversa descontraída. Mia aceitou com um sorriso, e naquele momento, não poderia imaginar que seria um dos últimos momentos em que nossos destinos estariam alinhados.

A trilha, que proporcionou momentos de proximidade e cumplicidade, também marcou o início sutil de uma despedida que, na época, não podíamos prever. O último abraço, o último olhar antes de nos afastarmos, naquela manhã que se iniciava na beira da praia, essas imagens eram como fotogramas congelados em minha mente, imortalizando um capítulo que agora existia apenas nas páginas da memória. Enquanto as músicas continuavam a preencher o quarto, eu permitia-me mergulhar nas lembranças, reconhecendo a complexidade dos caminhos que a vida nos reserva. Mia, com sua presença única e as aventuras compartilhadas, permanecia como um traço indelével na trama da minha história, um capítulo que, embora distante, continuaria a ecoar nas melodias da minha vida.