Capítulo 17

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                                  Dias de solidão.

Alguns dias Depois

O nascer do sol pintava o céu com tons suaves, mas a luz que banhava o quarto de Ethan não era suficiente para dissipar a sombra que pairava sobre ele. Ao acordar, a realidade da ausência de Mia atingia como uma onda persistente.

Ethan, ainda sob o peso da despedida, desceu para o café da manhã, onde o aroma de café fresco misturava-se com a quietude que se instalara na casa. Seus pais, percebendo a melancolia em seu semblante, trocaram olhares preocupados.

A mãe de Ethan, tentando dissipar a tristeza:

- Como você está se sentindo, querido?

Ethan, mexendo sem entusiasmo a colher na xícara:

- Sinto falta dela, mãe. Todos os dias.

Seu pai, com empatia:

- A dor da despedida é difícil, filho. Mas o tempo cura.

Ethan, suspirando, olhava para além da janela, como se buscasse encontrar Mia no horizonte distante. O café da manhã tornou-se um ritual silencioso, onde as palavras eram dispensadas, pois a presença ausente de Mia permeava cada pensamento.

Os dias sucediam-se com uma rotina que agora parecia monótona, e a casa, outrora cheia de risos e energia, estava envolta em um silêncio melancólico. Ethan buscou ocupar o tempo, mas em cada atividade, em cada esquina da cidade, ele encontrava fragmentos de lembranças que o transportavam de volta aos momentos compartilhados com Mia.

O quarto de Ethan, agora sem a presença vibrante dela, tornou-se um santuário de recordações. As fotografias, os objetos que ela tocara, tudo ecoava o eco de uma história que ainda aguardava seu desfecho.

- Ethan, querido, percebemos que você está tentando ligar para Mia. Alguma resposta?

Ethan, olhando para o telefone sem novidades:

- Nada. Ela não responde.

Pai de Ethan, colocando a mão no ombro do filho:

- É difícil, filho, mas talvez seja hora de seguir em frente.

Ethan, com uma pontada de frustração:

- Seguir em frente? Como posso fazer isso quando ela é parte de tudo que eu vejo?

Mãe de Ethan, com ternura:

- O primeiro amor é especial, Ethan, mas a vida tem muitas surpresas reservadas para você. Mia pode ter sido o começo, mas não é o fim.

Pai de Ethan, sorrindo de forma reconfortante:

- Você é jovem, e o mundo está cheio de possibilidades. Às vezes, o destino nos leva por caminhos inesperados, mas isso não significa que não haja beleza na jornada.

Ethan, suspirando profundamente:

- Eu só queria entender o motivo dela ter ido embora tão repentinamente, por que isso foi acontecer, por que ela se afastou de mim naquela noite, e foi testemunhar aquele crime?

O pai de Ethan, confuso, pergunta:

- Mas que crime?

Ethan, percebendo que talvez tenha dito mais do que deveria, sente o peso das palavras e tenta remediar:

- Ah, pai, são só coisas da cidade, histórias complicadas... Acho que fui só um pouco dramático demais. Desculpe por preocupá-los.

O pai de Ethan, insistindo:

- Ethan, não esconda nada de nós. Se algo sério está acontecendo, queremos ajudar, vocês estavam na trilha naquela noite, e aconteceu alguma coisa lá, alguns moradores testemunharam.

Ethan, decidindo compartilhar parte da verdade:

- Tudo bem, pai. Mia testemunhou algo terrível naquela noite na trilha. Um crime, envolvendo pessoas perigosas.

O pai de Ethan, sério:

- Um crime? E Mia viu tudo?

Ethan, sombrio:

- Sim, ela viu. Eu não vi o que aconteceu, ela viu, ela viu uma pessoa conhecida, um amigo da família roubando um dinheiro, bolsa com dinheiro, e enterrar um corpo.

- Ethan isso é sério? Quem é essa pessoa que fez isso? Você sabe onde ela viu isso?

- Pai isso é muito sério, a família de Mia foi expulsa da cidade pela facção, por isso que ela foi embora.

A mãe de Ethan pergunta:

- Como assim filho? Que história horrível é essa?

Ethan agitado com sua confissão:

- Foi um amigo da família deles, que trabalhava no restaurante do tio dela, ele se envolveu com pessoas erradas e cometeu um crime, um assassinato, não sei por que, Mia viu ele enterrando um corpo de um homem, mas para o azar de Mia ele também a viu, ai onde começou toda a confusão..

- Isso é grave Ethan, muito grave. Não posso ficar calado.

- Pai não faça isso, é muito perigoso, a gente pode ficar em perigo.

A mãe de Ethan aflita responde:

- Ethan tem razão querido, ainda mais que está tudo muito recente.

John responde:

- Está bem, vou manter a calma e cuidado, mas preciso investigar tudo isso.

- cuidado pai, muito cuidado. 

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