Capítulo 15

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                             Partida Eminente.

O crepúsculo tingia o céu de tons alaranjados quando Victor, movido por um propósito obscuro, dirigiu-se à casa de seu irmão, Humberto. O trajeto pelas sinuosas estradas que levavam à pequena cidade costeira era permeado pelo murmúrio do vento e pelo farfalhar das folhas nas árvores. Ao chegar à casa de Humberto, uma residência modesta, Victor contemplou por um momento a fachada iluminada apenas pela luz da lua. Sua presença ali não trazia consigo ares de familiaridade calorosa, mas sim o peso de intenções obscuras.

A porta rangeu suavemente quando Victor a abriu, revelando a sala iluminada por uma luz tênue. Humberto, pai de Mia, surpreso com a visita, surgiu na entrada, seu rosto marcado pela expressão interrogativa.

- Victor, o que o traz aqui nesta noite?

Victor, com uma expressão forjada de preocupação:

- Humberto, preciso falar sobre algo sério. Frank, meu braço direito aquele desgraçado, incendiou minha casa. Ele está louco e quer se vingar de nossa família.

Humberto, preocupado:

- Meu Deus, Victor! Mas por que ele está fazendo isso? Se vingar por quê? O que fizemos contra ele?

- Frank se envolveu com uns caras errado, eles tentaram matar ele, e ele se defendeu, e acabou matando um deles, lá na trilha, ele também roubou um dinheiro deles.

- Que coisa horrível, mas o que a gente tem haver com isso?

- Quando isso aconteceu lá na trilha, Mia estava lá, e viu tudo, e ele viu ela, e ele está querendo silencia-la, ainda mais com envolvimento dela com esse rapaz o tal de Ethan, onde o pai desse rapaz é um repórter e já está investigando o caso de tiroteio lá trilha.

Victor, olhando nos olhos de Humberto com seriedade continuou dizendo:

- Mia testemunhou o que aconteceu. Frank a viu. Ela está em perigo, Humberto. Precisamos protegê-la.

Humberto, perplexo:

- Protegê-la? Mas como?

Victor, sugerindo com um tom calculado:

- Leve-a para longe da cidade, onde Frank não possa encontrá-la. Corte todos os laços que ela tem aqui. Será o melhor para a segurança dela. Eu cuidarei para que Frank não a alcance.

Humberto, hesitante:

- Mas ela... ela tem amigos aqui, uma vida que está apenas começando.

Victor, firme:

- Humberto, é a única maneira de mantê-la segura. Pense no bem dela. A cidade não será segura para ela enquanto Frank estiver à solta.

A sugestão de Victor pairava no ar, carregada de uma intenção que ia além da proteção aparente. O destino de Mia agora estava nas mãos de Humberto, seu pai, enquanto Victor traçava os contornos de um jogo sombrio que se desenrolava nos bastidores.

Enquanto Victor e Humberto trocavam palavras carregadas de segredos e tramas, a noite envolvia a pequena cidade costeira com um manto de mistério. A lua, testemunha silenciosa, lançava sua luz prateada sobre o cenário tenso que se desenrolava.

Mia, alheia aos eventos que se desdobravam, retornava ao lar sob a luminosidade noturna. Ao abrir a porta da casa, percebeu de imediato a atmosfera carregada que pairava na sala iluminada.

Humberto, dirigindo-se à filha com uma expressão aflita, disse:

- Mia, precisamos conversar.

Os olhos de Mia buscaram os de seu pai, notando algo incomum na expressão dele. Uma tensão se estabeleceu, fazendo-a se sentir desconfortável em seu próprio lar.

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