cola.

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POV EMY

porra, eu confiei na billie. como eu vou fazer agora? e se zoe contar pra minha mãe? ela vai me matar?.

agora nesse exato momento, eu tô deitada na minha cama pensando, eu não queria que as coisas tivessem se resolvido assim entende?

eu sinto muito a falta do pai, a falta enorme dele entende? eu amava muito meu pai, eu era extremamente feliz ao lado dele, ele era meu melhor amigo.

meu pai morreu em um acidente de engano  por pessoas, confundiram ele com um cara traficante, e acabou morrendo. minha mãe se vingou do cara, fazendo ele pegar pena de morte. hoje, o cara já deve estar completando uns 2 anos de prisão. mas isso não faz a minha dor sumir.

meu pai não merecia isso, ele era muito feliz, ele fazia a gente muito feliz. minha mãe depois disso, ficou mais triste, e se mata de trabalhar. sei que ela sente a falta dele assim como eu e zoe. a partida dele foi bem difícil.

billie ficou aqui com a gente pra ajudar zoe e eu. a melhor amiga da minha mãe, sueli, venho ficar com a gente também, pra ajudar minha mãe, entende?

depois daquela época, eu sempre vivia quieta pelos cantos, pois tudo me lembrava ele. até que Drew me ofereceu e eu aceitei. nunca aceitaria drogas, sou doida mas nem tanto.

o cigarro virou meu melhor amigo, ele tira minha dor temporariamente e por isso viciei. mas depois desses dias, parei de fumar, apesar de estar com os sentimentos a flor da pele, consegui esquecer ele um pouco. mas agora, minha única necessidade é um cigarro.

eu quero muito fumar, muito. mas não quero decepcionar minha irmã. com certeza ela já deve ter conversado com minha mãe, já que é 21hrs e lá embaixo está bem quietinho.

minha mãe chegou umas 19:30, hoje foi o único dia que ela pode chegar cedo e eu fiz uma coisa dessas. eu vacilei.

minha mãe é uma pessoa compressiva, ela entende e conversa. violência nunca foi opção aqui em casa..

presa nos meus próprios pensamentos, escuto a porta abrir, era minha mãe. seus olhos mostravam conforto pra mim. ao ver isso, me deu uma vontade imensa de chorar, ela me lembra muito meu pai. única coisa que ela faz é abrir os braços e me abraçar.

me jogo nos braços dela e choro igual uma garotinha.

- desculpa mãe, eu juro que eu tô conseguindo parar. desculpa por fazer uma decepção dessa pra você, desculpa. - eu digo chorosa.

- eu sei o que você tá passando. você deveria ter falado comigo e eu iria resolver, meu bem. - ela diz me apertando nos seus braços.

- eu sei mãe, mas eu não queria te preocupar, o seu trabalho já é muito pesado pra você. desculpa por te decepcionar. - digo fungando.

- mas se você tivesse me dito, poderíamos resolver isso. - ela diz.

- eu sei, desculpa - eu digo me soltando naturalmente do abraço.

- você citou que tava parando, você realmente tá parando ou falou da boca pra fora? - ela diz calma olhando em meus olhos.

- eu realmente tô parando, faz uns 15 dias já. quem me ajudou foi billie. - digo me lembrando da linda garota de olhos de oceano.

- zoe comentou que você disse que foi ela que disse a zoe, mas eu tenho certeza que ela aquela garota nunca iria dizer algo por mal, sim? eu conheço aquela garota a quase dez anos, sei que ela não faria por mal. zoe me disse que foi um número desconhecido que a mandou. - minha mãe diz tentando me convencer.

- mãe mas as únicas pessoas que sabiam era Billie e minhas amigas. - digo simples insistindo que era billie que disse pra zoe.

apesar, que se parar pra pensar. talvez tenha sido outra pessoa que viu e gravou certo? as vezes não pode ter sido Billie.

Ultraviolence - Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora