Talvez o autor esteja um pouquinho maluco e está descontando todos os seus surtos na escrita. Só talvez, diria até que é uma situação hipotética.
Estoy loco, a escola tá me matando 😭😥😞 Ainda bem que finalmente entrei de férias 🙌🏻🙌🏻
Enfim, boa leitura! (Já vou avisando que esse capítulo não é dos happy não
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Vocês já se arrependeram ao pedir para alguém ir?
Ou melhor, além de terem se arrependido por deixarem alguém ir, já se arrependeram de não ir atrás?
. .
Sentada na areia, uma jovem mulher observava o horizonte, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto. Sua vida teria virado de cabeça para baixo desde que conheceu uma brasileira nessa exata praia, nesse exato lugar onde estava sentada.
E, por uma mera coincidência e ironia do destino, estava chorando por essa moça! A ironia do destino é realmente uma divina comédia.
O que tinha acontecido? Melissa estava insegura com seu relacionamento com Selma. A castanha ama tanto aquela mulher que chega a ser assustador. Mas, tinha tanto medo... Medo de ser trocada, medo de ser traída.
Não que a mexicana achasse que Selma iria botar chifres nela, até porque, confiava naquela mulher com corpo e alma.
Melissa não queria se machucar, mas também não queria ferir a namorada. Estava numa corda bamba, entre confiar e sentir medo de ser abandonada.
Mas, seu medo e suas paranóias eram tão grandes que... A castanha simplesmente surtou.
E, desse surto, teve uma conversa dolorosa com a brasileira. Falando tudo o que sentia e, na hora do desespero, disse que talvez fosse melhor com que cada uma seguisse seu rumo.
Quando viu o sofrimento nos olhos dela, uma parte de si quebrou. Melissa se sentiu frustrada quando Selma perguntou se realmente era pra ser isso e se dirigiu até a porta, preparada para ir embora.
Apesar da decisão ter "vindo" por parte da mexicana, ela queria que Selma fosse contra a ideia por mais tempo. Mas, Melissa conseguiu ver o sofrimento nela. Ela estava fazendo isso não por ela, mas sim pela mexicana. Respeitando sua decisão e indo embora.
Quando a mulher de sua vida começou a sair da casa onde ambas moravam, desabou em choro. Talvez Melissa conseguisse alagar a casa com suas lágrimas.
Por um instante, Melissa gostaria de desbloquear o número da loira e mandar mensagem para ela, dizendo que queria voltar atrás. Mas, isso não seria certo. Ela já tinha feito a de olhos azuis sofrer.
Ah, que inferno.
Por que sempre toma decisões no calor do momento?!
. .
Entrou em casa, jogando suas roupas no chão e se enfiando de baixo do chuveiro. Suas lágrimas se misturavam com a água morna do chuveiro, enquanto as lembranças de todos os momentos bons com ela naquela casa assombram sua mente.
Fechou os olhos e se agachou no box, tentando recuperar um pouquinho de sua sanidade.
— Gatinha... — Limpou o rosto, se levantando e terminando de tomar seu banho.
Se encaminhou até o quarto onde ambas dormiam, se jogando na cama e se cobrindo até a cabeça.
— Eu tô parecendo uma adolescente depressiva... — Riu de si mesma, buscando seu celular e abrindo a galeria.
Começou a ver todas as suas fotos juntas, todos os desenhos que tinha feito para as duas, escutando áudios dela cantando de madrugada e por aí vai. Escutando os áudios, deu uma risada alta. Olhando as fotos, sentiu saudades. Olhando os desenhos, se sentiu feliz.
— O Richarlyson ia me zoar tanto agora... — Se virou com a barriga pra cima, deixando o celular em seu lado. — Falando nele, vou conversar com ele sobre isso... Apesar dele talvez me humilhar me chamando de gay depressiva, talvez ele tenha alguma palavra reconfortante pra mim...
— No creo que virei uma sapatão depressiva... Me tornei o que eu mais temia, nem fudendo... — Riu, olhando pras estrelas desenhadas no teto do quarto.
Olhando para os cantos do quarto depois de parar de conversar sozinha, Melissa sorriu fraco. Antes que começasse a sentir o vazio de seu coração novamente, resolveu dormir. Até porque, mente vazia é a oficina do diabo.
— Enfim... Vou é dormir! — Se ajeitou na cama e fechou os olhos. — Não vai ser nada fácil superar essa mulher...
