Capítulo 1 - A Chegada

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20 de fevereiro de 2010

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20 de fevereiro de 2010

A estrada parecia cada vez mais perigosa, a cada curva me martirizava novamente por ter decidido fazer essa longa viagem a noite, ainda mais quando não pisava naquela cidade faziam tantos anos. Estava voltando a casa do meu pai, a qual foi palco de muitos verões da minha vida. Um dos poucos ambientes onde eu não me sentia frustrada o tempo inteiro.

Meus pais ficaram juntos tempo o suficiente para fecundarem uma nova vida, mas não para se apaixonarem de verdade. Isso fez com que terminassem antes mesmo de descobrir que teriam uma criança.

Por conta disso fui criada quase que completamente por minha mãe, a não ser pelas vezes em que vinha a Forks visitar minha família paterna. Situação que deixou de acontecer assim que terminei o ensino médio e ingressei em uma faculdade no exterior, ficando fora por anos.

Eu não fui a filha perfeita, definitivamente.

Mas pensar sobre o meu pai e o quanto ele nunca fez questão de estar por perto ou de pelo menos tentar ficar com a minha guarda, me deixava realmente decepcionada. Ele não fez nada, mesmo quando teve um mero vislumbre de como era a vida com Marina.

Eu sei que ele percebia que tinha algo errado ali, todos percebiam. E mesmo assim, não houve nem mesmo um questionamento, uma discussão, nada.

Billy não era o motivo de eu ter voltado, claramente.

Lá também residiam meu irmãozinho mais novo e minha melhor amiga. Pessoas que me fizeram bem, pessoas que realmente se importavam, e era por elas que eu estava voltando.

Ter encontrado uma vaga de emprego como psicóloga hospitalar em Forks foi o encaixe perfeito. Assim, poderia começar uma nova vida em um lugar que nunca chegou a realmente me conhecer.

Minha mente estava inundada em pensamentos enquanto tentava me concentrar na estrada, a qual possuia algumas placas avisando a distância até a cidade de poucos habitantes.

Quando termino de ler a última placa, algo na floresta rouba a minha atenção, algo como pessoas correndo, apesar de serem muito mais velozes do que o meu carro, tanto que só pude ver seus borrões brancos.

Admito que fiquei assustada, nunca tinha visto algo tão estranho.

Os borrões sumiram tão rápido quanto apareceram, e logo voltei a estar sozinha naquela estrada deserta.

Isso me fez apertar o acelerador.

Em cerca de uma hora e meia, cheguei a reserva depois de Forks, onde meu pai e irmão moravam. O motivo de optarem por residir fora da cidade era válido, por isso deixei meu descontentamento de moça da cidade guardado para mim.

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