Capitulo 8 "Meninas anoréxicas"

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Tavarez

Apaguei. Essa é a verdade, depois de comer um lanche do tamanho da minha cabeça, eu e a estranha, que eu descobri depois que se chamava Natasha (belo nome aliás), acordei sem nem saber onde tava, minha cabeça parecendo mais que alguém bateu ela no chão (Pelo menos sei que não bati ela), dormi como um saco de batatas e por incrível que pareça eu ainda dividi minha cama.

Flesheback

— Anda piveta, deita logo na cama, preciso dormir, carai — já fazia uns vinte minutos que tentava convencer Natasha de deitar na cama comigo e a mina simplesmente não queria, ela acha o que? Que eu vou morder enquanto durmo?

— Já falei que posso dormir no chão, não precisa se preocupar com nada, você já fez muito por mim hoje.

— Já falei que não, deita logo aí, não vou morder você não mina. — Gente eu pensei que teimosia tinha tamanho, mas essa aqui não deve ter nem 1.65

— Ai pexte porque você é tão teimosa?

— EU? Eu sou teimosa? Sério mesmo isso? Quer saber? — vou resolver isso agora, peguei a anã pela cintura e levantei pra cima

— O que porra você ta fazendo me solta — né que ela tem força mano? Mas não vai não.

Segurei ela por trás enquanto a maluca se debatia, ah mas não vai mesmo.

— Olha aqui, não vou repetir de novo, você vai dormir na cama porra. — Isso ae caralho, falei no ouvido dela, eu sou foda pode aplaudir.

— Certo. Pode me soltar agora senhora "mando e você obedece"?

— Solto "dona teimosia" — Solto a querida e já vou logo me jogando na cama com a sensação de batalha ganha

— O QUE, Porra, você acha que ta fazendo Natasha?

— Oxi, não mandou eu deitar? Então eu vou, mas vai ser nas suas costas mesmo — a mina simplesmente deitou por cima de mim, era só o que faltava.

— Para de onda, sai de cima vai.

— Não, agora fica quieta que eu quero dormir vai, e porque caralhos você cheira tão bem?

Puta que pariu. a mina simplesmente deu uma fungada no meu cangote, golpe baixo, meus pelos se arrepiaram tudinho, viado.

Foi assim que eu dormi, com uma louca em cima das minhas costas, cheirando meu pescoço.

O problema agora é: pra onde essa maluca foi? Já procurei pelo quarto todo, no armário, no banheiro e nada da mina, não acredito que ela fugiu de mim não, carai, eu nem sei o número dela.

Quer saber? não posso fazer nada se ela preferiu fugir ao ficar e eu levar ela em casa, vou tomar meu banho e bater um pratão que eu ganho mais.

Aos sábados, dona Rosa faz questão de todo mundo tomar café e almoçar junto, faz mais comida e bolos (sim, no plural, a veia acha que a gente vai comer três de uma vez), hoje não é diferente.

— Aê veia, fez os bagulho hoje caprichado ein.— abracei ela por trás, enquanto roubava uma rabanada.

— Já falei pra não me chamar de velha cacete, nem venha, eu ja disse que não gosto das anoréxicas que você traz aqui

— Peraí, peraí, como que a senhora tá sabendo dessas fitas?!

— Eu sonhei, sem contar que escutei a coitada da menina brigando com o portão pela manhã pra fugir daqui, nem tive chance de ver a cara dela.

— Tá, primeiramente coroa, ela não era anoréxica não, seguidamente, pega a visão, eu não tive nada com essa mina que saiu daqui essa manhã.

— Como não teve, minha fia? A menina dormiu no seu quarto e você vai me dizer isso? Eu não nasci ontem.

— Não mesmo, já nasceu no tempo de Jesus.

— GAROTA, não me estressa logo de manhã dona Tavarez, toma jeito, para de trazer meninas anoréxicas pra minha casa. — Né que a veia ainda me deu uma colherada de colher de pau, caraí?

— Ai ai, dona Rosa, peguei já a visão veia, relaxa aí vai.

— E pela fé, cadê o seu irmão essas horas?

Detalhe importante: toda vez que dona rosa tá estressada, ela acaba soltando o sotaque (nordestino) que ela tem, não lembro de onde aliás.

— Ele jaja tá ai, dormiu na Yasmin ontem, fica suave coroa. — passava minha geleia no pão de boa, Alex leva a tradição de sábado mais a sério que qualquer um, aliás, falando nele...

— Ae vó, bença, tô morto de fome, essa cuzona que eu chamo de irmã me deixou lá plantado, por causa de mulher — Seis acredita, que o moleque teve a ousadia de bagunçar meu cabelo?

— Eu vi a anoréxica fugindo daqui de manhã, bom, eu escutei, já que você sabe que a vó é meio ruim das vistas né?

— Vó eu já falei que a menina não é anoréxica, ta bom desse assunto por hoje.

E isso resume bem minha manhã, Alex me zoando por causa da mina e minha vó brava, a parte da tarde eu tirei o dia pra ficar no computador adiantando os bagulho da faculdade, não sei quanto tempo passei enfurnada no quarto, até o Alex aparecer no quarto me chamando pra gente sair com os moleque.

— Vou não hoje vey, cansada demais pra isso, mas vai lá, aproveita e leva o carro do japa.

— Eu ia avisar disso mesmo, ele já tava gritando no grupo, abre aí pra você vê.

— Beleza jaja vejo, vai com a Yasmin também? 

— Não sei, ela ainda não falou nada, acho que tá de ressaca, mas qualquer coisa se mudar de ideia cola lá, pow.

— Tô ligada, pode ir, qualquer coisa mando o toque.

Aproveitei que parei pra tomar um banho, já tava agoniada, o problema foi que eu acabei achando dois pares de brincos que claramente não são meus, no meu banheiro, é Natasha, você é uma caixinha de surpresas, aproveitando a deixa, vou procurar a "anoréxica" no insta, vê se achava algum rastro da fugida.

Não achei nada. A mina é simplesmente um fantasma. Como caralhos isso é possível? 

Quer saber? Vou esquentar minha cabeça com essas neura não, ontem minha noite foi pro brejo. Hoje, eu vou aproveitar naquela mesa de bar e de sinuca, cadê a minha carteira?

𝗡𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮: 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗿𝗼𝘂? 𝗗𝗲𝗺𝗼𝗿𝗼𝘂, 𝗽𝗼𝗿𝗲́𝗺 𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗰𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝘁𝗮́ 𝗰𝗮𝗽𝗿𝗶𝗰𝗵𝗮𝗱𝗼, 𝗼 𝗺𝗼𝘁𝗶𝘃𝗼 𝗱𝗼 𝗮𝘁𝗿𝗮𝘀𝗼 𝗳𝗼𝗶 𝘀𝗶𝗺𝗽𝗹𝗲𝘀, 𝘁𝗿𝗼𝗾𝘂𝗲𝗶 𝗱𝗲 𝗰𝗲𝗹𝘂𝗹𝗮𝗿 𝗲 𝗢𝗗𝗘𝗜𝗢 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗿 𝗲𝗺 𝗶𝗣𝗵𝗼𝗻𝗲, 𝘁𝗶𝘃𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗿𝗿𝘂𝗺𝗮𝗿 𝘂𝗺 𝗰𝗼𝗺𝗽𝘂𝘁𝗮𝗱𝗼𝗿 𝗽𝗿𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗲𝗴𝘂𝗶𝗿 𝗱𝗶𝗴𝗶𝘁𝗮𝗿 𝘁𝘂𝗱𝗼, enfim, espero que tenham gostado e por favor, comentem e votem, significa muito 🥹🥹

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