Capítulo 26 - Brigas e Reconciliação

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Ó QUEM CHEGOU!



POV ANITA BERLINGER

Eu não conseguia acreditar no que havia acabado de fazer. Eu havia dispensando uma boa e prazerosa noite de puro sexo com a stripper Verô. Meu Deus! Eu andei de um lado para o outro naquele corredor pensando na ideia de voltar atrás e tomar aquela mulher nos braços.

Mas e Verônica? Por mais raiva que eu tivesse sentindo naquela noite, eu não faria tamanha traição.

E seria traição? Eu não tinha nada com Verônica...ou tinha, não sei.

Neguei mentalmente caminhando para fora da Nexus. O barulho enlouquecedor da música sensual ficou para trás, deixando apenas o silêncio daquela noite. Eu precisava colocar os pensamentos em ordem, eu precisava entender o que se passava em mim.

Entrei em meu carro, respirando fundo. Encostei a cabeça sobre o volante tentando acalmar meus pensamentos. Eu voltaria para casa e dormiria. Essa era a melhor escolha. Por mais que eu ainda desejasse a stripper com todas as forças do meu ser, eu gostava da escrivã, e era com ela que eu queria ficar.

Liguei o motor do carro dando partida, saindo daquele para quem sabe nunca mais voltar. Rodei algumas vezes pelo centro de São Paulo, pensando na ideia de buscar Verônica. Com toda certeza o problema com Nelson já havia se resolvido. Demorei cerca de meia hora até passar em frente ao seu prédio.

Com o carro seguindo lentamente eu pude ver duas pessoas mais do que familiares. Uma delas eu sabia, era Verônica. A morena estava com o mesmo vestido do jantar de horas atrás. E ao seu lado?

Aproximei mais com os vidros fechados. E não era possível,eu não queria acreditar nisso. Lima abraçava Verônica por um longo tempo e a mesma cuidava de retribuir da mesma forma. Então era esse o problema com Nelson?

Uma súbita vontade de sair daquele carro e ir de encontro aos dois tomou conta de mim, mas eu não fazia tal gênero. Eu era superior a tudo aquilo. Por mais raiva que eu tivesse, eu não falaria nada agora. Fiquei mais alguns minutos assistindo a cena, até que Verônica soltou Lima. E fitou em direção ao meu carro. Droga! Ela sabia!

Acelerei o veículo saindo daquele lugar sem sequer dar um sinal. Eu estava com raiva, me sentindo uma otária. Era por esse tipo de coisa que eu odiava me apaixonar.

E eu estava apaixonada?

Não.

Não.

Não!

Eu sentia raiva de mim, por ser imbecil a ponto de recusar uma noite com a stripper. Minha vontade agora era voltar naquela boate e foder até cansar. Mas eu não o faria, eu trataria de forma fria, como Verônica merecia.

[...]

Mau humor, raiva, e impaciência.

Definiam-me aquele dia. Tomei um gole seco do uísque mais forte como café da manhã e cuidei de sair para o DHPP. O trânsito estava infernal, como o meu estado de espírito. Fechei os olhos e as imagens de Lima e Verônica se faziam presente, como durante todas as horas que eu não havia dormido naquela madrugada.

Lembrei do momento desperdiçado com a stripper Verô.

Merda!

Buzinei uma, duas, três vezes para o carro enferrujado à frente.

Infeliz!

Minutos depois, eu estacionei em minha vaga. Esperei o elevador. E no departamento os agentes correram para os seus devidos lugares como de costume. Eu caminhei entre as pessoas com um olhar mortal. Em uma das mesas, vi Nelson sentado.

The Stripper - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora