Capítulo 37 - Pedidos

205 23 15
                                    


OI

VOCÊS PEDIRAM E AQUI ESTÁ A ATUALIZAÇÃO!



POV ANITA BERLINGER

"Não, você não entendeu. Fica comigo, sabe? Me namora."

Verônica falou com um olhar esperançoso. Eu ainda estava processando as palavras que saiam de sua boca. Confesso que tudo ao meu redor estava girando lentamente, eu não sabia se era efeito do álcool ou problemas da mente.

"Está me pedindo..." - sussurrei as palavras para ela com os olhos semicerrados em sua direção.

Verônica abriu um pequeno sorriso, tímido, mas ainda assim lindo. A penumbra da noite deixava seu rosto parcialmente iluminado, destacando suas linhas faciais tão bem desenhadas.

"Sim, Berlinger. Você quer namorar comigo?"

Eu sorri para ela abertamente. Receber aquela pergunta de Verônica me deixava realmente surpresa.

"Está falando sério?"

Verônica se sentou, obrigando-me a sentar também. Olhamo-nos por longos segundos, e a mulher delicadamente ajeitou algumas mechas de meu cabelo que teimava em cair em meu rosto.

"Eu nunca falei tão sério. Eu sei que você está bem surpresa com isso. E confesso que também estou..." - Verônica falava na mais perfeita calma, sem tirar os olhos dos meus e seus dedos faziam um leve carinho sobre minha mão fria. "Mas eu estou certa do que sinto por você. Eu te amo, Anita, e eu quero você comigo. Sei de todos os nossos problemas e dificuldades, mas creio que podemos dar um jeito em tudo. Eu não sei se você quer o mesmo, eu realmente estou muito nervosa em estar falando isso. Mas eu simplesmente

preciso disso, eu preciso ser sua."

Ela sorriu tímida, fazendo-me derreter inteira. Eu olhava para a mulher em minha frente e a via tão frágil e delicada. Confesso que eu não tinha palavras suficientes para expressar o que estava sentindo naquele momento.

Eu amava Verônica de uma maneira que eu nunca esperei gostar de alguém. No meio de todas as incertezas de minha vida, eu sabia que aquele sentimento era real e recíproco.

Devagar levei a mão até o queixo da mulher, inclinando seu rosto para me fitar. Seus olhos agora estavam um tanto temerosos em minha direção. Eu sorri, e me aproximei lentamente de seu rosto, selando meus lábios nos dela.

Em uma perfeita sincronia seus lábios se moveram sobre os meus, provocando aquela sensação em meu interior. As famosas borboletas no estômago eram sim reais. Estar com Verônica era sempre tão intenso e confuso.

Poderia alguém ser a tempestade em um mar revolto e no dia seguinte a manhã calma com céu aberto e iluminado? Sim, poderia. Verônica Torres era assim. Era o meu céu e inferno.

Devagar fui deixando os lábios da mulher que se abriram em um sorriso divino. Ficamos próximas a ponto de nossas testas ficarem coladas uma à outra. Eu respirei fundo, com os olhos grudados aos escuros da morena.

"Eu realmente pensei que faria esse pedido a você, Verônica. Mas como sempre, você não deixa de me surpreender, não é?"

Ela sorriu abaixando a cabeça sem jeito. Eu respirei fundo e então falei:

"Eu aceito."

Ela levantou a cabeça e me fitou confusa. Provavelmente ainda não acreditando em minha resposta. Sua expressão seria cômica se não ficasse tão linda confusa daquele jeito.

The Stripper - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora