Lara era uma simples barista, mas sua vida simples e solitária dar uma grande reviravolta quando Alícia Becker, uma empresária, neta do dono da BMW adentra a cafeteira atrás de um bom café e conversas. Caminhos cruzados e a ajuda do destino é o bast...
Confesso que tenho um dom, e ele é: tudo que eu visto fica bom em mim.
Para hoje uma calça preta simples de alfaiataria, camisa social branca de botões, levantei as mangas até embaixo dos cotovelos, soltei meu cabelo, fiz uma maquiagem rápida e joguei algumas jóias espalhadas pelo corpo e o querido e inseparáveis salto de bico fino.
O perfume é a minha maior arma, honestamente eu sou muito cheirosa, sempre gasto uma boa quantia com perfumes, hidratantes e produtos para meu cabelo. Alícia Becker passando, e seu cheiro feminino não ficando no local, pode mandar prender que eu acordei fora de mim.
Estava entrando na empresa com meu inseparável sorriso no rosto. Essa é a minha marca, talvez ainda mais que meu perfume marcante.
— Bom dia senhora Becker, está lindíssima essa manhã. Que seja uma boa semana para nós.
Ah, Carlito, quando vai aceitar que eu não gosto de homens? Sempre tão galanteador e desagradável para meus ouvidos sensíveis a voz masculina.
— Obrigada senhor Frinkler. Poderia dizer o mesmo, mas realmente não consigo admirar a beleza masculina. – Já perdi as contas de quantos fora dei nesse homem. Tenho fé que um dia ele vai superar.
— Poxa Lice, quando vai me dar uma chance de te provar o que está perdendo em não se envolver com homens? Em não me dar uma chance?
Tirei meu óculos de sol do rosto e coloquei no bolso da camisa.
— Se o senhor me chamar novamente de "Lice" e principalmente falar alguma asneira desse nível, pode se considerar demitido.
O elevador que eu tinha chamado chegou, apenas entrei nele e deixei aquele homem para trás. O mundo sempre querendo derrubar o meu humor, mas a minha simpatia sempre será mais forte do que as provocações.
Cheguei no meu andar e assim que a porta abriu me deparei com Lara. E lá estava novamente o meu humor subindo a níveis nunca imagináveis.
Hoje ela estava simplesmente espetacular. Trajava uma conjunto de calça e blazer de alfaiataria com uma camisa social levemente folgada em seu corpo. O cabelo loiro estava preso em um coque com alguns fios soltos. Ela exalava beleza, bom gosto e o que mais prezo, o conforto.
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— Bom dia senhora Becker! – Disse ela simpática assim que notou minha presença.
Caminhei até Lara e parei em frente a sua mesa. Um novo emprego pode transformar uma mulher, raramente vi Lara de bom humor desde que a conheço.
— Bom dia senhorita... – E lá estava minha péssima memória, depois que tive COVID nunca mais fui a mesma. — Sinto muito, mas eu esqueci o seu sobrenome.
Ouvi a risada gostosa de Lara e acabei sorrindo também.
— Por que não me chama apenas de Lara? Nem tenho costume de ouvir as pessoas me chamando de senhorita Gutierrez.
