Ira

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O Ohm estaciona na frente da boate e um rapaz vem até nós, pega a chave e sai com o carro, não posso deixar de notar que todos na frente da boate estão nos olhando. O Ohm se aproxima e segura a minha cintura, me puxa até o meu corpo encostar no dele e me beija. Ouço as pessoas comentando sobre nós, mas tento ignorar, o Chimon avisou que isso ia acontecer se eu entrasse no clube, todos que querem entrar invejam aqueles que conseguem enquanto idolatram os sete membros originais.

O segurança nos deixa entrar, caminhamos por um corredor indo direto para o elevador, quando as portas se fecham o Ohm me prende em um canto e começa a me beijar, é excitante saber ele não consegue ficar perto de mim por muito tempo sem me tocar. As batidas altas da música tocando na boate se afastam, mas logo uma música com um ritmo mais sensual nos envolve, as mãos do Ohm deslizam pelo meu corpo como em uma dança, tenho que usar todo o meu auto controle para não ficar excitado, mas porra!

A porta do elevador abre deixando a música mais alta, espero o Ohm se afastar, mas ele não faz, só consigo imaginar que nesse momento outras pessoas conseguem ver tudo o que estamos fazendo, ou melhor, tudo o que o Ohm está fazendo... Quando a sua mão sobe pela minha coxa em direção a minha virilha eu o paro, até o meu auto controle tem um limite e não quero as pessoas me vendo de pau duro.

O Ohm se afasta sem fôlego e sorri, céus, como alguém pode ser tão tentador? Ele me beija mais uma vez, arruma o terno que abriu enquanto explorava o meu corpo, segura a minha mão e vira, pela primeira vez eu consigo ver além dele e isso é pior do que eu imaginei, todos, absolutamente todos estão olhando para nós, a maioria não parece nada satisfeito com que está vendo. O Ohm caminha para fora do elevador, mas percebo que o seu corpo a cada passo vem um pouco mais para a direita ficando discretamente entre mim e os outros, mais uma vez me preocupa quanto ele é ciumento e possessivo e como isso pode atrapalhar na minha busca pela verdade.

Saímos do elevador e a porta se fecha atrás de nós, o tal Phuwin é o que está mais próximo, mas não está com o seu grupo, está com aqueles caras que parecem um time de futebol cheios de testosterona, eles parecem prontos para uma briga e pela postura do Ohm, ele também, tento entender o que está acontecendo, mas não tenho ideia, pelo menos até o Phuwin dar um passo na nossa direção e o Ohm entrar na minha frente de vez.

— Sai da frente, Ohm!

— Cuida do que é seu, Phuwin.

Olho por cima do ombro do Ohm e vejo o cara sorrindo, ele olha para o lado, depois para nós.

— Você não entende, ele te enganou, enganou a todos nós. Ninguém sabe quem é esse cara, ninguém o convidou para o clube, ele nem é da cidade. Onde você conseguiu o convite? Quem deu pra você? O que você quer aqui? Sai da frente, Ohm , nós vamos ensinar o que acontece com quem tenta nos enganar.

Eu tento avaliar as minhas opções, a única saída daqui é o elevador, mas ele se foi, o Ohm continua na minha frente, é com ele que tenho que ficar atento, é o único que pode me pegar de surpresa porque está perto demais de mim, se tentar me atacar tenho que reagir rápido, quanto aos outros, mesmo com o excesso de músculos eu duvido que eles briguem melhor do que os meus irmãos, cresci aprendendo a lutar com eles, sem contar que eu consigo derrubar um touro pelos chifres, precisa de muito mais que esses idiotas para me pegar.

O Phuwin dá um passo na nossa direção, mas o Ohm coloca a mão no seu peito impedindo de seguir em frente.

— Ninguém chega perto dele.

— Você entendeu o que eu disse? Ele te enganou!

Dou um pequeno passo para trás me afastando do Ohm, fecho as mãos e me preparo, vai ser a qualquer momento.

Sete PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora