༻꫞ SINOPSE ꫞༺
Em um universo fantástico onde piratas dominam os mares e reis disputam o poder, a jovem e destemida Capitã Mariah almeja se tornar a mais temida corsária dos sete mares. Para alcançar seu objetivo, ela embarca em uma perigosa jornada...
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༺ღ༒ Cap X ༒ღ༻
༺ღ༒ Philip ༒ღ༻
Já faz um tempo em que estamos na cabine, embora pequena e escura, estava cercada por paredes feitas de carvalho maciço, adornadas com belas obras de arte que aposto que foram roubadas, esculturas roubadas, joias... claramente roubadas, e mapas antigos. Enquanto desenhava o mapa com a ponta da pena de ganso encharcada de tinta, podia sentir a presença do marido da capitã, como vocês já devem conhecê-lo por Kane, um ex-soldado da marinha, como sei disso? Dos dias em que estive naquele mastro e tendo ele agora em minha frente, percebo perfeitamente sua cara fechada, postura firme e sempre que estava andando em algum momento colocava as mãos para trás e assumia a postura de um soldado, "A Phillip, mas isso não prova que ele era da marinha", tem razão, mas percebi uma marca em seu pulso, um tipo de queimadura, mas não era comum ela tinha uma forma como se um ferro moldado que quente tivesse sido pressionado contra sua pele para marcá-lo, não consegui distinguir a forma, mas, este era um dos processos da marinha para registrar seus soldados.
Ele estava sempre por perto. Vigiando. Eu tentava me manter focado na tarefa que estava em mãos, mas era difícil não pensar que uma faca atravessaria o tecido velho da cadeira em que eu estava e perfuraria meu corpo.
- Nossa situação na costa oeste não vai ser a das melhores - ele enfim quebrou o silêncio com sua voz seria, parecia mais estar se forçando a dizer algo para acabar com quele silêncio perturbador.
- O quê? Por que acha isso? - perguntei e logo ele se aproximou da mesa, levando a ponta do dedo até o papel e o deslizando sob sua superfície.
- Se seguirmos pelo caminho que parece ser o que o seu desastroso desenho sugere - meus olhos acompanharam o trajeto feito por ele até que ele se afastasse da mesa e cruzasse os braços - há uma tribo de nativas na costa próxima a um grande precipício e não é uma boa ideia atravessar por elas.
- Eu não sei o que é pior, você insultar meu desenho ou dizer que podemos morrer para nativas - digo ao olhar para ele.
- Seu desenho é pior - ele respondeu com provocação e total certeza.
- Faça melhor você mesmo então - prossegui.
- Qual é o mimadinho tem tanto dinheiro e não consegue ter boas aulas de desenho? Você é mais patético do que podia imaginar, ultrapassou minhas expectativas, meus parabéns - ele descruzou os braços, balançou a cabeça em falsa surpresa e bateu palmas.
- Estou diante de um rei do deboche, não é mesmo? Ah... esses marinheiros, sempre desesperados para se provarem melhores - retruquei na mesma moeda, ele se inclinou para frente levando as mãos para a mesa.