Dizem que amor e ódio andam de mãos dadas; Embora sejam emoções opostas, elas podem estar profundamente interligadas.
Daenys Velaryon, por sua vez, é uma jovem de beleza deslumbrante e inteligência notável. Ela pertence a uma antiga e nobre casa, c...
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Capítulo 14 - Dragonstone
Daenys desceu as escadarias da passagem secreta rapidamente, cada passo ecoando em sua mente como um tambor de guerra. O ar úmido e frio das masmorras a envolveu, mas ela não diminuiu o ritmo. Sua respiração estava pesada, e o coração parecia prestes a explodir no peito. A única coisa que a mantinha em movimento era a imagem de Dragonstone, um refúgio onde poderia se reunir com sua família e, talvez, encontrar alguma paz.
Quando finalmente emergiu da escuridão da passagem, Daenys se encontrou nas vielas sinuosas da Rua da Seda. As luzes das lanternas balançavam suavemente ao vento, lançando sombras dançantes nas paredes de pedra desgastada. A Rua da Seda era conhecida por suas casas de prazer e pelos suspiros abafados que escapavam pelas janelas entreabertas. Daenys manteve o capuz puxado sobre a cabeça, escondendo seu rosto enquanto avançava pela rua estreita.
Os sons da noite eram perturbadores: risos vulgares, murmúrios e o ocasional grito distante. Ela passou rapidamente por figuras encapuzadas e mulheres vestidas de maneira provocante, que a olhavam com curiosidade. Ela não tinha tempo para hesitações, cada passo a levava mais perto de sua liberdade.
Saindo da Rua da Seda, ela se encontrou na Baixada das Pulgas. Aqui, a atmosfera era ainda mais opressiva. A miséria parecia impregnada no ar, e o cheiro de lixo e decadência era quase insuportável. As ruas eram labirintos tortuosos de becos escuros e barracos apertados, onde a pobreza e a desesperança se misturavam. Daenys manteve a cabeça baixa, movendo-se rapidamente entre as sombras.
Em sua jornada, ela se deparou com um dos poucos homens da Patrulha da Cidade que ainda eram leais a Daemon. Ele estava posicionado discretamente perto dos portões da cidade, um veterano chamado Sor Henry, cujo rosto era marcado por anos de serviço e desilusão com o regime atual.
Ela se aproximou com cautela, o capuz cobrindo seu rosto pálido e tenso.
— Boa noite, sor — disse ela com voz controlada, segurando uma bolsa de moedas em mãos trêmulas.
Sor Henry a encarou por um momento, compreendendo a situação sem que ela precisasse explicar.
— O que deseja, senhorita? — perguntou ele, seu tom mostrando uma mistura de curiosidade e prudência.
— Preciso passar pelos portões sem ser notada — respondeu Daenys, sua voz quase se perdendo na noite silenciosa.
Sor Henry olhou para os portões, considerando por um instante, antes de assentir levemente.
— Muito bem, siga-me de perto — disse ele, movendo-se com determinação para abrir caminho através dos guardas que patrulhavam os portões.
Daenys seguiu rapidamente, mantendo o capuz abaixado para evitar ser reconhecida. Com a ajuda providencial de Sor Henry, ela atravessou os portões de King's Landing sem incidentes.
