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Capítulo 22 - Benjicot

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Capítulo 22 - Benjicot

Naquela manhã sombria, o sol mal conseguia penetrar através das nuvens pesadas que pairavam sobre Dragonstone. Os guardas, com semblantes pesarosos e movimentos meticulosos, cavaram uma cova dupla. Rhaenyra, Jace, alguns lordes e Daenys permaneciam em silêncio próximo à sepultura, observando-os encher de terra os corpos de Erryk e Arryk.

— Ele é o mais desprezível dos criminosos — Jace murmurou com um tom carregado de rancor — ele macula a cova do irmão.

— Cala a boca — Daenys disse com firmeza, os olhos fixos no irmão mais novo — não julgue um homem que você sequer conhecia.

— E acredito que você o conhecia? — questionou Jace, desafiador.

— Sim, eu fugia de Aegon e Aemond com a ajuda dele. Ele era um homem bom. Ambos eram — Daenys disse, sua voz embargada pelo peso da perda, enquanto jogava um punhado de terra na cova.

— Não o culpo por manter seu juramento — Rhaenyra continuou.

— E quanto àqueles que lhe enviaram? — Jacaerys questionou olhando para Rhaenyra.

Rhaenyra, com o olhar perdido na sepultura, permanecia em silêncio, absorvendo as palavras e o ambiente ao redor. Isso fez com que Jace saísse, junto com quase todos, deixando apenas Rhaenys ao lado dela, uma presença de consolo silencioso.

— Otto Hightower jamais permitiria isso — Rhaenys comentou olhando na direção do castelo, suas palavras carregadas de melancolia — acredito que o sangue quente prevaleceu — ela continuou — os mais jovens se rebelaram, querem punir, querem vingança — suas palavras soaram como um lamento — e em muito em breve, eles nem se recordarão do motivo desta guerra — concluiu com um tom resignado.

— É fácil de lembrar, eles usurparam o meu trono — Rhaenyra murmurou com um misto de dor e raiva contida.

— Esta é uma das respostas — rebateu Rhaenys com um suspiro pesado — ou foi a decapitação da criança? Ou quando Aemond matou Luke? Ou quando Luke arrancou no olho do Aemond? — ela perguntou, suas palavras carregadas de lembranças amargas — estamos à beira do ponto onde nada disso importará. Quando o desejo de matar e queimar se instaura, os motivos são esquecidos — ela explicou, olhando para o horizonte com um olhar distante — talvez haja outra maneira, Alicent Hightower.

— Da última vez, Alicent disse que eu seria uma ótima rainha. Viu o que aconteceu desde então — Rhaenyra murmurou, os olhos cansados refletindo anos de lutas e desconfiança.

— Ela me abordou nas horas seguintes à morte do seu pai. Ela sabe que a guerra está chegando e que será selvagem como nunca vimos — Rhaenys disse com uma voz suave, mas carregada de preocupação — não há guerra tão detestável para os deuses quanto a guerra entre famílias, e não há guerra tão sangrenta quanto a guerra entre dragões. Não acredito que ela queira isso.

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