Contrato.

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Acordei e logo me preparei, fiz toda a minha rotina, tomei o meu café e fui ao encontro do  senhor Karik, chamei um carro de aplicativo, não queria me atrasar, esperei pelo mesmo e assim que chegou confirmei os dados do motorista e seguimos, ao chegar na clínica logo encontro Dory na recepção, a cumprimentei e disse que está ali a pedido do diretor, a mesma sorriu em concordância e pediu para que agiardasse pois o mesmo logo me chamaria.

Fiquei sentada na recepção enquanto aguardava, olhei novamente todos os documentos que acreditava serem necessário para qualquer tipo de contratação, tudo estava correto, voltei a minha postura e logo pude ouvir meu nome, levantei imediatamente e seguir a Recepcionista até a grande sala.

Logo o senhor Karik me cumprimentou com um aperto de mãos e um sorriso singelo, ele era muito gentil, pediu que me sentasse e antes que pudesse explicar qualquer processo, elogio-me pelo trabalho em excelência que eu havia feito, disse que não passou despercebido a prescrição que eu analisei mesmo fora do horário que foi me proposto, apenas agradeci e disse que não havia sido nada demais, so quis ser util, ele então acenou e logo começou a explicar:

Karik: Bom Sra Yoko, aqui já clínica nada mais é do que o que a senhorita fez, é analisar as prescrições, receitas, validar medicamentos, estar a par do controle de validade e estoque, e quando necessário fazer plantões no nosso hospital local, a vaga seria para hospital em si, mas eu particularmente gostei muito do seu trabalho e não quero perder um talento como você. O trabalho é de segunda-feira a sexta-feira e em algumas excessões no sábado, mas a senhorita sera avisada com antecedência, o hario é das 8:00 às 18:00. Aqui está o contrato, vou deixar que leia a vontade e volto daqui uns minutos ok?

Yoko: Fico lisonjeada com a preferência, muito obrigada.

O diretor saiu da sala me deixando a sós com aquele contato muito formal, comecei a ler atentamente cada ponto e vírgula, não queria deixar nadakpassar em branco, li e reli algumas cláusulas e assim que terminei o Senhor retornou.

Karik: então o que me diz?

Yoko: está tudo ótimo, o salário e os benefícios condiz com o que está no contato?

Karik: perfeitamente, o salário condiz com suas espectativas?

Yoko: sim, sim é justo. Posso assinar então?

Karik: por favor, não demore nem mais um segundo

Yoko: prontinho e então quando eu começo?

Karik: vou te dar essa semana para se organizar e finalizar alguma pendência que tenha, mas preciso que entregue os documentos que solicitei por e-mail e que faça a coleta do seu sangue no laboratório no 3⁰ andar ok? Só por protocolo mesmo.

Yoko: ótimo, farei isso agora mesmo.

Karik: então te vejo segunda. Tenha uma ótima semana senhorita e bem vinda a equipe.

Yoko: eu que agradeço a oportunidadez tenha um excelente dia Diretor, até segunda.

Depois de deixar a sala do diretor, subir ao 3⁰ andar aguardei a coleta do sangue e assim que liberada, sai e enviei uma mensagem para Marisa.

Yoko: tá livre pra almoçar?

Depois de alguns segundos chegou a resposta da minha amiga

Marisa: em 20 minutos , me encontre no mesmo restaurante da primeira vez

Yoko: ok estou a caminho de lá.

Cheguei ao restaurante e logo sentei numa das mesas que tinha ao canto do estabelecimento, próximo a entrada onde podia ter a visão de todo o salão e também de toda a rua de Bangkok, o garçom veio até mim e trouxe o cardápio, informei o mesmo que estava a espera de alguém mais logo o chamaria, agradeci e ele fez o mesmo se retirando.

Depois de uns 15 minutos Marisa entra pela porta, muito elegante, com sua roupa de secretária, ela ficava muito responsável usando essas roupas, cumprimentei minha amiga, conversamos um pouco sobre seu trabalho, falei um pouco sobre o contrato que acabara de assinar e então escolhemos os pratos, eu escolhi um vinho e Marisa ficou apenas no seu suco de laranja com geleia de morango.

Entre risos e conversas, até que os pratos chegassem, estava bebericando meu vinho quando duas figuras atentaram pelas portas do restaurante, uma estava graciosa de tão elegante, a outra mais despojada porém muito bonita e ainda atraente, quando meus olhos encontraram as suas faces, uma delas eu já conhecia bem, eu então olhei de canto para Marisa e cutuquei seu braço para que olhasse discretamente, a mesma quase morreu engasgada com o próprio suco, ficou vermelha e com os olhos arregalados.

Yoko: Marisa? Tá bem? O que foi garota?

Marisa: não pode ser, o que ela tá fazendo aqui?

Yoko: pelo visto esse restaurante é bem movimentado, ou ela tá me perseguindo.

Marisa: não tô falando da sua crush, tô falando da minha CEO

Yoko: oi? A sua chefe é ela?

Marisa: quer um microfone ou não precisa? Sim, ela é uma das minhas chefes.

Yoko: pela forma que ela está olhando pra cá, posso afirmar que é ela quem não tirou os olhos de você.

Marisa: Yoko, fala baixo, e sim, foi ela mesma. Mas o que ela tá fazendo aqui e ainda com a outra ?

Yoko: elas devem ser namoradas, sei lá, ou amigas, vai saber e quem se importa também.

Marisa: será? Você pelo visto se importa muito

Yoko: aí cala a boca e come, vamos sair daqui logo.

O almoço até foi agradável até a chegada das duas mulheres, não pela presença porque não fez diferença, mas sentir o olhar da mais velha sob qualquer movimento que eu fazia estava me deixando agoniada, não que eu não gostasse de ser notada, mais o jeito que ela olhava, me causava coisas inexplicáveis.

Pedi para o garçom gentil fechar a conta e assim que ele retornou entreguei para Marisa, a mesma me olhou confusa, eu sorri e disse que era ela quem pagaria dessa vez, a carinha de tristeza dela deu até dó, sorri largo e peguei a conta de suas mãos, coloquei o cartão e aguardei o retorno.

Levantemos, pegamos nossas bolsas e fomos em direção a porta, antes que pudéssemos sair, a CEO de Marisa deu um pequeno aceno com a cabeça já a mais velha deu uma piscadela e sorriu, aquilo vez todo o meu corpo se arrepiar, agarrei a mão de Marisa e sair o mais depressa, minha amiga retornou ao trabalho e eu fui para o condomínio.

Cheguei e fui tomar um banho rápido, como passei a manhã fora, iria à academia novamente pelo horário da tarde, então  me arrumei, fiquei um pouco no celular até criar coragem de sair, coloquei meu fone e sair do apartamento em direção ao elevador, assim que as portas se abriram eu quase cair de surpresa, a mais velha estava ali na minha frente, quando ia entrar no elevador a mesma me puxou pelo braço encontrou na parede e disse:

Faye: Achou mesmo que ia me insultar daquela forma e não haveria consequências?

Mesmo que eu quisesse falar um dicionário inteiro, a minha voz não saia, eu estava completamente paralisada.

Faye: ué o gato comeu sua língua? Ou melhor a gata?

Nessa hora eu não tive nem tempo de processar a pergunta ou qualquer outra coisa, a mais velha tomou meus lábios num beijo delicado mais provocante, não foi demorado, apenas tempo o suficiente para que meu corpo tremesse e as minhas pernas ficassem como gelatina, a mesma se afastou ainda mordiscando meu lábio com um olhar cafajeste e um sorriso safado sabendo que havia conseguido o que queria, não contente com o meu estado ela disse:

Faye: Só pra você saber, essa rabugenta, mal educada tem nome, Faye.

E piscou assim como fiz com ela anteriormente, se afastou de mim andando como uma deusa, sua roupa despojada, seu cabelo solto, deixava ela ainda mais interessante, entrei no elevador ainda em choque, o que diabos tinha acontecido ali? E porque meu corpo reagia daquele jeito a esse ato? Eu nunca havia ficado, beijado ou feito qualquer outra coisa com uma pessoa do mesmo sexo que eu, mesmo tendo um enorme interesse, porem nunca havia passado do limite, mais com ela era diferente, um diferente bom.

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