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AMELIE CARTIER POV'S

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AMELIE CARTIER POV'S

OS RAIOS DE SOL QUE BATIAM NA janela e refletiam em meu rosto me fizeram despertar, sentindo um edredom macio e super relaxante em volta do meu corpo me aquecendo das manhãs frias da França.

Eu parecia estar nas nuvens naquele colchão macio e naquele edredom quente, mas então lembrei que está não é a minha realidade na minha casa e então acordei desesperada.

Quando abri os olhos me dei de cara com um quarto que não era o meu e uma cama que não era mim. Olhei em volta desesperada enquanto tentava despertar totalmente e me lembrar de onde estava.

Até que avistei um quadro em um cômodo com a foto de um bebê loiro, cabelos tão claros que me lembravam os de Draco Malfoy. E então soube que estava na casa de John.

Me certifiquei de que estava com minhas roupas antes de sair da cama, mesmo sabendo que eu não havia feito nada que pudesse me arrepender depois.

Olhei o horário em meu celular que estava ao lado do quadro e percebi que já não havia como eu me arrumar a tempo para ir à escola, já passava das oito e trinta e seis. Sendo que as aulas começam às oito e meia.

— Amelie? — Ouvi meu nome através da porta do quarto depois da pessoa ter batido duas vezes na mesma. — Já está acordada?

Não respondi e fui direto até a porta, abrindo a mesma e podendo ver a imagem de Logan. Só havia um porém, ele estava sem camisa, vestindo apenas a calça que ele estava vestido ontem.

Não tive tempo de pensar e bati a porta em seu rosto assim que percebi a falta da sua camisa, me encostando na porta em seguida como se pudesse impedir que ele entrasse.

Merda, ele é muito bonito.

Mordi meus lábios me reprimindo por ter reparado demais no neto do meu chefe sem camisa. Mas não era isso que eu imaginava ver assim que abrisse aquela porta.

— O que foi? — Sua voz entravava que ele parecia estar achando graça de algo, como se tivesse percebido meus olhos passando por seus ombros largos e logo descendo para o seu peitoral, descendo mais para seu abdômen e logo depois indo até suas entradas, sendo impedida de ver mais graças a sua calça.

Puta merda, Amelie!

— Está sem camisa. — Falei atrás da porta ainda escorando minha costa nela, mordendo os lábios inferiores tentando retirar aquela imagem de minha mente.

— Eu não gosto de dormir de roupa. Tem sorte de eu estar de calça pelo menos. — Ele pareceu ter se afastado um pouco da porta. — Se quiser que eu vista, vai ter que me deixar entrar para pegar uma.

Respirei fundo e me desencostei da porta, colocando a mão na maçaneta entes de rodar para o lado e permitir que ele entrasse. Evitei olhar em sua direção pois sabia para aonde olharia primeiro, então apenas olhei para meus próprios pés, esperando ele passar pela porta e caminhar até o guarda-roupa, mas pude ouvir um leve riso antes de que ele começasse a andar.

— Por que suas bochechas estão vermelhas? — Toquei elas na mesma hora, conferindo se elas estavam quentes, mas percebi que havia acabado de me entregar quando ele começou a rir. — Eu não sabia que você ficava nervosa quando via um homem sem camisa, Amelie. Parece até mesmo que nunca viu um.

E se eu realmente nunca tiver visto?

Olhei para cima e minha boca se abriu lentamente quando vi o garoto de costas e pude perceber o quanto suas costas eram largas e cheias de músculos, talvez ele malhasse enquanto morava em Londres. Mas ele realmente era muito lindo, Miles sempre esteve certo com isso.

— Por que eu dormi no seu quarto? — Ele se virou rapidamente para mim, mas consegui desviar o olhar antes do dele encontrar o meu. — Só me lembro da gente assistindo Alice Através do Espelho, e mais nada.

— Você dormiu no sofá, Girassol, parecia estar cansada e com muito frio. Não ia deixar você dormir no sofá. — Engoli em seco quando entendi que ele havia me carregado até o andar de cima e me colocado em sua cama.

— Girassol? — Percebi o apelido que ele havia me colocado.

— A sua pintura naquele dia. Eram girassóis, não era? — Ele terminou de vestir sua camisa e finalmente se virou para mim, olhando diretamente em minha direção enquanto eu olhava para sua janela.

— Os girassóis de Van Gogh. Eu estava tentando reproduzir eles, não gostei do resultado. — Olhei para minhas unhas que realmente estava com alguns restos de tinta.

— Posso vê-los depois? — Levantei meu rosto imediatamente para ele, mordendo meu lábio inferior ficando completamente perdida com seu pedido.

— Por que quer vê-los? — Olhei em seus olhos desta vez, percebendo que ele estava com um olhar diferente, não sabia dizer, apenas diferente.

— Por que eu vi a forma que você estava quando pintou eles. Tenho certeza que estão ótimos. — Ele se virou para pegar algo em seu guarda-roupa e depois virou para minha direção novamente.

— É só uma releitura da pintura de Van Gogh. Eu não acho que estava tão boa quanto os dele, então se quiser ver, pode procurar no Google. — Me virei para sair do quarto mas parei quando ele voltou a falar novamente.

— Eu quero ver o seu porque eu gostei de te ver pintando, Amelie. — Virei para ele, me perguntando o que ele viu de tão incrível que o deixou tão interessado na minha pintura. — Se quisesse ver a de Van Gogh, eu procurava. Mas quero ver a sua.

Engoli em seco, desviando o olhar dele para a janela novamente, que agora refletia um arco-íris no chão através do vidro.

— O que eu ganho se eu te mostrar? — Olhei para ele, percebendo que ele não havia desviado o olhar enquanto esperava eu pensar na sua proposta de ver o quadro.

— Fico lhe devendo um pedido. Qualquer um que seja.

— Fechado.

— Ótimo. — Ele começou a se aproximar lentamente e eu me assustei dando um passo para trás. — Quer comer? Eu fiz comida.

— Estou sem fome. — Ele franziu a sobrancelha me olhando por alguns segundos em silêncio e logo desceu o olhos para minha barriga como se confirmasse o que eu falava. — Preciso ir para casa agora. Arthuro deve estar preocupado.

— Eu te levo em casa. — Ele se ofereceu enquanto ainda me avaliava atentamente, me causando nervosismo.

— Não precisa. — Falei mais rápido do que deveria e tive que respirar fundo antes de continuar. — Eu posso ir sozinha, Logan, obrigada.

— Eu não vou deixar você ir para casa sozinha, Amelie. — Meu coração se encheu de calor com sua gentileza.

— Minha casa é aqui perto, não preciso que me acompanhe. — Logan fechou os olhos e respirou fundo, parecendo se dar por convencido.

— Tudo bem, Amelie.

DESCOBRINDO O AMOR {Livro #2}Onde histórias criam vida. Descubra agora