O filhote

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Cheguei em casa cerca de duas horas depois de ter passado um tempo com minhas amigas na casa da Emily. Meu celular havia descarregado, então não sabia exatamente que horas eram quando entrei pela porta.

Ao olhar para a rua, vi a luz do quarto do meu irmãozinho Oliver acesa. Ele estava na janela, observando minha chegada. Sorri e mandei um beijo para ele, vendo-o retribuir com um aceno antes de fechar a cortina. Aquilo aqueceu meu coração, trazendo um momento de paz após um dia turbulento.

Tranquei a porta como de costume, sentindo a familiaridade dos gestos. Subi as escadas em direção ao meu quarto, ainda sorrindo com as lembranças dos momentos com Emily, Charlotte e Emma.

Mas quando abri a porta do quarto, a realidade voltou com força total. Ghost estava lá, deitado na minha cama, uma enorme caixa preta ao seu lado. Por um instante, o medo ameaçou me invadir, mas a felicidade que eu sentia pelas minhas amigas ainda me mantinha firme.

Ele olhou para mim.

— Tive que ficar aqui te esperando pro seu presente não comer nada que não pudesse — disse, apontando para a caixa ao seu lado.

Engoli em seco, tentando manter a compostura. Aproximando-me da cama, olhei para a caixa com curiosidade misturada com apreensão.

— O que tem aí dentro? — perguntei, minha voz mais firme do que eu esperava.

Ghost se levantou, movendo-se com a mesma graça assustadora de sempre. Ele abriu a caixa lentamente, e para minha surpresa, um pequeno filhote de cachorro olhou para fora, com grandes olhos curiosos e orelhas caídas.

Meu coração derreteu instantaneamente ao ver o filhote. A inocência dele era um contraste tão forte com a presença ameaçadora de Ghost que por um momento, fiquei confusa.

— Um filhote? — perguntei, olhando para Ghost, tentando entender suas intenções.

— Um filhote? — perguntei, olhando para Ghost, tentando entender suas intenções

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— Sim, amor. Achei que um companheiro poderia ser bom para você. Alguém que te traga alegria, mesmo nas sombras. Mas lembre-se, ele é meu presente. Trate-o bem — disse ele, seu tom cheio de uma possessividade perturbadora.

Peguei o filhote nos braços, sentindo sua pelagem macia e o calor do seu pequeno corpo. Ele lambia meu rosto, trazendo uma risada involuntária que aliviou um pouco da tensão no ar.

— Ele é lindo — murmurei, mais para mim mesma do que para Ghost.

Ghost se aproximou, sua mão tocando levemente meu rosto.

— Fico feliz que tenha gostado. Ele é seu para cuidar, assim como você é minha para observar. Lembre-se disso.

Senti um arrepio percorrer minha espinha, mas a presença do filhote em meus braços me deu uma sensação de conforto. Sabia que Ghost estava jogando um jogo complexo, mas naquele momento, tinha algo que podia trazer luz ao meu mundo sombrio.

Sob a sombra do assassino - Dark RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora