──── 𝗠𝗔𝗜𝗧𝗘 𝗥𝗘𝗜𝗦, uma paulista morando no Rio de Janeiro. Apaixonada por praia, por ler, por academia, por gravar, por futebol e PRINCIPALMENTE pelo Corinthians.
Formada em direito e iniciando uma faculdade de jornalismo, Maitê é também uma...
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── Maciel, solta essa porra. ── Reclamo para o homem a minha frente.
── Qual foi, Maitezinha. ── Ele se vira, aproximando o bicho do mar que segurava em sua mão. ── Olha como ele é fofo.
Ele aproxima o bicho no meu rosto, e me afasto imediatamente.
── Maciel, solta logo.
── Titia Maitê quis que eu te abortasse, bebê. ── Agora, é ele quem aproxima seu rosto do tal.
── Cara, eu juro que se você não colocar ele no mar de novo eu ligo pro Pig e mando ele vir aqui.
── Ai, que medo. ── Ironiza, e então pego meu telefone.
Digito o número do nosso amigo e imediatamente ele devolve seu bichinho.
── Brigada. ── Sorrio vendo sua cara de decepção.
── Jogo sujo.
Esfrego a testa, suspirando. Me sinto uma velha de 60 anos rabugenta, mas odeio atrasar para os lugares.
── Para de enrolar, os meninos tão esperando a gente.
── Tá bom. Já tô indo.
Rio fraco, observando ele se distanciar como uma criança birrenta. Dou uma corridinha para o alcançar, saindo da praia.
Nos aproximamos de uma mangueira e limpamos nosso pé de areia. Não adiantou porra nenhuma.
Sinto o chão quente, e assim me lembro de pôr meu chinelo. Meu tão querido chinelo do Corinthians.
── Chinelo feio da porra. ── Maciel diz, também colocando o seu.
Apenas suspiro, repudiando sua opinião. Voltamos a caminhar juntos em direção ao restaurante.
Não era tão longe, e Maciel precisava resolver algumas coisas aqui perto da praia. Fui junto, já que pediu minha ajuda como "advogada".
Ele me chama assim, mas sequer trabalho nessa área. Não é atoa que estou fazendo uma outra faculdade agora.
Direito é daora, mas não é minha praia. Prefiro o jornalismo, especificamente a área esportiva.
De qualquer forma, nem sei o porquê de ter pedido minha ajuda. Ele é medroso, então acredito que tenha se sentido mais seguro com alguém que entende de leis ao seu lado.
Era algo tão bobo, que fiquei dando risada de sua cara por um bom tempo. O cara da praia cobrou ele errado.
Conversamos para gastar o tempo, o que fez o percurso que durava 20 minutos parecer passar em alguns segundos. Chegamos suados, pois fazia um calor insuportável aqui no rio. Felizmente, minha roupa continua intacta.
Uso um short jeans claro e uma blusa regata, justa no peito e larga no resto, além da bolsa branca.
Quando chegamos no restaurante, todos já estão lá. Ligo meu celular e percebo que estávamos atrasados. Maciel nem parece se incomodar com isso.
