──── 𝗠𝗔𝗜𝗧𝗘 𝗥𝗘𝗜𝗦, uma paulista morando no Rio de Janeiro. Apaixonada por praia, por ler, por academia, por gravar, por futebol e PRINCIPALMENTE pelo Corinthians.
Formada em direito e iniciando uma faculdade de jornalismo, Maitê é também uma...
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Os dias no estúdio são meus favoritos.
Eu rio até os músculos de meu rosto doerem, bebo até onde meu limite permite, conheço pessoas novas, formo novas amizades. E no final de tudo, ainda entra uma grana na nossa conta.
Já me acostumei com o ambiente que parecia ser tão diferente no primeiro dia. É como se fosse uma segunda casa, ou algo parecido.
A equipe se tornou uma família, cuidando de nós como se fossemos crianças.
"Ajeita teu microfone, Maitéca."
Para mim, o camarim se assemelha bastante com o meu quarto, se levarmos a teoria de que o estúdio realmente é nossa casa.
Nós dividimos este cômodo, mas sou eu quem passo a maioria do tempo lá. Por ser a única mulher entre os sete, acaba não sendo agradável me trocar em meio a eles.
Por isso, tenho o camarim quase que inteiro para mim. A não ser pelo momento que estamos fazendo brincadeiras, ou quando estou apenas me maquiando.
Neste momento, eu divido este espaço com Chico. Já estou trocada ── e muito bem vestida, com minha blusa larga e antiga do Corinthians.
Me larguei no puff, mais ao fundo. Observo os movimentos dele.
Ele está vasculhando a própria mochila, deixando uma bela de uma bagunça. Por um tempo, ele para e se vira para mim.
── Agostinho ou Adriano Imperador?
── Ahm? ── Franzo o cenho, confusa.
── Agostinho ou Adriano Imperador? ── Chico repete.
── A gente tá falando do quê?
── Só me responde.
── Sei lá. ── Dou de ombros. ── Agostinho?
── 'Belê.
Ele retira sua blusa personalizada do Agostinho Carrara, me fazendo rir. Ergo os braços.
── Blusa personalizada, cueca personalizada. ── Rio. ── Até onde sua paixão pelo Agostinho vai?
Ele dá de ombros, com o sorriso no rosto. Se levanta e começa a trocar de camisa.
Não levei para o outro lado, se é que me entendem. Ele já tinha esse costume de trocar de camisa na minha frente antes mesmo de começarmos a ficar.
Minutos depois, Ramón entrou na sala e começou a nos esculachar, falando sobre a nossa demora. Depois, esperou Chico sair da sala para fazer piadas sobre o que deveríamos estar fazendo.
Acho que Ramón já sabe do nosso rolo, ou é apenas um viciado em fazer eu me sentir envergonhada.
Assim que saímos do camarim, fomos em direção a parte branca do estúdio, onde fazemos a gravações. Neste meio tempo, roubei um pão de queijo que tinha sobre a mesa.
