──── 𝗠𝗔𝗜𝗧𝗘 𝗥𝗘𝗜𝗦, uma paulista morando no Rio de Janeiro. Apaixonada por praia, por ler, por academia, por gravar, por futebol e PRINCIPALMENTE pelo Corinthians.
Formada em direito e iniciando uma faculdade de jornalismo, Maitê é também uma...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A viagem anda bem, se excluirmos o fato de que juntos somos péssimos donos de casa. É nosso segundo dia e já tivemos mais de quinze discussões.
Ontem não paramos em casa. Durante a manhã, fomos para o Parque Ibirapuera, em seguida, para o mercado. Durante a tarde nos encontramos com a Veneno e ficamos na Paulista até entardecer, e consequentemente, jantamos por lá.
Eu fui a primeira a acordar, como de costume. Eu estava energizada, e decidi que iria começar a preparar algumas partes do almoço.
Tomei meu café da manhã em poucos minutos e já fui para a bancada da cozinha. Peguei algumas verduras e legumes para preparar salada.
Só eu e Ramon comemos salada, mas isso é o de menos. Já estou deixando pronto para o resto da semana.
Pego o alface e o coloco em um pote grande, levando em direção a pia. Lavo ele com cuidado.
Assim que o higienizo, trago o alface para cima de uma tábua. Começo a cortar em pedacinhos.
Estou concentrada até demais em um trabalho simples, e quase perco meu dedo quando escuto alguém bater o pé na quina da mesa.
── Aí. ── Chico resmunga, apertando os olhos.
Rio fraco, vendo ele mancar sem camisa em minha direção. Volto a fazer meu trabalho.
Ele se aproxima, abraçando minha cintura. Encaixa seu rosto em meio a meu pescoço.
Chico não diz nada, o que me faz imaginar que está dormindo em pé. Levo minha mão aos seus fios curtos de cabelo, acariciando levemente.
── Bom dia, 'princeso. ── Zombo, quase sussurrando. Pig e Ramon ainda estavam dormindo.
── Bom dia. ── Me esforço para escutar sua voz abafada.
── Dormiu bem? ── Questiono.
── Dormi maravilhosamente bem. ── Ele brinca, afastando seu rosto.
Chico encosta seu queixo na lateral de minha testa, juntando nossas peles. Ele franze o cenho quando percebe o que eu faço.
── Por que 'cê tá cortando alface às oito da manhã?
── É pro almoço. ── Respondo, simples. ── Mas tá faltando tomate.
── Hum. ── Ele resmunga, se distanciando.
Nós dormimos juntos essa noite, ou seja, não descansamos muito bem. Chico fugiu de seu quarto durante a madrugada e acabou ficando por lá.
Viro meu pescoço, observando ele preparar um misto quente. Estava se arrastando pela cozinha, sonolento.
Rio fraco e me volto a minha salada. Ele demorou pelo menos 10 minutos para fazer um simples pão, e quase destruiu a cozinha inteira.
Minutos depois, Ramon e Pig apareceram na cozinha, ambos mal-humorados. Aparentemente, eu era a única feliz dentro daquele ambiente.
