──── 𝗠𝗔𝗜𝗧𝗘 𝗥𝗘𝗜𝗦, uma paulista morando no Rio de Janeiro. Apaixonada por praia, por ler, por academia, por gravar, por futebol e PRINCIPALMENTE pelo Corinthians.
Formada em direito e iniciando uma faculdade de jornalismo, Maitê é também uma...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Com meu copo de cerveja em uma mão, observo o lugar em que me encontro. Bares, que já sou tão acostumado, não me alegram tanto nesse exato momento.
Não por minha culpa, é claro. Posso facilmente achar a dona desse sentimento.
Maitê passa as mãos no peitoral de um homem alto, malhado e extremamente bonito. Andaram juntos a noite toda.
Seu sorriso vai até as orelhas, e não vi ela parar de gargalhar nem por um momento.
Dou mais um gole em minha bebida, a situação já começava a me irritar.
Quando ela se aproxima de seu ouvido, em seguida deixando um selinho no canto de sua boca, me viro e me retiro.
Não gosto de ser uma pessoa hipócrita, mas não consigo evitar. Há poucos dias atrás, eu estava reclamando sobre este mesmo sentimento: o ciúmes.
É algo normal, é óbvio. Mas ao mesmo tempo, algo tão insensato de se sentir.
Não temos nada, eu mesmo disse isso. E sentir ciúmes de alguém que só beijei uma vez é um puta papo de emocionado do caralho.
Para tentar ignorar a situação, eu bebo. Bebo uma, bebo duas, e quando menos percebo, já nem sei quantos copos já tomei.
Caze chega em mim, passando seu braço pelos meus ombros. Ele nunca costuma vir, mas um cantor que ele e a Anna gostam vai tocar ao vivo, e finalmente eles decidiram nos acompanhar.
── Coé, Chico? Tá tranquilão hoje? ── Ele grita em meu ouvido. ── Só bebendo, bebendo, não fudeu ninguém no banheiro ainda?
── Calma aí, porra.
── Tô tirando onda. ── Ele ri.
Respiro fundo, coçando minha testa. Encaro ao redor, vendo se Maitê se aproximava.
Mas é óbvio que não, ela continuava agarrada nele.
Caze segue o meu olhar, virando seu pescoço. Ele gargalha, voltando a me encarar.
── Tá de sacanagem?!
── Tô não, cara.
── 'Cê tá com ciúmes da Maitê?! ── Ele praticamente grita, rindo de minha cara. ── DA MAITÊ?!
── Qual foi? ── Franzo o cenho. ── Até parece que você não sabia.
── Porra, Moedas!
── Por que você tá parecendo tão surpreso?! ── Grito, seguindo seu tom.
── O papo é outro quanto tu tá aqui me confirmando na lata!
── Ah, pô, achei que 'cê já imaginava. ── Debato. ── Todo dia 'cêis ficam enchendo o saco disso.
── Óbvio, porra. ── Ele gesticula. ── Olha pra vocês dois.