| 013 ── 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐍𝐅𝐔𝐒𝐎𝐒

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Com meu copo de cerveja em uma mão, observo o lugar em que me encontro

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Com meu copo de cerveja em uma mão, observo o lugar em que me encontro. Bares, que já sou tão acostumado, não me alegram tanto nesse exato momento.

Não por minha culpa, é claro. Posso facilmente achar a dona desse sentimento.

Maitê passa as mãos no peitoral de um homem alto, malhado e extremamente bonito. Andaram juntos a noite toda.

Seu sorriso vai até as orelhas, e não vi ela parar de gargalhar nem por um momento.

Dou mais um gole em minha bebida, a situação já começava a me irritar.

Quando ela se aproxima de seu ouvido, em seguida deixando um selinho no canto de sua boca, me viro e me retiro.

Não gosto de ser uma pessoa hipócrita, mas não consigo evitar. Há poucos dias atrás, eu estava reclamando sobre este mesmo sentimento: o ciúmes.

É algo normal, é óbvio. Mas ao mesmo tempo, algo tão insensato de se sentir.

Não temos nada, eu mesmo disse isso. E sentir ciúmes de alguém que só beijei uma vez é um puta papo de emocionado do caralho.

Para tentar ignorar a situação, eu bebo. Bebo uma, bebo duas, e quando menos percebo, já nem sei quantos copos já tomei.

Caze chega em mim, passando seu braço pelos meus ombros. Ele nunca costuma vir, mas um cantor que ele e a Anna gostam vai tocar ao vivo, e finalmente eles decidiram nos acompanhar.

── Coé, Chico? Tá tranquilão hoje? ── Ele grita em meu ouvido. ── Só bebendo, bebendo, não fudeu ninguém no banheiro ainda?

── Calma aí, porra.

── Tô tirando onda. ── Ele ri.

Respiro fundo, coçando minha testa. Encaro ao redor, vendo se Maitê se aproximava.

Mas é óbvio que não, ela continuava agarrada nele.

Caze segue o meu olhar, virando seu pescoço. Ele gargalha, voltando a me encarar.

── Tá de sacanagem?!

── Tô não, cara.

── 'Cê tá com ciúmes da Maitê?! ── Ele praticamente grita, rindo de minha cara. ── DA MAITÊ?!

── Qual foi? ── Franzo o cenho. ── Até parece que você não sabia.

── Porra, Moedas!

── Por que você tá parecendo tão surpreso?! ── Grito, seguindo seu tom.

── O papo é outro quanto tu tá aqui me confirmando na lata!

── Ah, pô, achei que 'cê já imaginava. ── Debato. ── Todo dia 'cêis ficam enchendo o saco disso.

── Óbvio, porra. ── Ele gesticula. ── Olha pra vocês dois.

𝐌𝐔𝐋𝐇𝐄𝐑 𝐃𝐄 𝐅𝐀𝐒𝐄𝐒, 𝐜𝐡𝐢𝐜𝐨 𝐦𝐨𝐞𝐝𝐚𝐬.Onde histórias criam vida. Descubra agora