Nosso Destino (BTS)

1.2

Esse capítulo contém cenas de violência e desrespeito

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Boa leitura 💜📖

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A alfa finalmente chegou ao seu destino. Ela não sabia o que era pior: estar no clã Park ou a viagem tão cansativa de um clã a outro. Ela odiava ter que fazer isso. Seu irmão, por outro lado, estava adorando ter saído de casa.

— Finalmente! — exclamou Taehyung ao sair do barco, olhando ao redor, feliz por ter chegado. — Estou tão contente, minha irmã, é bom sair um pouco — sorriu para sua irmã, que acabou sorrindo também.

— Vamos, Jimin — disse o líder Park ao seu filho, que estava observando os novos visitantes pela janela de seu quarto. — Essas pessoas são importantes. Temos que manter as aparências com eles — falou, saindo do quarto. — Faça tudo certo.

— Não sei pra quê tudo isso. Não podíamos simplesmente entrar logo? Não vamos vê-los do mesmo jeito lá dentro? Pra quê tanta cerimônia? — reclamou Yuri, mais irritada do que já estava, olhando os empregados perfeitamente alinhados na frente da casa dos Park. — Pra quê tanta enrolação?

— Você precisa ficar mais calma, Yuri. Pra quê tanta irritação? — perguntou seu irmão, colocando a mão em seu braço. — Você precisa sorrir mais — disse, sorrindo para ela.

— Pra quê? Sério, Tae, eu não queria estar aqui. Era para estarmos em casa — respondeu, olhando para o irmão. — Vamos logo acabar com isso e voltar para casa.

— Sejam bem-vindos — disse o líder Park, descendo as escadas com seu filho pela mão e indo até os visitantes. — É uma honra ter os filhos do meu amigo Bogum em minha casa — exclamou, sorrindo para todos. — Vamos entrar, vou mostrar seus quartos — conduziu todos para dentro da casa, onde apresentou os quartos de cada hóspede. — Espero todos vocês para jantar comigo e meu filho — despediu-se, saindo com o ômega.

A atmosfera daquele lugar não agradava a Yuri. Ela se sentia triste e não gostava de como o local parecia sombrio, cheio de segredos... segredos demais. A sala de jantar estava sendo preparada pelos empregados, e tudo parecia perfeito demais, como se essa perfeição estivesse escondendo algo muito grande. Isso apenas atiçava a curiosidade de Yuri, que queria saber o que tanto Park Jaewon escondia, e ela descobriria.

— Vamos, minha irmã, já está na hora do jantar — exclamou Taehyung, entrando no quarto de Yuri e vendo-a tentar colocar a gravata. — Você nunca consegue fazer isso — disse, indo até ela e ajeitando sua gravata. — Lembra do que falamos? — perguntou, ainda arrumando o nó da gravata. — Respirar, inspirar, se acalmar — sorriu, afastando-se após terminar.

— Respirar, inspirar, se acalmar, eu sei — respondeu ela, olhando-se no espelho. — Vou tentar.

Yuri não conseguia controlar muito bem sua raiva. Sua raiva sempre vencia. Ela não sabia como começou, só sabia que, em um momento, estava tranquila, e, no outro, estava espancando um colega de turma.

Yuri estava na sala de estudos do clã Kim, onde o professor ensinava para ela, seu irmão e outros filhos de pessoas importantes do clã, quando ouviu alguém falando:

— Sim, eu sei, ele é realmente muito gostoso. Se eu pudesse, com certeza transaria com aquele ômega — disse Missuk, o filho do conselheiro de Bogum, a um de seus amigos. — Eu não me importaria de enfiar o meu pau nele, o único problema é aquela alfa que não desgruda dele.

— Cara, ele é filho do líder — foi aí que Yuri percebeu que estavam falando de seu irmão. Ela se virou e os encarou, só para ter certeza de que não tinha ouvido errado.

— Mas eu também transaria com ele, ele é gostosinho — completou o outro.

Yuri não sabia quando levantou ou quando começou a desferir socos em Missuk. Não, ela sabia sim. Foi quando seu lobo tomou o controle de seu corpo. Foi quando seu lobo queria o sangue dos dois em suas mãos. Seu irmão era a única coisa que ela tinha, o que restou de casa, e ela nunca deixaria que falassem dele daquela forma.

— Desgraçado, eu vou matar você! — gritou, enquanto ainda socava o garoto. Era a única coisa que saía da boca de Yuri, e ela não iria parar até cumprir sua promessa.

— Você está louca, Yuri! — gritou o líder Kim. — Como pode bater no filho do meu conselheiro mais fiel, garota? Está enlouquecendo? — perguntou, avançando na direção da garota, que não se abalou nem um pouco.

— Se não tivessem me impedido, seu conselheiro não estaria cuidando dos ferimentos do filho, mas sim do cadáver dele — declarou ela, olhando nos olhos do líder. — Não vou deixar que falem assim do meu irmão, e se você me impedir de novo, como fez hoje, você também será um dos mortos, Kim Bogum — falou, saindo da sala e deixando o líder assustado. Ali, o líder percebeu que havia criado um monstro.

Yuri não queria fazer aquilo de novo. Seu lobo era descontrolado. Não, ela era tão descontrolada quanto seu lobo, e não negaria isso nunca mais.