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Boa leitura 💜📖
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Nos primórdios do mundo ABO, os espíritos eram entidades poderosas, guardiões do equilíbrio natural. Determinados a mudar o curso da história da humanidade, eles viam os humanos como seres egoístas e destrutivos, acreditando que precisavam de um "conserto". Com essa ideia, quatro espíritos se uniram em um grande plano para evoluir aquela raça que consideravam tão medíocre. Esses espíritos eram:

O espírito da floresta, guardião das árvores, plantas e da vida selvagem.

O espírito dos animais, protetor de todas as criaturas que habitam o mundo.

O espírito da luz, fonte de esperança e renovação, que guiava os humanos para um futuro mais iluminado.

O espírito da ambição, que via no desejo de crescimento e poder dos humanos um potencial latente para algo maior.

Juntos, decidiram abençoar a humanidade, esperando que essa transformação a elevasse para um estado superior de harmonia com o mundo. No entanto, o que eles não previram foi como os humanos utilizariam essas bênçãos. Em vez de crescimento espiritual, a humanidade usou os dons concedidos para cometer atrocidades ainda maiores, explorando, matando e destruindo com mais fervor.

Os espíritos se arrependeram amargamente por terem oferecido esse presente aos humanos. Eles viram sua criação se voltar contra a natureza e contra eles mesmos. Todos, exceto o espírito da ambição. Ele amou o que via. A ganância, o caos, a destruição – tudo isso o enchia de prazer. Ele via a destruição como uma forma de evolução, um impulso para que os humanos sempre desejassem mais. E, para alimentar essa ambição descontrolada, o espírito da ambição decidiu criar algo que alimentaria os conflitos e a guerra: os lupus.

A raça dos lupus, seres poderosos com uma força e fúria incomparáveis, foi criada como uma ferramenta de guerra. Eles eram desejados por todos os reis e líderes. Ter um lupus significava poder e controle. Logo, os humanos começaram a lutar entre si para possuir esses seres, e o espírito da ambição se deleitava com o caos que havia provocado. A raça lupus se tornou o estopim de inúmeros conflitos, e, ao invés de trazer evolução, espalhava destruição por toda parte.

Quando os outros espíritos descobriram o que o espírito da ambição havia feito, uma guerra entre eles se iniciou. O espírito da ambição havia traído o equilíbrio que os outros três tentavam manter. A batalha foi feroz, e, no fim, o espírito da ambição foi derrotado. Como punição por sua traição, ele foi rebaixado, transformado em um simples feiticeiro. Sua essência foi aprisionada, e ele foi mantido longe do mundo por muito tempo, enquanto os outros espíritos tentavam restaurar a ordem.

Porém, o tempo passou, e os espíritos, acreditando que a ameaça do feiticeiro estava controlada, cometeram um erro fatal. Eles acreditaram que ele não representava mais um perigo, e com isso afrouxaram sua vigilância. O feiticeiro, astuto e paciente, esperou por sua oportunidade e, quando o momento chegou, ele escapou.

Sua vingança começou com um golpe estratégico: ele roubou uma parte da essência de cada um dos espíritos.

Do espírito da floresta, ele roubou sua forma, tornando-o incapaz de assumir novamente uma forma humana. O espírito da floresta, desde então, ficou preso em uma forma incorpórea, incapaz de interagir diretamente com o mundo como antes.

Do espírito dos animais, ele roubou seu legado. Todos os dons que esse espírito havia dado às criaturas do mundo foram corrompidos, e as conexões com os animais foram enfraquecidas.

Do espírito da luz, ele roubou algo ainda mais precioso: seu filho. O feiticeiro capturou e matou o filho do espírito da luz, e com essa perda, o espírito da luz se tornou obscurecido pela dor e tristeza, transformando-se no espírito da escuridão.

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