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Boa leitura 💜📖
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Um encontro. Sim, você não leu errado: Yuri convidou alguém para um encontro, e não é qualquer pessoa, é Jimin, o seu agora noivo. O mundo não gira, ele capota. Para quem disse que não estava interessada em casamento, ela está se mostrando muito feliz.

-- É sério, eu ainda não consigo acreditar que você vai casar, irmã! -- Tae está realmente muito impressionado com tudo que aconteceu no banquete. -- Sério mesmo que ele é seu ômega escolhido, ou você tá escondendo algo de mim?

-- Não estou escondendo nada de você. Meu lobo escolheu ele como ômega, e eu o reivindiquei. -- Fala se arrumando; ela estava vestindo uma jaqueta de couro, uma blusa branca, uma calça de couro preta e botas. -- Acha que está bom?

-- É realmente sério? Você está se arrumando para sair com alguém? Vivi para ver isso! -- Ele estava entusiasmado com tudo que estava acontecendo com sua irmã. -- Você está ótima, irmã, muito linda!

-- Obrigada, Tae, vou indo. -- Fala, saindo do quarto, onde estava indo até o que ela sabia que era o quarto de Jimin, já que o levou até ali na noite anterior.

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-- Pronto, está entregue. -- Eles estavam na frente do quarto do ômega. -- Bom, eu queria saber se você não quer sair amanhã comigo? -- Ela não sabia por que estava tão nervosa. -- Você pode escolher o lugar.

-- Pode ser na biblioteca? Eu gosto de lá; a gente pode levar comidas e ficar lá um pouco. -- Jimin estava envergonhado; ele nunca tinha sentido essa sensação boa no peito. Ele estava feliz por sair com alguém que era bom com ele.

-- Tudo bem, eu gosto da ideia da biblioteca. -- Fala, se afastando da porta do quarto do ômega. -- Até amanhã, Jimin.

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-- E aí, o que quer ler? Temos vários livros aqui, pode escolher. -- O ômega apresentou a biblioteca para a alfa e agora estava esperando ela escolher um livro.

-- Não sei, pode ser aquele. -- Aponta para um livro de capa dura de cor preta com detalhes em dourado; o título era "Floresta Halles". -- Achei interessante a capa, quero aquele.

-- Então vai ser aquele. -- Fala o ômega, pegando o livro. -- Vamos nos sentar aqui em uma das mesas. Posso ler pra gente? -- Ele estava receoso com o que a alfa fosse dizer, mas ela concordou.

"A lenda conta que há muito tempo atrás, um casal liderava a Floresta Halles, a floresta mágica do lado leste do território Park. Esse casal era um alfa e uma ômega de genes lúpus, muito bondosos com seu povo e as criaturas da floresta. Por conta disso, a floresta os abençoou com dons mágicos: o alfa foi abençoado com a graça dos elementos e a comunicação com os animais, já a ômega foi abençoada com a graça da cura, comunicação com os animais e controle do vento. Por muito tempo, eles viveram bem e felizes com sua alcateia e com as criaturas da floresta. Porém, o mal sempre vem. Um homem que se dizia feiticeiro queria os minérios da floresta, mas quando viu a ômega, também a desejou. Ele queria a ômega para si, então atacou a vila onde a alcateia dos líderes vivia de surpresa e feriu gravemente o alfa, levando a ômega consigo. Mas havia algo na ômega que a ligava ao seu alfa, uma ligação forte e inquebrável: um filho. A ômega estava esperando um filho de seu alfa, e o feiticeiro não sabia disso. A ômega ficou presa por quatro meses na torre do feiticeiro, mas conseguiu fugir, voltando para sua casa e encontrando seu alfa à beira da morte. Em seus últimos suspiros, pediu à sua ômega que se cuidasse e cuidasse bem do seu filho. A ômega fugiu da floresta; não conseguiria viver no lugar que deveria ser sua casa sem seu alfa. Por isso, fugiu e foi encontrada por uma tribo de indígenas, humanos comuns que viviam longe da sociedade, no lado sul da floresta, onde foi cuidada e pôde criar seu filho em paz, longe do feiticeiro. Porém, a lenda diz que um dia o feiticeiro voltará até a floresta atrás da ômega."

-- Que história estranha! -- Yuri não gostou muito da história; achou o final muito chato. -- Por que esse final tão triste? Poderiam ter dado um final melhor para o casal, por que matar o alfa?

-- Eu não sei, -- fala, analisando o livro em suas mãos. -- Tá faltando uma página. -- Mostra para a alfa a página rasgada. -- Na verdade, tá faltando muitas páginas. -- Mostra que boa parte do livro está rasgada. -- Quem faria isso?

-- O feiticeiro. -- A alfa falou brincando, mas o ômega não riu. -- Qual é? Você não acreditou mesmo nessa história, né?

-- Claro que não, mas acho que tirar sarro também não é certo. É uma história boa. -- O ômega não queria acreditar na história; seria muito triste se fosse verdade. -- Vamos falar de outra coisa. -- Larga o livro, se virando para a alfa e a olhando. -- Como vamos falar com o seu pai sobre o casamento?

-- Bogum não é meu pai. -- Ela odiava quando falavam que Bogum era seu pai; não achava certo que aquela palavra fosse dirigida a ele daquela forma.

-- Como assim ele não é seu pai? -- Ele estava realmente confuso; Yuri sempre foi a filha do líder Kim.

-- Eu e Taehyung somos adotados. Bogum adotou a gente. Na verdade, eu não chamaria aquilo de adoção, e sim de roubo. Ele roubou a gente da nossa casa e da nossa família. -- O ômega percebeu que o assunto era delicado para a alfa, mas ainda estava curioso sobre o que ela estava falando. Como assim roubo? Não fazia sentido na cabeça do ômega.

-- Eu não entendi. Tudo bem para você contar pra mim? -- Ele estava com medo da resposta que a alfa lhe daria.

-- Sim, eu não vejo problema em te contar. -- Ela não via problema em contar a história para o ômega. -- "Eu sou filha de um pajé da tribo indígena do lado sul do território Park. Foi lá que Bogum me encontrou quando estava em uma viagem de negócios por aqui. Eu estava com Taehyung caçando, como nosso pai pediu. Eu tinha 6 anos e o Tae tinha 3. A gente não estava muito longe da tribo; nosso pai só mandou a gente caçar para não atrapalhar os preparativos para o ritual. Bogum viu a gente e veio até nós. Nisso, me coloquei na frente do Tae pra protegê-lo. Foi aí que Bogum percebeu que eu era uma lúpus, e como ele não podia ter filhos, decidiu ali que iria me levar com ele, levando o Tae de brinde. Eu tentei várias vezes voltar para casa, mas quando finalmente consegui, a única coisa que achei foi destruição. Ele destruiu a minha casa, matou o meu povo, me privou de liberdade, me fez de cobaia. Ele destruiu minha vida; eu era uma criança e não sabia como me defender dele. Eu podia ser uma lúpus, mas ainda era só uma criança."

Jimin se sentiu triste, muito triste. Ele achava que só ele, dos dois, tinha um passado triste, mas agora, ouvindo a alfa, percebeu que não havia ninguém melhor para entendê-lo. Por isso, ele foi levado pelo impulso. Aproximou-se da alfa, segurou seu rosto e deu um beijo em Yuri.

Nosso Destino (BTS)Onde histórias criam vida. Descubra agora