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╰────1270 palavras

⎯⎯ Eu devo isso aos meus pais! ⎯⎯ Não, é claro que não conseguiria se segurar. Não consegue aceitar perder Mi, assim como não consegue com Roddrick. Olha para a porta de vidro da entrada, onde Mi parou e ficou. ⎯⎯ O Inverno Nuclear pode ter afetado todo mundo, mas... as Fossas se tornaram o próprio Inferno. Não podíamos pedir ajuda, já que não tínhamos como nos comunicar com a superfície. Não podíamos sair de casa, pois seríamos devorados pelo frio ou pelas próprias... sei lá se ainda eram pessoas. Mas aguentamos bem. O problema é que éramos meu pai, minha mãe e eu. Não deveríamos ter aguentado bem. A comida não deveria ter sido suficiente. Mas eu só fui perceber isso quando a ajuda da superfície finalmente chegou. Eu acordei toda animada, desci as escadas e... e tinha... um grupo de voluntários que vieram com o exército para ajudar as pessoas nas Fossas... E também... também tinha...

Um calafrio percorre seus ossos. Desde quando a sala de Tessália ficou tão gelada? E também bagunçada? Foi ela quem causou aquela bagunça toda ao defender Q da gata? Onde estão os funcionários que ela mandou para limpar?

⎯⎯ Mamãe? ⎯⎯ A voz é cruelmente familiar. E infantil. ⎯⎯ Papai?

Cha se volta para seu lado, onde uma garotinha magricela de cabelos escuros e olhos verdes procura, assustada, ao redor, as mãozinhas causando marcas de amassado na blusa laranja. Ela olha para Cha e pergunta, com a voz instável:

⎯⎯ Cadê meus pais?

Cha olha para a frente, flocos de neve chovendo na sala como dentes de leão, e percebe um par de cobertores brancos envolvendo um volume diferente cada.

É uma ótima lutadora, Cha Hi Warren.

⎯⎯ Cadê meus pais, Cha? ⎯⎯ A criança repete.

⎯⎯ Pais...? ⎯⎯ Tem que se esforçar para lembrar como se fala. Sente seu maxilar lentamente congelar.

⎯⎯ Cha?

⎯⎯ Pais...

⎯⎯ Ei, Cha!

⎯⎯ Eles estão mortos.

⎯⎯ Pelo Deus Sumido, Cha! Acorda! ⎯⎯ A voz da garotinha é substituída pela de Mi.

A neve cessa. O calor retorna. Os cobertores somem. Cha ainda termina de lembrar onde está quando Mi a esmaga num abraço cheio de palavras de consolo, mas a atenção da lutadora instintivamente desvia para a própria mão, que, por algum motivo, está apertando o cabo da espada com toda a força. Ordena que seus dedos larguem o objeto e imediatamente se sente melhor.

⎯⎯ Com licença, senhoritas? ⎯⎯ Como é tudo sempre culpa do mordomo, Beth as interrompe. ⎯⎯ Patroa Tessália espera que aceitem tomar café da manhã com ela.

Ƭ𝚛𝚒𝚋𝚘 𝚍𝚘𝚜 𝙰𝚗𝚓𝚘𝚜 𝙲𝚊𝚒𝚍𝚘𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora