Não sou capaz de mentir e não o faço quando digo que sequer me lembro de como era minha vida antes de conhecê-la. Antes de sentir seu perfume doce, de passar minhas mãos por seus longos cabelos, antes de ser hipnotizada por seu olhar magnético. De t...
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— POR QUE ESSA DROGA não funciona? — Logan sacode a máquina de lanchinhos, na tentativa de pegar o saco de batatinhas que comprou.
—Acho que alguém vai ter que pedir um reembolso. — digo, dando risada da cara dela.
Ela me olha com uma expressão sarcástica, e logo retorna a atenção para a máquina.
— Você não entende, — Logan fala — temos que aproveitar essa parada para fazer de tudo: almoçar, abastecer, ir ao banheiro e comprar lanches para o resto do dia. Precisamos ganhar tempo para chegarmos em Los Angeles o quanto antes.
Não posso calcular exatamente quantas horas de viagem já percorremos, e quanto chão ainda temos que enfrentar, mas sei que a resposta para ambos questionamentos é: coisa para caralho.
Logan apareceu na frente da minha casa durante a madrugada, logo depois que a mandei uma mensagem avisando que havia organizado todas as minhas coisas e escrito um bilhete para meu pai.
Meu pai.
Minha nossa, ele vai me matar.
Só de pensar nisso, tenho vontade de avisar Logan que vamos dar meia volta e retornar a Connecticut, mesmo que já tenhamos percorrido, de acordo com o relógio, umas sete horas de viagem.
Não tenho dúvidas que minha vontade aumentaria ainda mais assim que ligasse o meu celular e visse todas as mensagens que meus entes queridos devem ter me mandado.
— Vamos embora? — Logan sacode alguns pacotes de salgadinhos na minha cara, me despertando dos meus devaneios.
— Mas já?
Logan revira os olhos.
— Enquanto você estava aí moscando, eu resolvi a confusão toda com a atendente. Ela até me deu um desconto em futuras compras. — Logan sorri — O que é algo meio inútil a se conseguir numa loja de estrada.
— Podemos passar aqui novamente na volta. — dou um beijo rápido em sua testa. — Acho que vou fazer uma ligação antes de irmos.
— Ellie... — Logan tomba a cabeça para o lado.
— Qual é, Logan, vou apenas avisar meu pai que estou bem. E vou usar um telefone pago. — abro um sorriso nervoso — Aqui o sinal é uma droga mesmo.
Logan dá uma risada.
— Ainda dá tempo de voltar, linda. Não precisamos ir até o fim. — Logan diz.
Meu corpo estremece com o apelido. Em que ponto chegamos.
— Não, não. Eu quero fazer isso. — respondo — Só não quero que ele se preocupe. Que ninguém se preocupe. Você deveria ligar para sua mãe também.
Logan solta um suspiro alto, mas concorda com a cabeça.
Há uma cabine de telefone bem ao lado da lanchonete do posto de gasolina onde paramos, então eu e Logan separamos nossas moedas para realizarmos nossas ligações.