Epílogo

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BRUXA

 Estava sentada em uma pedra, com as pernas cruzadas, sob a luz da lua cheia. Pacienciosamente, aguardando.

 Repentinamente, o silêncio, que tomava conta da floresta, fora interrompido quando asas farfalharam em sua direção.

 Os lábios avermelhados e carnudos da mulher se ergueram em um sorriso malicioso.

 "Finalmente", pensou.

 O enorme corvo negro sentou-se em seu ombro direito e ela abriu os olhos para o fitar com sua visão precária em meio ao carvão que preenchia seu rosto.

 — Então, meu bem — Acariciou a cabeça do pássaro — O que tem para mim hoje?

 O animal deu bicadas sutis no ombro da mulher e ela gargalhou alto e animada.

 — Ah, mas que boas notícias! — Proferiu em alto som — Eu mal posso esperar.

Perdida, Nunca EncontradaOnde histórias criam vida. Descubra agora