assault 67

Treze anos

ㅤㅤ De volta ao apartamento sujo de Heeseung. Havia voltado ao lugar junto de Jake, precisava pegar algumas coisas em sua casa e levar para o balcão.

Não era um lugar muito perigoso, mas também não era cem por cento seguro, então não tirou seus olhos de Jake um minuto sequer. Sabia que o garoto era ótimo em lutas, mas ele não conhecia aquele tipo de pessoa, eram sujas e trapaceiras, destruiriam Jake em um segundo.

Estando de frente para a porta de sua casa, percebeu que havia uma carta no chão frente a ela. Arqueou uma sobrancelha e abaixou para pegá-la, não fazia ideia do que poderia ser, não tinha contato com ninguém além dos garotos.

Abriu a carta e sentiu vontade de vomitar a cada palavra que lia naquele papel, seus olhos iam de um lado para o outro acompanhando cada linha escrita no papel mofado e sujo, tudo relacionado a si era tão sujo.

─ Heeseung? Está tudo bem? ─ Jake perguntou, preocupado com a reação do garoto.

─ Ah, sim. ─ Fungou, amassou o papel e guardou no bolso de sua calça.

Não disse mais nada, apenas abriu a porta do apartamento e adentrou. Jake ainda estava um pouco preocupado e curioso sobre o que tinha na carta, o que tinha feito ele reagir daquela forma. Mas era fato que não conhecia Heeseung por completo, ainda tinham muitas coisas relacionadas a o garoto que não fazia ideia.

E Heeseung preferia assim. Se Jake o conhecesse por completo, iria perceber o buraco negro que suga tudo ao seu redor que ele é. Tinha um passado conturbado, fazia de tudo para que ninguém nunca soubesse, enterrou tudo tão bem que pensou ter se livrado, mas de repente voltou a tona.
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ㅤㅤ ─ Heeseung, tem certeza de que não quer vir? ─ Niki perguntou.

Os cinco garotos iriam sair para um parque de diversões. No dia de amanhã iriam bater de cara com a gangue, acabar com tudo e depois fugir para o mais longe possível. Todos estavam tão assustados e com medo que o clima ficou tenso demais, por isso decidiram sair para descontrair, e aproveitarem, afinal, quando começassem a lutar com a gangue, sabiam que não iriam sair instáveis.

─ Hum. ─ Concordou com a cabeça. ─ Eu tenho uma coisa para fazer.

─ Tudo bem. ─ Sorriu. ─ Se cuida!

Se despediram e então o carro em que estavam começou a andar. Heeseung respirou fundo, na verdade queria poder ir com os garotos, mas tinha o assunto da carta para resolver. Voltou para dentro do balcão e se arrumou, trocou seu vestimento e colocou várias camadas de roupas. Quando se virou para sair, deu de cara com Jake de braços cruzados o encarando.

─ A onde você vai?

─ Eu vou sair. Tenho uma coisa para resolver.

─ O que é? Eu vou com você.

─ Acredite em mim, você não vai querer vir comigo.

Aquilo assustou um pouco Jake. Sabia que Heeseung mexia com coisas duvidosas e perigosas, mas viu como ele ficou em choque após ler a carta, e como ficou para baixo o dia inteiro. Estava preocupado e gostaria de ir com ele para onde quer que fosse.

─ Eu prometi que não guardaria segredos de você, deveria fazer o mesmo.

Heeseung suspirou fortemente, excitando em dizer qualquer coisa. Aquele era o tipo de assunto sobre sua vida que não gostaria que Jake descobrisse.

─ Eu vou visitar meu pai. ─ Jake pareceu confuso, aquilo não parecia ser tão ruim. ─ Na cadeia.

─ Eu vou com você.