ㅤㅤPela primeira vez em muito tempo, estavam sentados na mesa da cozinha, tomando café da manhã, ao lado de Sunoo. Haviam conversado e decidiram que iriam embora em alguns dias, e felizmente, Sunoo iria junto.
─ Ah.. Eu nem acredito que vamos sair dessa! Imagine só, a gente nadando no mar, de frente para nossa casa na praia. ─ Heeseung dizia, com um sorriso no rosto. ─ E, dessa vez, não vamos ter que roubar uma loja todo mês para poder comer.
A atmosfera era alegre, o sol finalmente batia na janela dos meninos, agora que a felicidade havia voltado. Todos estavam rindo de coisas bestas que eram ditas na mesa, exceto Sunghoon, que tinha em mente alguns pensamentos que martelavam sua cabeça sem parar.
Niki ainda estava dormindo no quarto, e Heeseung era o único ali que entendia o porquê. Jungwon havia saído para comprar algumas coisas no mercado, e ele ter ido sozinho era um motivo para que Sunghoon se preocupasse, afinal seus pensamentos eram sobre ele.
─ Em que você tanto pensa, Sunghoon? ─ Sunoo perguntou.
─ Sunoo, você disse que a gangue era uma das maiores do país, e tínhamos sorte por termos tapado nossos rostos, certo? ─ Sunoo concordou com a cabeça. ─ Mas Jungwon tirou a máscara quando ainda estávamos lá dentro.
Todos na mesa estavam atentos ao que Sunghoon dizia, e se surpreenderam com sua fala. Repassaram o momento do assalto e Jungwon realmente havia tirado sua máscara estando dentro do banco. Heeseung tapou a boca surpreso quando se lembrou, isso significava que o amigo estava em perigo.
─ Ele saiu sozinho.. Não existe a possibilidade de algo ruim acontecer com ele, certo? ─ Olhou preocupado para Sunoo.
─ Eu não sei. Mas é um motivo a mais para irmos embora logo. Quando Jungwon chegar vamos contar a ele e vamos evitar que ele saia sozinho, acho meio improvável que algo aconteça agora, se quisessem nos matar já teriam feito isso antes, mas é sempre bom manter segurança.
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ㅤㅤㅤㅤJungwon carregava duas sacolas de compras em sua mão, andava em caminho de volta para o balcão. Estava tudo tranquilo, não se importava com muita coisa, era apenas uma compra do mês, nada de ruim.
Mas a um tempo estava sentindo algo estranho dentro de si, um sentimento de que algo de ruim poderia acontecer. Ignorou, ultimamente haverá tido muitos desses pensamentos, pensou ser apenas mais um.
Passou em frente a uma cafeteria que nunca havia reparado estar ali, decidiu entrar e tomar algo para se acalmar, odiava andar pelas ruas com a sensação de estar sendo observado. O lugar era bonito e passava uma sensação de calmaria muito boa, mas por algum motivo ainda sentia um par de olhos fuzilarem suas costas. Olhava para trás mas não via ninguém, por isso optou por ser apenas paranóia de sua cabeça.
Foi até o balcão fazer seu pedido, iria pedir apenas um café gelado comum, nada demais. Arqueou uma sobrancelha quando o homem que foi atender seu pedido usava um boné preto que estava caído sobre seu rosto e uma máscara, pensou que poderia ser algo do estabelecimento por conta da saúde, mas ele era o único funcionário que estava assim.
Desconfiado, pegou seu café e saiu andando para fora do lugar, ter entrado ali só havia feito com que ficasse ainda mais paranóico. Tomava seu café enquanto caminhava até o balcão, o gosto do café era diferente do tradicional, estava amargo demais. Decidiu que nunca mais voltaria naquele lugar, era um lugar novo e já era terrível. Quando mais bebia, pior ficava.
Mas de repente sentiu a garganta travar enquanto bebia mais um gole, um gosto terrível veio em sua boca e sentiu tudo queimar por dentro. Suas pernas começaram a tremer e sentia como se tivessem colocado fogo em seu interior, ia queimando de forma lenta, doendo três vezes mais. Perdeu complemente suas forças em qualquer parte do corpo e caiu de joelhos no chão, passou a mão pela garganta, agoniado por não conseguir dizer nada, sua garganta havia se trancado.
As pessoas que andavam ao seu redor começaram a olhá-lo assustado, falavam umas com as outras sobre o que estava vendo, mas ninguém parou para ajudar. Queria poder dizer que estava morrendo, mas não saia nada de sua garganta. Passava a mão por todo o pescoço, sua vontade era rasga-lo por completo. Suas mãos eram a única parte do seu corpo que conseguia controlar, tremendo todo esticou sua mão até suas sacolas de compras. Procurava por algo em meio as comidas que havia comprado, fazia o máximo que podia para manter seus olhos abertos, oque era uma luta, já que eles estavam se fechando contra sua vontade.
Esticou a mão até o pacote de sal que havia comprado e o rasgou para abri-lo. Encheu a mão de sal e tentava levar até a boca, estava difícil pois não conseguia parar de tremer. Enfiou o sal guela abaixo e sentiu o gosto amargo em sua boca, era tão salgado que seus olhos começaram a lacrimejar.
O sal começou a fazer efeito quando sentiu que tudo iria sair de dentro de si pela boca, vomitou tudo o que tinha em seu estômago, e pela dor sentia que seus órgãos tinham vindo junto. Se jogou para o lado, aliviado por não ter morrido. Tentava regular sua respiração que estava totalmente fora de ordem, pelo sufoco e a adrenalina, era possível escutar o barulho desesperado que seu coração fazia.
Estava jogado no meio da calçada, tombou a cabeça para o lado, podendo ver do outro lado da rua uma pessoa completamente imóvel, lhe observando. Era o mesmo homem que o atendeu na cafeteria, era o mesmo boné e a mesma máscara. Não conseguia ver nada de seu rosto, exceto por seus olhos, que eram assustadores. O olhava como se fosse uma presa fácil, seus olhos queimavam sua pele, e Jungwon só conseguia pensar, por que?
O homem se virou e começou a andar para longe de Jungwon, quando havia perdido totalmente o homem de sua visão, se levantou rapidamente, pegando as sacolas do chão. Continuou seu caminho, e a tensão só aumentava pelo barulho de seu coração disparado, pensava que a qualquer momento ele poderia pular de seu peito.
Acelerou seus passos, continuava sentindo um olhar sobre si. Passou a mão na boca, limpando o local. Só queria chegar no balcão logo, onde não se sentia indefeso.
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ㅤㅤㅤㅤSunoo e Sunghoon estavam no gramado do balcão treinando tiro em alguns alvos.
─ Nossa! Você continua incrível.
Sunoo sorriu com o elogio de Sunghoon, ainda se sentia envergonhado quando o garoto dizia tais coisas para si. Queria poder chamá-lo de seu novamente, mas desde que havia chegado não tinham tocado no assunto, e então preferiu assim. Tinha pensamentos de que Sunghoon tivesse encontrado uma outra pessoa, e tinha medo de encomendar.
Tentou dizer algo, mas avistou de longe alguém se aproximando do local. Apertou bem os olhos forçando a visão, tentando enxergar quem era. Quando se aproximou vou que era Jungwon, que parecia terrível.
O garoto mancava. Preocupados, Sunoo e Sunghoon correram até o garoto, o segurando pare que ele não caísse. Ele fedia a vômito, sua blusa e seu rosto estavam sujos, sua calça estava rasgada e os joelhos ralados.
─ Que merda aconteceu com você? Vá chamar Jay, Sunghoon! ─ Sunoo disse, e Sunghoon correu para dentro do balcão.
─ Sunoo.. ─ A dificuldade em falar ainda era grande. ─ Tentaram me matar.
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assault 67
FanficJay recrutava seus antigos agentes para uma nova missão: um assalto ao novo banco da cidade. Cada um havia seguido sua vida de forma calma e longe dos crimes, incluindo uns dos outros; Mas, agora com todos reunidos novamente, seriam capazes de enfre...