Batidas de seu coração

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ㅤㅤ No gramado do balcão era possível ouvir os barulhos de tiros que Heeseung dava. Naquele dia havia acordado mais cedo do que de costume, eram cinco da manhã, e as únicas pessoas acordadas naquela casa eram os homens de preto e Heeseung.

Quando não tinha nada para fazer, atirava. E esse era o caso de hoje, acordou muito cedo e não conseguia dormir, e atirar já parecia muito chato por conta de estar nessa a umas horas. Deixou a arma em uma das mesas ali e começou a olhar aos redores, procurando algo para que pudesse fazer. Percebeu o quão silencioso aquele lugar era de manhã, todos os homens de preto estavam dentro de casa, por isso o gramado parecia um pouco solitário demais.

Mas se surpreendeu quando avistou de longe Jake atrás do balcão. Se surpreendeu mais ainda quando viu que ele tragava um cigarro, não imaginava que Jake fumasse, ainda mais em plenas cinco da manhã.

Ajeitou a postura e começou a caminhar até o garoto. Observava seus pés a cada passo que dava, Jake estava tão concentrado em seu cigarro que não percebeu Heeseung caminhando até si. Quando Heeseung tirou seus olhos de seus pés e ergueu a cabeça, Jake não estava mais lá. Arqueou uma sobrancelha, confuso; Mas de repente um par de braços o puxou para parede ao lado, o prendendo entre a mesma e seus braços.

Heeseung não conseguiu conter o sorriso em ver Jake tão próximo de si.

─ Acordou cedo hoje.

─ Não sabia que você fumava. ─ Heeseung ignorou a primata fala do garoto, mudando o assunto.

─ Eu também não sabia que você era maconheiro.

O Lee deu um pequeno sorriso de lado ao escutar a fala do garoto. Ser maconheiro estava longe de ser algo bom, mas quando Jake dizia.. Não sabia explicar, era um sentimento bom, não sabia por que; Talvez por sua voz? Muitas coisas em Jake faziam com que Heeseung tivesse esse sentimento bom.

Jake tragou mais uma vez o cigarro, jogando a fumaça para fora, mas como estava tão perto de Heeseung, a fumaça acabou indo toda no rosto do garoto. Poder ver aquela cena de Jake, fazendo tal ação e em tal ângulo, despertou um tesão imenso em Heeseung. O mesmo que juntou sua boca na de Jake, não aguentava mais um minuto de toda aquela tensão que Jake colocava em si sem beijá-lo.

O beijo era profundo e gostoso, apesar de toda aquela fumaça subindo, Heeseung sentia apenas o gosto de Jake, e não de seu cigarro. O que era três vez melhor. Nunca se cansaria daquele gosto que encontrava apenas em Jake.

O mais novo posou sua mão no rosto de Heeseung, a bituca do cigarro estava entre meio seus dedos. Heeseung passou seus braços pelo pescoço do mesmo, a falta de ar veio com tudo, mas estavam presos demais um ao outro para se separarem. Se esfregavam um no outro como se quisessem se fundir, e talvez fosse o que realmente queriam. Ficarem perto nunca parecia o bastante, a necessidade de ter o outro era assustadora, e não se satisfaziam enquanto não estivessem dentro um do outro.

Se separaram para poderem puxarem ar, Jake jogou a bituca fora e passou a mão pelo pescoço de Heeseung. Suas mãos eram geladas e isso calsava arrepios em Heeseung. O mesmo retirou a mão de Jake de seu pescoço, entrelaçando a com a sua. Heeseung encostou sua cabeça no peitoral de Jake, aquele era o lugar mais confortável que já esteve.

─ Eu tenho que ir. ─ Jake disse, deixando um selar rápido nos lábios de Heeseung, logo deixando o local.

Heeseung estava impactado positivamente, se sentou no gramado do chão e sorriu ao pensar em Jake novamente. Perguntava a si mesmo como ele conseguia tê-lo tão facilmente em suas mãos. Heeseung era totalmente entregue a ele, por mais que ele não soubesse.

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ㅤㅤEram sete da manhã quando Jungwon se levantou, coçou os olhos confuso ao ver que era o único que ainda dormia no quarto.

Se levantou e se arrumou, estava prestes a sair do quarto quando se lembrou de que, antigamente, Jay sempre iria atrás de si. Jungwon sempre foi o último a acordar, e Jay sempre ia até o quarto acorda-lo quando tinham algum plano ou apenas para tomar o café da manhã.

Jungwon nunca se preocupou em acordar no horário, pois sabia que Jay iria aparecer. E durante três anos teve que acordar com o seco e triste som do despertador. Se sentou na cama fixando seu olhar na porta, estava esperando Jay aparecer por ela, queria saber se mesmo depois de tudo, ele ainda iria vir.

Alguns minutos se passaram e nada de Jay. Já estava cansado e um pouco decepcionado, mas de repente a porta de abriu, e lá estava Jay. Jungwon estava surpreso, queria sorrir mas também sentia vontade de chorar, saber que Jay ainda viria acorda-lo era reconfortante, as mínimas coisas que Jay fazia por si, eram as mais importantes.

─ Oh, você já acordou. ─ Jay se aproximou de Jungwon sorrindo.

─ Obrigado.

─ O que? Pelo o que? ─ Perguntou confuso.

─ Por ter vindo me acordar.

Jay não entendia muito bem oque Jungwon queria dizer, estava confuso mas não deixou de sorrir. Se aproximou cada vez mais do garoto. Jungwon estava sentando na ponta da cama, e seu corpo foi tombando cada vez mais para trás conforme Jay ia se aproximando.

─ Você está bem?

Jay perguntou, mas foi rapidamente cortado por Jungwon que selou seus lábios de forma rápida. Era apenas um selinho, e não era o suficiente para Jay. Jungwon sorria envergonhado, mas a face de Jay já era um pouco mais séria, e não conseguia retirar seus olhos dos lábios avermelhados do outro.

Então juntou seus lábios em um beijo de verdade. Jay estava por cima de Jungwon tendo seu corpo apoiado por seu braço. O beijo ia ficando cada vez mais intenso, mas nada malicioso. Era mais como o sentimento de saudade, Jay havia passado por muita coisa ruim em sua vida, e considerava Jungwon como sua recompensa do destino.

Como se ele tivesse chegado em sua vida para recompensar toda a dor que um dia sentiu. E ele caia muito bem na função.

─ Vamos sair. Você dormiu muito. ─ Jay disse saindo de cima de Jungwon, o ajudando a se levantar da cama.

─ Eu dormi escutando a batida de seu coração.

Jay se surpreendeu com que Jungwon disse, mas sorriu, se sentindo feliz. Na noite passada, Jungwon havia dormido agarradinho com Jay, sua cabeça estava depositada no peitoral do mesmo, e conseguia ouvir seus batimentos cardíacos, oque o tranquilizou e o fez dormir mais rápido.

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