Quem eles realmente são?

110 13 11
                                    

ㅤㅤTrês dias depois, um dia após Jake ter recebido sua alta, o garoto andava em pelas ruas que considerava serem as mais bonitas daquele lugar. Seus passos eram tranquilos, apesar de ter muitas preocupações em sua cabeça, e uma marca de bala em sua barriga.

Parou de frente para a floricultura que tanto visitava, a placa na porta dizia que estavam fechados, mas apenas empurrou a porta e adentrou o lugar, fazendo com que o sino em cima da porta tocasse.

─ Estamos fechado. ─ O garoto saiu de trás do balcão, estava com um avental e luvas sujas de terra nas mãos. ─ Ah, você de novo.

O garoto removeu o avental e as luvas deixando-os em cima do balcão, andou em direção a porta que estava atrás do balcão sendo seguido por Jake. Subiu as escadas que davam direto em sua casa.

─ O que você quer? ─ Se sentaram na mesa da cozinha.

─ Nós concluímos a missão a uma semana atrás.

─ Isso é ótimo. Nenhum ferimento? Todos bem?

Jake concordou com a cabeça, mesmo tudo tendo saído de seu controle e ter levado um tiro. Preferiu não contar essas coisas ao garoto, ele com certeza ficaria preocupado e não responderia as perguntas que Jake tinha.

─ Exceto uma coisa. ─ O garoto revirou os olhos. ─ Eu e Niki fomos encarregados de cuidarmos de quando a polícia chegasse, mas elas não chegaram. Ao invés disso, uma gangue com várias pessoas veio para cima de nós.

Os olhos do menino a sua frente se arregalaram, ele parecia surpreso e indignado com alguma coisa.

─ Porra, Jake.. Que banco vocês assaltaram?

─ Banco 67.

O garoto jogou a cabeça para trás, passando a mão nos cabelos, começou a sorrir de desespero. Jake começou a se perguntar o que haviam feito de tão errado naquele assalto para que seu amigo ficasse daquela maneira.

─ Jake, essa porra não é um banco. É controlado por uma das maiores gangues que esse país tem, é tudo falso, é um esconderijo e um disfarce para a lavagem de dinheiro que eles fazem. Todo o dinheiro lavado vai para lá, e vocês acabaram de rouba-lo.

Agora quem estava de olhos arregalados e preocupado era Jake.

─ Se vocês foram espertos o bastante e esconderam o rosto, podem ir embora o mais rápido possível. Quanto mais tempo aqui, mais tempo eles tem para matarem vocês.

─ Mas e você, Sunoo?

─ O que tem eu?

─ Vai ficar aqui escondido por mais quando tempo? Não acha que está na hora de reencontrar os meninos? Só está faltando você.

─ Não acho que eles iriam querer me ver.

Sunoo tinha medo, medo de qual seria a reação dos garotos ao vê-lo, ver que estava vivo e que em todo esse tempo esteve escondido, assustado, enquanto os garotos sofriam sem parar, por sua culpa.

─ Você acha que eles se irritariam por você ter se escondido, mas no pouco tempo em que conheço eles, consegui perceber a saudade que eles sentem de você! Eu já vi eles chorarem de saudades, Sunoo. Você estar vivo seria a melhor coisa que aconteceria em suas vidas.

─ Eles choraram?

Jake concordou com a cabeça, Sunoo apenas se levantou da mesa e voltou para a floricultura. Jake entendeu o quão mal ele tinha ficado com isso, então apenas se despediu e foi embora.

Sunoo só queria cair de joelhos no chão e chorar o máximo que pudesse, mas a algum tempo ele não sentia absolutamente nada, nada além de saudades. Em seus sonhos Sunghoon o recebia de braços abertos, sentia saudades do abraço quente do ex namorado. Apesar de não considerar Sunghoon seu ex, mas imaginava que o garoto havia seguido enfrente após sua "morte", e tivesse encontrado um outro alguém.

assault 67 Onde histórias criam vida. Descubra agora