Quando saiu do banho, Verônica não encontrará a delegada, mas notou as camas juntas e com o novo colchão, ali também estava mais cobertas e o vestido que Anita estava usando.- ela saiu sem roupa? - pensou Verônica
Os pensamentos da escrivã foram interrompidos quando Anita entrou no quarto com duas sacolas, trajando uma calça moletom e uma blusa preta de manga cumprida colada
— Não está você que me zoava pelo banho? - Verônica questiona
— Queria que eu fosse ali na vendinha com um vestido de gala? - Anita joga as sacolas
— O que você foi comprar? - Verônica penteia seu cabelo e senta na ponta da cama
— Besteiras, trouxe doce, chocolate e seu salgadinho que acabou - disse pegando a toalha - vamos passar a noite monitorando a sala dele, vou tomar banho, não coma tudo em
— uhum, vou tentar
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| 01:23 da madrugada |
— Que saco, ele não tá lá, vamos dormir - Verônica se encosta na cabeceira da cama
Faziam horas que estavam ali, haviam conseguido um ruído ou outro da sala, mas nada relevante, nada chamativo. Quando eram 23:00 da noite, as duas mulheres resolveram monitorar com o computador na cama, estava frio e a cadeira era desconfortável. Elas concordaram que a cama quente era o melhor
— Relaxa, vai dar tudo certo, já já eles entram, é a noite "especial" dele, por quê é especial? - Anita olha uma Verônica cansada. A delegada também estava cansada, queria dormir, Verônica cheirava bem, era gostoso o cheiro de seu perfume e dava ainda mais sono em Anita
— Ah, vai ver é o aniversário dele ou da mulher... ou dos dois - Verônica se aconchega mais perto - não tenho certeza se ele caiu na nossa história - diz preocupada
— Caiu, estava com repulsa, certamente caiu. Vou ficar mais um pouco, se quiser ir dormindo - Anita fala olhando as vibrações da escuta
— Não, vou ficar com você
— está bem..
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| 10:00 da manhã |
— Anita, acorda - Verônica chama atordoada - nossa que dor de cabeça
— Bom dia também - Anita responde de olhos fechados
— Agora você quer ser simpática, que avanço entre nós - Verônica abre o computador para rever a gravação das horas dormidas - não tem muita coisa, só uns baques e ruídos
— droga - Anita bufa esticando o corpo - eu quero dormir o dia todo, sem parar - ela encara a escrivã
— Vamos andar pelo hotel, tem sala de filmes, podemos ir tomar café na lojinha que tem perto do shopping
— ou podemos ficar quentinhas e quietas aqui na cama - Anita sugere olhando a escrivã
— o dia todo?
— tem algo melhor Verô ?
— Verô? - Verônica sorri - Me beijou só uma vez e já está me dando apelidos?
— eu sabia que não ia esquecer - Anita revira os olhos e vai até o banheiro
— Não, vamos falar sobre isso. Sabe Anita você precisa melhorar o seu beijo, achei sem pegada e muito tenso
— E você que parecia um cadáver? Me admira que não tenha desmaiado - Anita volta com a escova de dente na boca
— estava com medo de morrer, gosto da minha vida, diferente de você
— uhum, sei. - Anita volta se deitando
— Vamos conversar um pouco, se não eu fico entediada
— Se você dormir não vai se sentir entediada - Anita olha a escrivã, Verônica estava atraente, os cabelos caídos, carinha de sono, boca carnuda
— Fala três pessoas que você fingi gostar, mas odeia da delegacia - Verônica se deita do lado de Anita
— Você..- Anita ri com o tapinha
— Você não me trata bem, então não conta
— hmmm, deixa eu ver - a delegada pensa - tem...o coronel que você fez o favor de chamar, odeio aquele cara, só respeito por que é meu superior
— Desculpa, mas você não precisava ter gritado tanto comigo aquele dia
— Eu pesei a mão, foi mal Verônica - suspira - Nelson
— Você não trata ele bem! E por que não gosta dele?
— Por que você gosta dele? - Anita senta na cama
— Ele é gentil, me trata bem, um ótimo amigo - diz simples - dele você não gosta, mas do seu namorado Prata que é super arrogante e metido a chefe, nossa, aí você morre de paixão
— Já te disse, Prata é gay, deve gostar mais do Nelson do que você - Anita ri - você já teve alguma coisa com alguém da delegacia?
— Você nem respondeu a primeira pergunta - a escrivã retruca, mas a delegada só dá de ombros - não, nunca fiquei, e você ?
— Sim, Namorei o Prata na adolescência - diz simples
— MAS você não disse que - A delegada gargalha
— Sim, mas ele ainda não tinha se assumido, nem eu, então rolou, acontece ué
— Você se assumiu o que?
— Lésbica, foi na época da faculdade, não namorei, mas fiquei com algumas mulheres
— Não sabia, não sabia mesmo - Verônica estava séria
— tava na cara né escrivã, o seu padrinho sabe, achei que ele tinha te falado
— Ele não me fala nada de não beijada como você imagina Anita - a escrivã se levanta - vou tomar um banho, vamo sair, tô com fome e quero dar uma volta
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Talvez Eu Te Ame - Veronita
FanficAnita Berlinger, Delegada do DHPP, uma mulher séria, sem senso de humor e especialmente rude com sua colega de trabalho, e subordinada, Verônica Torres, que tenta a todo custo se manter na linha perante as provocações e atitudes rudes da delegada. D...