doze

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Eu gosto dos comentários, comentem para eu saber se estão gostando.

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Era 9:37 da manhã. Verônica dormia como um bebê, o sexo da noite anterior tinha levado toda sua energia. Anita estava atrás, o sono pesado, estava exausta também.
As mulheres não estavam agarradas, mas estavam mais perto do que de costume, se estivesse consciente, Anita sentiria o cheiro de shampoo da escrivã.

A calmaria do quarto não dura tanto, Verônica logo é despertada com o toque de seu celular, este que pensou fortemente em desligar, porém não fez, dado o motivo de o nome de Nelson aparecer na tela.
A escrivã atendeu rápido para o barulho não acordar Anita. Com cuidado, Verônica ergue um pouco o corpo, nem sentada, mas nem totalmente deitada.

— Oi amigo, tudo bem? - "amigo" fazia um tempo que não chamava Nelson de amigo.

— Bom dia? Você não me ligou, não falou mais nada, fiquei preocupado - O homem do outro lado parecia desapontado. Verônica quase se preocupou, mas seus pensamentos saíram ao sentir Anita se mexer e resmungar sozinha. - Você ainda tá me ouvindo? - questionou o rapaz

— Nelson...- Verônica começou baixinho, desviando o olhar de uma Anita que dormia profundamente, com um leve bico nos lábios por estar com a bochecha apoiada no travesseiro - Eu só estava ocupada, muita coisa...não posso falar, você sabe, mas tecnicamente só conseguimos avançar no caso agora.

— Eu sei, mas fiquei preocupado - agora ele falava manso - Você está bem? Como está sobrevivendo a Delegada chata, insuportável Anita? - Verônica não pode evitar, soltou um riso por lembrar do apelido que havia dado a Anita

— Eu estou bem e..- Na cabeça de Verônica ia ser difícil explicar estar bem com Anita - Anita continua sendo insuportável, estamos em quartos separados e eu nem falo com ela e...

— Cala a boca escrivã, preciso dormir - Anita resmunga baixo e rouco, estava de olhos fechados, Verônica se assustou com a fala

— E? Termina Verô, eu não sou traíra, não contaria a ela - ele ri

— Nada - agora Verônica sussurrava, mas não tanto, Nelson ia perguntar o motivo - estou bem, vai dar tudo cer..to - Verônica falhou na última palavra, a delegada tinha se aproximado e apertado sua cintura, com as mãos geladas. Verônica olhou pra baixo e viu Anita aborrecida lhe fitando - Nelson eu já te lig-- Teve que se cortar, Anita ameaçou descer a mão para suas pernas enquanto lhe encarava da forma mais obscena possível- Tchau amigo - o telefone foi desligado

Anita apenas revirou os olhos e se afastou virando de costas. A escrivã estava aborrecida, irritada, constrangida e..muito excitada.

— Você vai dormir? - Verônica perguntou direto

— Você não calava a boca, preciso descansar escrivã, não sou de aço - como ela era cínica, dissimulada, ardilosa

— Ele podia ter te ouvido, não faz isso em ligação - Anita se virou e encarou a morena

— Não era nem para estar falando com ele, estamos isoladas filha - começou - e como sua chefe, eu ordeno que em deixe dormir e me poupe de suas conversas com aquele-

— Não começa - cortou a delegada - ele estava preocupado e eu não estou em uma prisão! Eu estava falando baixo, e nunca reclamo quando você assiste filme no último volume - Verônica se levantou - vou sair, assim você pode dormir, que tal?

Talvez Eu Te Ame - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora