• O Que Você Quer? •

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Lexa Woods

Estávamos em uma vila Azgeda enquanto compravámos algumas roupas e comidas para a viagem até Polis. Eu estava de frente para uma barraquinha de venda, trocando jóias e metais por roupas quentes de algodão. Já Clarke, estava sentada desajeitadamente em um banco na frente do bar, enquanto bebia alguma bebida forte o bastante para deixá-la bêbada.

Por fim, consegui trocar uma bolsa de pano por um cachecol extremamente quentinho. O peguei e caminhei até a Azgeda no bar. A mulher estava inclinada e amarrava uma fita na sola de sua bota, bastante judiada pelo tempo. Olhei de relance para o balcão e vi a caneca de alumínio ainda com um resto de sua bebida. Sem pensar muito, bebi tudo em poucos segundos e escondi a careta que tentou se formar com um reprimir de lábios.

- Essas botas dos Skaikru não duram nada - vejo a loira resmungar distraída,causando meu riso. Ao voltar a atenção para cima, eu a vejo com um olhar desconfiado voltado para mim - Você bebeu tudo, não é?

Sorrio, mordendo meu lábio.

- De forma alguma.

A neve que caia sobre nós enquanto caminhavámos pela venda, fazendo pequenas pintinhas brancas cair em nossas roupas. Ainda com a compra anterior em minhas mãos, eu levo o cachecol até o pescoço da mulher para cobri-lo. Seus olhos observaram os movimentos e eu vi a indignação estampada no rosto de Clarke.

- Sério? - seguro o riso, ajeitando ainda mais o tecido em volta do seu pescoço.

- O quê? - pergunto - Você precisa ficar quentinha.

- Lexa, eu vou morrer sufocada com isso - reviro os olhos com seu drama - Além disso, ele é ridículo.

A estampa florida, levemente suja, realmente não combinava nada com o estilo de Wanheda. Porém, ver seu rosto quase que enterrado no cachecol, a deixava completamente fofa e adorável. Fazendo com que um sorriso estampasse em meu rosto.

- Você está a coisa mais fofa! - sorrio tocando em suas bochechas avermelhadas - E vai te deixar ainda mais quentinha, não acha?

- Só de olhar para isso, eu já fico quente! - a mulher protestou, cruzando os braços - Eu não vou usar.

- Você quer parar de agir como uma criancinha?

- Como é? - não evito o pequeno sorrisinho maroto que surgiu e me aproximo ainda mais da Azgeda, a intimidando.

- Você. Quer. Parar. De. Agir. Como. Uma. Criancinha? - dou ênfase na última palavra.

Bom, agora, foi o momento em que a Clarke começou a me xingar em todas as ofensas possíveis em nossa língua. Pois, quando brava, a mulher começa a resmungar em Trigedasleng. Seu rosto permanece vermelho enquanto a mulher fala coisas que vêem na mente, bufando e resmungando sem parar.

Fingi ouvir suas reclamações enquanto a guiava pelas banquinhas de mercadorias. A comida sempre estivera em falta no inverno. Sei porquê conheço as dificuldades de todos os Clãs, porém, agora parecia que a fome estava mais presente. Percebi isso enquanto caminhava e reparava em muitos pedindo por comida.

- Por que à tanta fome aqui? - pergunto interrompendo a Azgeda que ainda xingava tudo que respirava a sua volta, fazendo-a fechar a cara.

Rio ao vê-la fazendo birra e me aproximo para abraçar seu corpo. Guiando a mulher para o espaço entre uma barraquinha e outra, enquanto pessoas passavam atrás de nós, eu levei meu dedo aos seus lábios para calá-la e avanço em sua boca como se era isso que eu precisava para poder respirar. Colei nossos lábios em um beijo intenso e faminto, onde com nossas bocas coladas eu podia sentir o cheiro forte de conhaque vindo da Mulher

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