• Fugir dos Problemas •

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Clarke Griffin

Colocando minha adaga em sua garganta, o Azgeda permaneceu em silêncio enquanto a mulher mexia em suas coisas, procurando por algo útil. Seu rosto era tampado por um crânio animal, como o meu. Usando roupas com sinais brancos e o cabelo com algumas mechas da mesma cor, a Lexa procurava por comida e remédios que nos daria mais alguns dias de vida.

Meses se passaram. A nevasca e a temperatura caía todos os dias, resultando em Heda com Hipotermia enquanto eu tentava enquentá-la com fogo e o calor do meu corpo. Porém, ainda precisávamos de alimentos, remédios, ervas para xarope e agasalhos. Então, começamos a ir para vilas a noite com nossos rostos tampados para não nos reconhecerem. Entravámos para roubar suprimentos, e muitas vezes, não encontrávamos.

Como agora.

Precisei cortar meus cabelos e pintar algumas mechas com tinta vermelha, pois a marca registrada de Wanheda são tranças e o rosto pintado. Eles reconheceriam a princesa de Azgeda, portanto, precisei mudar um pouco para que não me reconhecessem e isso ajudou.

- Não há nada aí! - o velho diz para a Woods, que ergueu a cabeça para encara-lo - Está perdendo o seeu tempo.

- Shof op! "cala a boca!" - ordeno quase em um grito, fazendo o homem engolir o seco ao sentir a lâmina começar a lhe cortar - Ou ai frag yu op branwoda... "Ou eu mato você, idiota..."

Lexa começou a procurar pelas gavetas e potes, mas ela não encontrava absulutamente nada que a fizesse olhar para mim e dizer. Isso estava me deixando impaciente e com muita raiva. Eu não duvidaria da minha capacidade de matar o Azgeda que não ajudava em absolutamente nada. Ele ao menos poderia nos ajudar a poupar sua vida.

- Ele tem razão, não tem nada aqui... - sua voz fraca me faz ranger os dentes.

Eu não poderia vê-la doente novamente.

- Eu avisei - o dono da casa se pronuncia.

A raiva que senti não poderia ser descrita, segurando o cabo da faca eu fiz um fundo corte em seu pescoço, trazendo sua morte em poucos segundos. Não ouve palavras e nem um se quer ruído de dor, o homem apenas morreu com o terror estampado em seus olhos.

- Então você não é útil para mim - empurro seu corpo em direção à mesa com brutalidade.

Lexa parecia cansada e completamente descepicionada, pois teríamos saindo da caverna e feito uma longa caminhada para que no fim tudo fosse em vão. E sinceramente, eu também não estava muito paciente no momento.

- Teremos que ficar aqui - a Lexa diz vindo até mim, para acariciar minhas costas - Não podemos sair nessa tempestade, é perigoso.

- Por que não voltamos para Polis? - pergunto algo que estava evitando a dias, fazendo a morena suspirar pesado.

- Olha para mim, Clarke. Eu estou fraca e doente. Não consigo nem mesmo segurar uma faca - a Woods aponta para si - Não quero que eles me vejam assim.

- Isso te torna humana, Lexa - tiro o crânio que tampava meu rosto, a vendo fazer o mesmo - Eu não sou especialista, mas... Ficar doente, se sentir fraca e chorar vem no pacote quando nascemos. Não julgue a si mesma por sentir o que todos nos sentimos.

- Eu sou uma Natblida e Comandante dos 12 Clãs. Estou fraca e nem se quer consigo lutar para proteger o povo que deixei! - vejo seus olhos se encherem de lágrimas - E eu também não estou lá para desfazer tudo...

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