• Comandar a Morte •

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Clarke Griffin

Lembranças me atingiam como uma tempestade sem limites de força. Eu estava nadando em um mar agitado com as memórias que pareciam se perder em meus pensamentos profundos. Imersa a realidade, eu desfiava a carne em minha mão e mastigava sem rapidez alguma, nem se quer apreciando o alimento por estar ocupada demais para isso.

Meus olhos estavam fixos em um pequeno Animal no meio de um montinho de folhas. Seu pelo se camuflava na terra, e seus olhos escuros passeavam distraídos. Eu estava tão concentrada no tal animal, possivelmente um coelho, que não me importei quando o acontecimento de meses atrás, me atingiram em cheio.


- Beja... - sua voz soou fraca, mas eu estava forte de mais para ouvi-la.

- Leksa laik ai "Lexa é minha" - deslizo a lâmina em seu pescoço levemente - Yu ouyon nou klin jak op chit ain."Você não deveria tocar no que é meu"

Deixei que sua última lágrima caísse, antes de passar a espada em seu pescoço em um corte rápido e profundo. O ódio conduziu minhas mãos e a morte me guiou. Arranquei a cabeça da garota em poucos segundos, como uma lâmina passando por um fino papel.

Eu soltei um sorriso quando não senti um pingo de sangue cair em mim. Eu havia a matado, finalmente. Eu estava feliz? Estava com raiva? Por que eu queria mais? Por que senti que tortura-la não foi o bastante?

Ou foi?

- Estou orgulhosa de você, minha filha - a voz rígida de minha mãe preenche a sala de estar, me fazendo sentir sua mão tocar em meu ombro.

Desviando meu olhar para a mulher loira, eu vi o mesmo sorriso que eu carregava no seu rosto. Tão parecido... Olhei para a cabeça caída no chão, encarando os olhos sem vida de Costia. Na qual, alguma vez na vida, se deitou com minha mulher.

- Matou o amor da vida de Lexa - estremeço ao ouvi-la. Suas palavras pareciam ter sido jogadas para me afetar - Você, Clarke. É igual a mim.

Eu sou?



Rangi os dentes ao me lembrar da Rainha, na qual tenha tirado minha paz até mesmo em minha mente e agarro a adaga com força. Antes de lançá-la contra o monte de folhas, acertando o animal branco.

Um grunhido foi solto pelo mesmo, me fazendo perceber que eu havia acertado em sua pata, o que não lhe dava uma morte rápida. Então, pego a segunda faca, um pouco maior e miro exatamente aonde meus cálculos me diziam ser sua cabeça. Mirei e ao sacar, não ouço nada vindo do animal. Presumi a sua morte e respirei fundo. Ignorando meus pensamentos que viera me perturbar pela manhã.

Os dias pareciam passar rápidos, e eu não fazia a mínima ideia de quantos haviam se passado. Não me encontrei mais com os Skaikru pela floresta, e quando via qualquer sinal dos idiotas, eu ia para o caminho ao contrário. Eu sabia que matar um deles entregaria a minha localização.

No total, encontrei 7 vilarejos na minha jornada, e todos eles eu parava para dormir em uma casa simples com pagamentos de não me dedurarem. Eu ficava no mínimo uma semana até voltar para a floresta, sendo chutada por me empanturrar com carne e muito, muito vinho.

A maioria do tempo eu ficava nos vilarejos para comer bem e comprar roupas novas. Sempre perguntei para os moradores sobre notícias de Heda, pois eu queria saber como estava em Polis. E em todas as 7 vezes que procurei saber, as notícias sempre eram ruins, como se piorasse a situação com a Lexa cada vez mais.

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